As novas CB 650R Neo Sports Cafe (NSC) e CBR 650R foram exibidas no Salão Duas Rodas de São Paulo, em novembro de 2019, e sua apresentação "ao vivo" seria no meio de março. Mas a pandemia do novo coronavírus levou a Honda a, muito sabiamente, suspender o evento. Assim, os detalhes das motos só chegaram por "press-kits".
Aí, mal as motos começaram a ser badaladas, a fábrica de Manaus suspendeu as atividades, o primeiro lote de 300 unidades que havia chegado às concessionárias foi todo vendido (70% de CB e 30% de CBR) e depois as novidades caíram um pouco no esquecimento.
Mais recentemente, com o início da retomada das atividades, a Honda fez uma espécie de relançamento das motos através de uma live bem detalhada na Internet. E recentemente reiniciou os empréstimos para test-rides de imprensa, ainda que lentamente.
Enquanto não chega nossa vez de botar a mão na massa, vamos lembrar aqui os baratos dessas novidades, que prometem - quando o país retomar de verdade - fazer bonito nas ruas e nas estradas brasileiras.
A CB 650R Neo Sports Cafe (NSC) e a CBR 650R substituem as antecessoras CB 650F e CBR 650F. Além da nomenclatura, muita coisa mudou nas motos. Assim como acontecia com as antecessoras, as duas são a mesma motocicleta, mas com roupas diferentes.
O visual da naked CB 650R é claramente inspirado no da CB 1.000R Neo Sports Cafe - esta parece aquela em miniatura. Essa mistura de estilo retrô com toques de modernidade, por vezes, é polêmico, mas justiça seja feita: charme não lhe falta.
Já a esportiva CBR 650R tem seu design herdado da CBR 1.000RR Fireblade, cujo apelo visual é matador. A carenagem é a diferença mais visível, claro, mas são só dela também os semi-guidões, a embreagem deslizante e assistida (que requer menos esforço no acionamento) e o encaixe do painel, entre outros detalhes. Ficou bonita e muito superior à antecessora.
Nas duas o motor é o mesmo: um quatro cilindros em linha com 649 cm³, injetado e refrigerado a água, que rende 88,4 cv de potência máxima a 11.500 rpm e torque de 6,1 kgf.m a 8.000 rpm. Por fora é o mesmo de antes, mas por dentro mudaram algumas coisas.
A captação de ar aumentou em 10%, a taxa de compressão subiu de 11,4:1 para 11,6:1, os pistões têm novo formato, o comando de válvulas é todo novo, o sistema de exaustão foi redesenhado para melhorar a contrapressão e há, ainda, um novo abafador (que, inclusive, proporciona ronco mais forte).
O câmbio tem seis marchas, com secundária por corrente. As suspensões dianteiras são de primeira linha: Showa, invertidas, com funções separadas (mola de um lado e hidráulico valvulado, do outro) e 12 cm de curso.
O monochoque traseiro tem 12,8 cm de curso e 10 níveis de pré-carga na mola. O chassi também é o mesmo nas duas: do tipo diamond, que usa o motor como parte estrutural - e é 4 kg mais leve que o usado pelas antecessoras.
Os freios são a disco duplo na frente e atrás, as rodas de liga leve calçam pneus 120/70 R17 na frente e 180/55 R17, atrás, o tanque leva 15,4 litros e o peso é de 191 kg a seco (CB 650R) e de 196 kg (CBR 650R).
Ambas vêm equipadas com controle de tração desligável, freio ABS com novo processador, mais rápido, sistema ESC com pisca-alerta que acende automaticamente nas frenagens de emergência e iluminação full-LED com luzes de rodagem diurna (DRL).
Nas duas o painel também é o mesmo: aquela tela de LCD cheia de cores e rica em informações, como todo quadro de instrumentos de moto deveria ser - tem até dois computadores de bordo! Os preços dos brinquedos? A CB 650R é vendida por R$ 39.416 e a CBR 650R, por R$ 41.080.
A Honda anunciou que vai apresentar a nova CBR 600RR no próximo dia 21 de agosto, no Japão. O anúncio veio com a divulgação das primeiras imagens oficiais e também de um vídeo teaser - que você assiste mais abaixo.
As imagens revelam uma CBR com aerodinâmica retrabalhada e desenho extremamente invocado, claramente inspirado - aliás, como de hábito - no da irmã maior CBR 1.000 RR-R Fireblade.
Como as especificações técnicas ainda não foram reveladas, não dá para afirmar que se trata de uma nova geração - determinada por mudanças profundas no chassi e/ou no motor -, mas podemos esperar mais potência no quatro-em-linha de 599³ e muita eletrônica embarcada.