Honda PCX: pontos positivos e negativos do líder

Há 10 anos no mercado, scooter mais vendido do país só fica atrás das motonetas (cubs). Entenda porque é uma boa compra

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Roberto Dutra
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O Honda PCX comemora 10 anos de mercado no país e tem muitos motivos para celebrar: é o scooter mais vendido do mercado brasileiro, e só perde em vendas para as motonetas (cubs), que são mais baratas e têm outra pegada.

Lançado em 2013, o PCX ajudou a consolidar o segmento de scooters no Brasil. Vistos por muito tempo como veículos frágeis, os scooters acabaram convencendo muita gente de que são, de fato, bastante adequados à mobilidade urbana.

Assim, as vendas de scooters cresceram avassaladoramente no país na última década. Hoje, só perdem para as motonetas (cubs) e para os modelos city/street: os scooters respondem por 34.2% das vendas de veículos de duas rodas, contra 41,9% das city/street. Até o segmento de motos trail de baixa cilindrada, que inclui best-sellers como Honda NXR 160 Bros e Yamaha XTZ 150 Crosser, ficam atrás - com 19,2%.

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Honda Pcx 160 2023
O Honda PCX 160 2023 é líder absoluto do segmento de scooters, à frente de modelos da própria Honda e de outras marcas
Crédito: Divulgação
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Vale lembra dois detalhes: primeiro, as vendas de motonetas (Honda Biz e Pop 110i, entre outras) são computadas junto com os scooters pela Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave).

Segundo, scooters e motonetas são veículos diferentes. Embora a Fenabrave junte os dois no mesmo segmento, dois aspectos os diferenciam. Um scooter sempre tem câmbio CVT, enquanto as motonetas têm câmbio no pedal, mesmo que seja rotativo e sem embreagem. Além disso, no scooter o piloto vai sentado, e na motoneta ele vai montado.

PCX lidera entre os scooters

Com relação às vendas, os scooters ficam atrás das motonetas por dois motivos práticos: são mais caros, têm custo de manutenção eventualmente mais alto e, em teoria são menos versáteis - embora sejam adequados à mobilidade urbana, são menos indicados para o uso no trabalho em entregas, pela turma do delivery. Nesse aspecto, modelos como Honda Biz e Pop 110i são melhores (embora as melhores opções para isso sejam mesmo as city/street).

O PCX é muito adequado para quem precisa de um veículo prático e econômico para a mobilidade urbana
Crédito: Divulgação
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Confira abaixo as vendas de scooters e cubs em setembro e no acumulado do ano de janeiro a setembro (em unidades):

1. Honda Biz - 20.133 / 151.891

2. Honda Pop 110i - 13.307 / 108.980

3. Honda PCX 160 - 3.718 / 27.068

4. Honda Elite 125 - 2.570 / 21.413

5. Honda ADV 150 - 1.245 / 12.656

6. Yamaha Neo 125 - 1.095 / 12.340

7. Yamaha NMax 160 - 1.112 / 10.282

8. Yamaha Fluo 125 - 1.016 / 9.352

Como podemos ver, o PCX lidera com folga. Fica à frente de outros dois modelos da Honda, Elite 125 (que é até mais barato) e ADV 150, e tambpém do Yamaha NMax 160, que já teve seus dias de glória e vice-liderança, mas aparentemente tem perdido fôlego - embora seja também um ótimo scooter.

Pontos positivos e negativos do Honda PCX

A liderança do PCX é muito compreensível. Para começar, é Honda - marca que ainda detém alto índice de confiabilidade por parte do consumidor. Isso decorre, também, da enorme rede de concessionários no país (cerca de mil).

Além disso, o PCX conquistou fama de scooter confiável: não há registros de problemas crônicos, independentemente do ano. Sim, há casos isolados, como em qualquer modelo de qualquer marca. Mas apenas isso.

O PCX ainda tem design moderninho - embora não inquestionavelmente bonito -, e bom desempenho com baixo consumo de combustível: chega a fazer 44 km/l em ambiente urbano.

O PCX tem vários recursos práticos, como tomadinha para carregar smartphone e chave presencial
Crédito: Divulgação
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Curiosamente esse consumo é melhor agora, com o motor de 160 cm³, do que na época do lançamento, quando o motor tinha 150 cm³ - é o mesmo motor, mas com capacidade volumétrica aumentada e alguns aprimoramentos.

O modelo também é prático com seu bom espaço sob o banco e recursos como star/stop, controle de tração, painel digital, tomada USB para smartphone, alarme, chave presencial e iluminação em LED.

Fácil de ler e bem completinho, o painel do PCX tem design simétrico e tela digital com fundo azul
Crédito: Divulgação
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Enfim, é um conjunto bastante satisfatório. Mas como nada é perfeito, o PCX também tem lá seus senões. As suspensões têm curso curto e sofrem em buracos, valetas e quebra-molas, e pelo mesmo motivo o conforto é limitado em pisos ruins.

Além disso, as rodas pequenas e as peças originais têm custo proporcionalmente alto - até porque algumas, como os faróis do modelo atual, embutem tecnologia moderna.

Para completar, o PCX é um dos scooters mais visados por ladrões e, por consequência, o seguro do modelinho frequentemente tem alto custo. Apesar desses aspectos negativos, o PCX é uma excelente opção no segmento de scooters, inclusive pela facilidade de revenda posterior, pois tem alta liquidez.

Acima, o primeiro PCX a chegar ao Brasil, em 2013. Depois, em 2022, o motor cresceu de 150 cm³ para 160 cm³
Crédito: Divulgação
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Números do Honda PCX

Em todo o ano passado, o Honda PCX vendeu cerca de 38 mil unidades no mercado brasileiro. O modelo ainda ajudou a Honda a responder por 65% das vendas de scooters no país, com aproximadamente 70 mil unidades em 2022.

Desde 2013, quando chegou ao mercado, o PCX já teve mais de 280 mil unidades emplacadas. Em setembro último, anotou sua maior média diária: 190 unidades por dia.

Atualmente o Honda PCX é vendido em três versões: CBS, por R$ 16.800; ABS, por R$ 18.480; e DLX ABS, por 18.910. Todos têm três anos de garantia e sete trocas de óleo grátis.

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