Kawasaki lança duas super máquinas no Brasil

As novas Z900 e Z H2 impressionam pelo design, desempenho e... preços inacreditáveis! Confira especificações e valores

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Roberto Dutra
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Quando se trata de mercado brasileiro, a Kawasaki não brinca em serviço. Exceto por um ou outro modelo, a marca sempre vendeu por aqui motos com design e desempenho impressionantes. E nada de motos pequenas: sempre apostou em modelos de média ou alta cilindrada, até para atuar em segmentos onde as três principais rivais - Honda, Yamaha e Suzuki - não investem, ou investem pouco.

O resultado disso é uma extensa lista composta, predominantemente, por modelos naked e esportivos com visual agressivo e performance forte. E agora chegam mais dois para reforçar as fileiras da marca japonesa: as absolutamente impressionantes Z900 e Z H2.

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A linha "Z" é baseada em um conceito chamado, em japonês, de "Sugomi" - em tradução livre, "energia intensa e inspiradora de algo surpreendente". O resultado, na prática, é o que vemos nas motos da própria família "Z" ou mesmo na linha Ninja.

Kawasaki Z900 2025 (1)
A nova Kawasaki Z900: mais recursos eletrônicos, design atualizado e preço competitivo
Crédito: Divulgação
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Como é a nova Kawasaki Z900

A linha "Z" é composta, atualmente, pelos modelos Z500, Z650, Z650RS, Z900, Z900 RS R Edition e Z1000. Essa nova Z900 é uma atualização da Z900. Exibe um design muito mais agressivo, com certo aspecto futurista.

Continuam lá os dois faróis dianteiros, porém agora menores e coadjuvados por um projetor na parte inferior. O conjunto é abraçado por uma moldura menor que a da versão anterior e confere à moto uma cara de robô pouco amistoso. Logo acima um pequeno para-brisa protege o painel de instrumentos e, nas laterais, há novas abas com desenho bem arredondado, bem diferente das linhas angulosas de antes.

Na frente, o conjunto óptico agora é composto por três faróis
Crédito: Divulgação
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O painel de instrumentos, aliás é novo: agora tem tela de TFT de cinco polegadas e dois modos de exibição - um deles inspirado na aviação, que exibe o nível de inclinação da moto em tempo real.

Os botões para selecionar as funções do painel continuam no punho esquerdo, mas agora com novo layout. Importante destacar que a moto tem quatro modos de pilotagem e controle de velocidade de cruzeiro (piloto automático). E, ainda na parte de eletrônica, passou a ter unidade de medição inercial (IMU) de seis eixos, que lê até a torção do chassi e fornece parâmetros para os freios ABS com atuação em curvas, para o controle de tração e para o controle anti-empinamento.

Os comandos do painel continuam no punho esquerdo, mas com novos botões
Crédito: Divulgação
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Lá atrás a rabeta também mudou um pouco. Principalmente a lanterna, que agora se "espalha" pela parte traseira e não usa mais o recurso de formar um "Z" iluminado. A iluminação é full-LED. O banco em dois níveis também é novo, mas o nível de conforto - razoável para o piloto e sofrível para o garupa - não mudou.

O motor não mudou, mas foi recalibrado

O motor, por sua vez, é o mesmo de antes: o quatro cilindros em linha de 948 cm³ com refrigeração líquida. Entrega 124 cv de potência a 9.500 rpm e 9,9 kgf.m de torque a 7.700 rpm - pouca coisa a menos que os 125 cv e 10,1 kgfm de antes, nas mesmas rotações. Coisas das limitações impostas pela nova fase do Promot: a nova Z900 emite 11,3% menos CO2.

Na prática, foram feitas alterações no mapa da injeção e no sistema de escape. A potência e o torque caíram um pouco, mas a Kawasaki diz que a moto ficou 16% mais econômica - não revelou dados de consumo. A transmissão continua com seis marchas e secundária por corrente, mas agora ganhou o quickshifter de série nas duas versões disponíveis - standard e R Edition. E a embreagem passou a ser assistida e deslizante.

Na traseira a Z900 passa a ter uma lanterna que se espalha pela rabeta
Crédito: Divulgação
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No chassi, houve uma atualização na parte frontal, com reforço estrutural, e os tubos laterais do sub-chassi agora são planos. Mas não alteraram a geometria do quadro.

Na versão standard, a Z900 tem suspensão dianteira invertida com tubos de 41 mm e ajustes de compressão e de retorno. A traseira, por sua vez, é monochoque horizontal back-link a gás com ajustes de pré-carga e de retorno.

O novo painel tem tela de TFT de cinco polegadas que exibe até a inclinação da moto
Crédito: Divulgação
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Os freios, por sua vez, são da japonesa Nissin, com dois discos de 300 mm e pinças radiais na frente e um disco de 250 mm e pinça flutuante atrás.

Já a versão R Edition tem tubos pintados em dourado na mesma medida, e com um terceiro ajuste - na pré-carga. E o monochoque traseiro é fornecido pela grife sueca Öhlins - também pe horizontal back-link, com gás e ajustes de pré-carga e retorno.

O motor continua o mesmo de antes, mas com 124 cv de potência
Crédito: Divulgação
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Os freios, por sua vez, são da italiana Brembo, com pinças radiais M4.32, discos de 300 mm e mangotes revestidos com malha de aço (aeroquip) na frente. O freio traseiro é o mesmo da standard.

A nova Kawasaki Z900 será vendida nas cores verde ou vermelha - mas, na prática, em ambas a cor predominante é a preta ou a cinza. É que o verde ou o vermelho aparecem nas partes expostas do chassi, que é pintado, em alguns grafismos e nos adesivos das rodas.

O quickshifter bidirecional agora é item de série nas duas versões da Z900
Crédito: Divulgação
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A nova Z900 tem preço público sugerido de R$ 62.690 na versão standard e R$ 70.790 na versão R Edition. Ou seja, a standard, que era R$ 63.140, ficou R$ 450 mais barata. Já R Edition ficou apenas R$ 40 (isso mesmo, quarenta reais) mais cara que antes, quando custava R$ 70.750.

Preços excelentes diante do que a moto oferece. Valeria comparar com Honda CB 1000R, de R$ 78.870 e 142 cv, e Suzuki GSX-S 1000, de R$ 79.600 e 152 cv, mas estas brigam mesmo é com a irmã maior Z1000, de R$ 79.190 e 142 cv. Então a Z900 não tem rivais diretas. As vendas começam no segundo trimestre deste ano.

A nova Kawasaki Z H2 Em seu esplendor e glória: design ameaçador e desempenho quase surreal
Crédito: Divulgação
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Kawasaki Z H2: uma moto de outra dimensão

Alguém ai lembra da H2, a superesportiva que foi vendida por curto período no mercado brasileiro? Era uma superbike com visual arrebatador e imponente, um motor monstruoso com sobrealimentação - que entregava até 243 cv - e preço que superava os R$ 160 mil. A versão para as pistas, batizada de H2R, tinha 326 cv de potência e custava mais de R$ 300 mil. Isso lá em 2019.

Bem, a nova Z H2 é uma espécie de derivação daquelas duas, só que em versão naked e mais dentro das dimensões humanas de controle e segurança. Assim como na H2 e na H2R, o motor de quatro cilindros em linha, 998 cm³, 16 válvulas e comando duplo é sobrealimentado. Mas aqui entrega 200 cv de potência a 10.500 rpm e 14 kgf.m de torque a 8.500 rpm.

A Z H2 é uma "hypernaked" e descendente das inacreditáveis H2 e H2R
Crédito: Divulgação
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Além disso, o motor tem uma calibragem bem diferente, calculada para que as respostas em baixas e médias rotações sejam "domáveis" - na H2 e na H2R, chegava a ser difícil andar pilotar em baixas velocidades: o motor "engasgava" pedindo aceleração.

Dá para usar no dia-a-dia? Sim!

Desta forma, a Z H2 é uma moto que pode ser usada normalmente, no dia a dia. Claro que não é um modelo para o bate-e-volta no trabalho todo dia (a não ser que você trabalhe a 100 quilômetros de casa), mas permite aquelas saídas noturnas e aqueles rolezinhos de fim de semana sem sustos e não te obriga a usá-la apenas em autódromos, nos track days da vida.

O motor sobrealimentado entrega 200 cv de potência. Aqui o piloto tem que ter braço!
Crédito: Divulgação
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A Z H2 também é recheada de tecnologia e muitos recursos. A caixa de ar, por exemplo, é de alumínio - se fosse de plástico com em todas as motos não resistiria à pressão. Tem, ainda, suspensão dianteira invertida com tubos de 43 mm e ajustes de pré-carga, compressão e retorno, e monochoque traseiro Uni-Trak a gás com ajustes de pré-carga e compressão.

O freio dianteiro é Brembo com dois discos de 320 mm e pinças radiais M4.32, freio traseiro com disco simples de 260 mm e pinça flutuante, quickshifter bidirecional, embreagem assistida e deslizante, e transmissão com anéis dentados retos - que proporcionam encaixes mais certeiros e são mais resistentes que os anéis dentados com "pontas".

O painel, curiosamente, é mais modesto que o da Z900. Mas, ainda assim, de TFT e bem completo
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Na eletrônica, o mesmo pacote da Z900: IMU de seis eixos, controle automático de velocidade, quatro modos de pilotagem, ABS com atuação em curvas, controles de tração e anti-empinamento. E um recurso a mais: o controle de largada, que maximiza a aceleração nas arrancadas mas evita a perda da tração.

Design chega a meter medo

O painel é menor que o da Z900: aqui, são 4,3 polegadas. Mas tem dois modos de exibição e comandos no punho esquerdo. Por fim, o design da Z H2 é ainda mais agressivo que o da Z900, inclusive pelo porte mais avantajado da moto. A frente remete a um inseto intergaláctico pronto para atacar e a traseira parece ainda mais arrebitada. EM resumo, é uma moto que jamais passará despercebida em qualquer lugar.

Na traseira, a Z H2 manteve a tradicional lanterna que simula um "Z" iluminado
Crédito: Divulgação
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O preço do brinquedo? Esse surpreendeu, já que ficou muito distante do cobrado pelas antigas H2 e H2R - motos literalmente restritas a muito ricos e/ou milionários. A Z H2 será vendida por R$ 119.990 - valor que não é baixo, claro, mas inferior aos de concorrentes diretas, como a Ducati Streetfighter, que custa R$ 136.990, e Harley-Davidson Sportster S, de R$ 129.700. Ficou bom, não ficou? Vendas também no segundo trimestre.

A frente agressiva e algo mastodônica da Z H2 impõe respeito e chama a atenção
Crédito: Divulgação
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Em breve publicaremos aqui como foi pilotar essas duas novas feras da Kawasaki. Fique ligado!

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