A CB 10X não é exatamente uma novidade: surgiu por lá em 2017. Mas agora ganha uma nova geração,que da anterior só preserva o motor. O visual sofreu uma repaginada, ficou mais atraente e mais adequado ao que está na "moda" em vários cantos do mundo, inclusive aqui - vide a aposta bem-sucedida da Bajaj com a Dominar 400 e da Zontes, com a T310.
Tem para-lama baixo, rente ao pneu, e outro mais acima, fazendo o típico "bico" das trail. desta forma, o de baixo pode ser retirado para passeios em estradas de terra e off-road em geral. Mas a moto não é mesmo uma trilheira: pesar de ter pneus de uso misto, as rodas são de liga leve. A parte do tanque é encorpada por abas laterais, o banco tem duas alturas bem distintas e lá atrás a rabeta tem suporte de placa destacado como o de muitas naked, mas um para-barro para o pneu traseiro reforça a vocação de uso misto.
O farol tem aspecto triangular e luz de rodagem diurna em LED, e o visual do conjunto é relativamente similar ao que vemos na nossa NC 750X. A moto ainda tem para-brisa com ajuste de altura e alças traseiras incorporadas a um suporte para instalar baú. Ou seja, tudo bem adequado à proposta.
O motor é o mesmo já usado aqui pela Honda XRE 190: um monocilíndrico injetado e refrigerado a ar, com 190 cm³, 16,3 cv de potência a 8.00 rpm e 1,5 kgf.m de torque a 7.000 rpm.
As suspensões são convencionais, com garfos na frente e monochoque atrás. Os freios são a disco com ABS nas duas rodas e o painel é aquele digital com telinha de LCD que já conhecemos há tempos. O único mimo é uma tomadinha USB à esquerda do painel. A CB 190X lançada na China seria uma opção interessante para o mercado brasileiro por vários motivos. Primeiro, sua montagem em Manaus seria facilitada por compartilhar componentes com a XRE 190. Segundo, a Honda não tem uma aventureira de baixa cilindrada em suas fileiras no país.
Por fim, a CB 190X comporia uma interessante "família" de aventureiras com a NC e até com a CB 500X, que também é vendida no Brasil. No fim das contas, só ficaria faltando mesmo uma aventureira na faixa das 300/400 cilindradas.
Como a XRE 300 Sahara está pra sair do forno, mas tem pegada mais trail e vai compor uma família com a XL 750 Transalp e com a CRF 1100L Africa Twin, seria só criar uma versão da XRE 300 com essa pegada aventureira. Seriam muitos modelos, mas o mercado brasileiro tem espaço para tudo isso.
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