A Honda CB 300F Twister foi lançada em março e teve em abril seu primeiro mês de vendas completinho. E já nesse período a naked mostrou sua força: somou 4.310 unidades emplacadas, e com esse volume superou a principal rival - a Yamaha FZ 25 (novo nome da Fazer 250), que anotou 4.136 entregas.
Ok, a diferença foi pequena. Mas, reforçamos, trata-se do primeiro mês "cheio" de vendas da moto e, como todos sabemos, a capacidade de produção da Honda em sua fábrica de Manaus é muito superior à de qualquer outra marca presente no país.
Com esse volume, a CB 300F Twister já superou, em número absoluto, a média de vendas de sua antecessora, a CB 250F Twister, que ao longo do ano passado vendeu , em média, 3.560 unidades por mês.
E vale lembrar, também, que o mercado brasileiro de motos está crescendo este ano, com previsão de vendas bem superior à do ano passado. Então não será surpresa se a nova Twister não apenas superar a antecessora, mas fazê-lo por larga margem.
Mas nem tudo é boa notícia. Lançada por R$ 18.900 (com freios CBS) e R$ 19.800 (com ABS), a nova Twister já sofreu seu primeiro aumento de preços. E que aumento, caro leitor...
Agora a moto custa nada menos que R$ 21.090 e R$ 21.990, respectivamente - um reajuste de R$ 2.190 em cada uma das versões.
É relativamente normal que motos tenham seus preços reajustados pouco tempos depois do lançamento. Na largada as marcas muitas vezes aplicam preços "promocionais", "de lançamento" ou "por tempo limitado" para facilitar o escoamento dos primeiro lotes e botar a moto para aparecer nas ruas.
O que não é tão comum é um reajuste tão grande, de 11,5% na versão CBS e 11% na versão ABS. Ainda mais em uma moto posicionada no segmento logo acima do básico. Enfim, é o que temos para hoje.
Quem "lucrou" com o aumento aplicado na Honda CB 300F Twister foi a rival Yamaha FZ 25, que custa na tabela R$ 21.490 em sua versão única - já com ABS - e viu a diferença de preços para a concorrente da Honda ficar menor.
Desta forma, a briga ficou até mais equilibrada. E por isso mesmo vamos lembrar aqui a motorização das duas. Na Twister, o monocilíndrico injetado e refrigerado a ar rende até 25,7 cv de potência a 7.500 rpm e torque de 2,6 kgf.m a 5.500 rpm (com etanol, mas os números com gasolina são praticamente os mesmos).
É um pouco mais que a FZ 25, que tem a mesma configuração e chega em 21,5 cv a 8.000 rpm e 2,1 kgf.m 6.500 rpm com etanol. Na prática, a mto da Yamaha se equiparava à Twister com motor de 250 cm³, que entregava 22,6 cv a 7.500 rpm e 2,2 kgf.m a 6.000.
Em motos desse porte e com a mesma proposta urbana, os 4 cv a mais de potência - que chegam 500 rpm antes - e o torque quase igual, mas que na moto da Honda também vem antes, fazem alguma diferença. No entanto, em pistas expressas e estradas, o motor um pouco mais elástico da Fazer vibra e grita com menor intensidade. E pode até ser mais econômico, dependendo da mão direita do piloto.
É uma questão de gosto. Por preços praticamente iguais, o que o caro leitor prefere?