A Honda revelou atualizações sobre seus planos de eletrificação em duas rodas daqui para frente. A marca prevê o lançamento de 10 novas motos elétricas até 2025, mas pretende continuar usando motores de combustão interna.
Em um resumo sobre seu negócio de motocicletas, a Honda anunciou vários planos com o objetivo de levar a empresa à neutralidade de carbono até 2050. Para isso, vai acelerar a eletrificação das motos.
Para isso, a Honda pretende continuar diminuindo as emissões de dióxido de carbono dos motores de combustão de interna de suas motocicletas, e desenvolver modelos compatíveis com combustíveis neutros em carbono, como gasolina-etanol - ou seja, modelos que são disponibilizados no Brasil há algum tempo.
2025 é o ano-limite que a Honda estabeleceu para apresentar 10 novos modelos elétricos. Isso incluirá modelos de passageiros e o que a Honda chama de “modelos divertidos” ("Fun EV"), o que significa motos movidas a eletricidade equivalentes a motocicletas de maior capacidade, em vez de similares aos modelos térmicos de 125 cm³, que atualmente são bastante comuns no mercado elétrico.
Especificamente, a Honda planeja introduzir dois novos veículos elétricos na Ásia, Europa e Japão entre 2024 e 2025; cinco novos modelos de bicicletas e ciclomotores movidos a bateria até 2024; e três modelos “Fun EV” de grande porte em toda a Europa, Japão e EUA entre 2024 e 2025.
Haverá também um “Fun EV” para crianças. A Honda diz que, pelo menos para as motos suburbanas, outras fontes de energia além das baterias substituíveis estão sendo pesquisadas. Infelizmente o Brasil não foi citado nestes planos de eletrificação.
Para as motos que usarão baterias como fonte de energia, a Honda está atualmente desenvolvendo sua própria bateria de estado sólido. Mas, ao mesmo tempo, permanece em conformidade com os acordos de padronização de baterias que fez com as fabricantes japonesas Suzuki, Yamaha e Kawasaki e com algumas europeias.
Além disso, a Honda estuda o compartilhamento de baterias através de uma operação-piloto em Bali, e se prepara para iniciar um serviço na Índia com triciclos elétricos (táxis de três rodas).
Tudo isso se soma ao envolvimento da fabricante na Gachaco – que também tem o envolvimento das outras principais montadoras japonesas. O plano é fornecer um serviço de compartilhamento de baterias intercambiáveis padronizadas para motos elétricas e desenvolver a infraestrutura para esse serviço. A Gachaco espera iniciar seu serviço de compartilhamento de baterias ainda neste ano.
Os números de vendas projetados pela Honda são ambiciosos. A marca estima atingir um milhão de motocicletas elétricas vendidas até 2027 e 3,5 milhões até 2030.
A marca japonesa ainda está trabalhando com sua subsidiária de software, a Drivemode, para oferecer recursos de experiência do usuário (UX) que melhorem continuamente a experiência da pilotagem por meio da conectividade.
Isso inclui oferecer opções de rotas que levem em consideração o alcance restante, notificação do local de carregamento, orientação de pilotagem segura e suporte de serviço pós-venda. No futuro, a Honda deseja criar uma “plataforma conectada”, que associará uma ampla gama de produtos para fazer essa conectividade além dos domínios de seus produtos.