A briga no cada vez mais disputado mercado brasileiro de scooters promete mais um round importante em um futuro breve. A Honda acaba de apresentar, no Japão, a linha 2021 do PCX - modelo que é vendido em vários países asiáticos, outros tantos europeus e também no Brasil, onde é líder em seu segmento (atualmente com motor de 150cm³).
Por isso mesmo, a novidade muito nos interessa: o "upgrade" ainda deve demorar um pouco a chegar por aqui - provavelmente no segundo semestre do ano que vem, no Salão Duas Rodas, ou no início de 2022 -, mas é bem necessário para que o PCX continue enfrentando bem o arquirrival Yamaha NMax, cujo motor tem justamente 160 cm³ e que recentemente passou por um profundo aprimoramento.
O novo PCX mostrado no Japão surge em três versões - a 160, uma 125 (que é vendida na Europa) e uma híbrida. No maior delas, o motor passou de 149,3cm³ para 156cm³ e ainda ganhou quatro válvulas no cabeçote do cilindro único. Com isso, a potência subiu de 13,2 cv para 15,8 cv nas mesmas 8.500rpm de antes, e o torque cresceu de 1,3 kgf.m a 5.000rpm para 1,5 kgf.m a 6.500 rpm.
As diferenças nos números podem parecer pouca coisa, mas são relevantes em um scooter - e, não por acaso, rivaliza com os 15,4 cv a 8.000rpm e 1,4 kgf.m a 6.500rpm do Yamaha NMax 160. O PCX 160 promete um consumo de 53,5 km/l com gasolina de boa qualidade. Quer mais? O PCX também ganhou controle de tração, suspensões traseiras com curso mais longo (não revelado) e pneus mais largos: 110/70 R14 na frente e 130/70 R13 atrás. O ABS continua só na roda dianteira.
O visual também sofreu mudanças, mas bem discretas. O farol e a lanterna foram redesenhados, assim como as carenagens, que ficaram menos arredondadas. Outras novidades legais são o aumento no espaço sob o banco de 28 para 30 litros (o desenho do chassi foi mudado), a substituição da tomada 12V no porta-luvas por uma USB e o novo painel, que é todo digital como antes, porém mais horizontal e mais fácil de visualizar. Modernização de verdade!