Honda CB 350: as chances de vir para o Brasil

Com pegada esportiva, a segunda versão da moto da marca japonesa surgiu na Índia e causou alvoroço nas redes sociais

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Roberto Dutra
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A Honda apresentou esta semana, na Índia, a segunda versão para a CB 350 H`Ness - modelo que foi lançada em janeiro. Enquanto a H´Ness aposta em um estilo bem clássico, com linhas arredondadas que lembram as de famosos modelos dos anos 70 e 80, essa segunda CB 350, que tem o sobrenome "RS", vai em uma direção mais esportiva, mas sem abandonar totalmente a proposta retrô.

Thumbnail 2. Honda Cb 350 Rs
A CB 350 RS tem pneus de uso misto, lanterna traseira embutida e escape elevado
Crédito: Divulgação
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A Honda CB 350 RS tem detalhes que remetem a modelos scrambler, como o banco quase reto e fino, os largos pneus de uso misto e as sanfoninhas para proteger as bengalas. A modernidade surge na forma de farol, lanterna e piscas com LEDs e recursos necessários e já comuns em motos atuais, como ABS nos freios, controle de tração, embreagem assistida e deslizante e conexão para smartphone via Bluetooth.

Thumbnail 3. Honda Cb 350 Rs
A cores disponíveis imediatamente são a vermelha metálica com faixa preta sobre o tanque e amarela e preta
Crédito: Divulgação
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O painel de instrumentos, no entanto, ainda segue uma linha mais vintage - é o mesmo da H`Ness. Tem velocímetro analógico e uma pequenina telinha de LCD para exibir funções como as dos hodômetros, marcha engatada e nível de combustível, e uma extensão do cluster que acomoda as luzes-espia. Simples, mas de bom gosto, assim como as opções de cores - preta com amarela e vermelho-metálico com uma faixa decorativa sobre o tanque.

Thumbnail 4. Honda Cb 350 Rs
O painel é o mesmo da H´Ness: velocímetro analógico, telinha de LCD com fundo azul e luzes-espia do lado de fora
Crédito: Divulgação
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O motor é o mesmo da primeira versão: um modesto monocilíndrico refrigerado ar com 350 cm³, 21 cv de potência e 3,0 kgf.m de torque. O câmbio tem cinco marchas com secundária por corrente, as suspensões são tradicionais (garfos telescópicos na frente e bichoque atrás) e as rodas são de liga leve nas medidas 100/90 R19 na frente e 150/70 R17 atrás.

Em relação à versão H`Ness, a RS tem algumas diferenças além do visual: pneu traseiro mais largo – 150/70 contra 130/70 -, para-lama traseiro mais alongado, escape mais elevado, protetor de cárter e lanterna embutida na rabeta. De resto, é quase tudo igual, inclusive o bom vão livre de 16,8 cm, o apenas razoável peso em ordem de marcha de 179 kg e o tanque para 15 litros de combustível.

Thumbnail 5. Honda Cb 350 Rs
Um dos charmes da RS: as sanfoninhas que protegem os garfos telescópicos
Crédito: Divulgação
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A Honda CB 350 vem para o Brasil?

Assim como aconteceu quando do lançamento da H´Ness, a CB 350 RS também causou alvoroço nas redes sociais brasileiras. Foram milhares de comentários sobre as chances dessa linha ser vendida aqui, vindos principalmente de fãs de motos com pegada clássica ou retrô. Afinal, o sucesso de modelos similares da Royal Enfield - Interceptor 650, Continental GT 650 e a expectativa em torno da Meteor 350, sem falar nas "modern classics" mais caras da Triumph - mostram que há demanda por esse tipo de moto no país.

O farol é de LED, assim como a lanterna traseira e os piscas
Crédito: Divulgação
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Mas infelizmente é pouquíssimo provável que as Honda CB 350 H´Ness e RS sejam vendidas no Brasil. Primeiro, porque foram desenvolvidas especificamente para o mercado asiático. Segundo, porque o foco principal é a Índia, atualmente o maior mercado de motos do mundo e onde a Royal Enfield Meteor 350 foi recém-lançada com imenso sucesso (aliás, ela é o "alvo" das CB 350!). E terceiro, mas não menos importante, porque o segmento de motos clássicas e custom responde, no Brasil, por apenas 0,5% das vendas totais de motos.

Embaixo do motor, a RS traz protetor de cárter
Crédito: Divulgação
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Ou seja, é um segmento de pouca demanda proporcional, que por isso mesmo não tem justificado investimentos nos últimos tempos por não ser tão rentável quanto todos os outros. Exceções acontecem em casos como o da Royal Enfield, que vai lançar a Meteor 350 até maio: a marca tem uma linha de produtos muito enxuta, que precisa crescer, e como o segmento tem um lacuna a ser ocupada (da Haojue Chopper 150 "pula" para a Kawasaki Vulcan 650 S), ali será rentável para a marca anglo-indiana, pois ela estará sozinha - ainda que as vendas não sejam iguais às de uma Honda CG 160.

Na Índia, a CB 350 RS custa o equivalente a cerca de R$ 14.500 em conversão direta. Confira abaixo um vídeo de apresentação da moto:

https://youtu.be/q7T_KkJfmc8

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