Kawasaki Vulcan S: custom com motor versátil

Com boa ergonomia para pilotos de baixa estatura, moto tem potência e torque para saídas rápidas e retomadas vigorosas

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Alexandre Ciszewski
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Assim que terminou o teste da Kawasaki Versys 650, retirei uma Kawasaki Vulcan S para avaliação. Apesar de ter o mesmo motor, o robusto bicilíndrico paralelo com 649 cm³, oito válvulas e arrefecimento líquido, a diferença entre as motos é significativa.

A Vulcan S tem pedaleiras ajustáveis, as mãos alcançam facilmente o guidão e o largo banco está a apenas 70,5 cm do solo. Até mesmo os pilotos de baixa estatura ou pouca experiência sentem-se à vontade ao montar nesta custom peculiar.

Vulcan S 05
Pilotos de baixa estatura ou pouca experiência sentem-se à vontade na Vulcan 650 S
Crédito: Divulgação
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Kawasaki Vulcan S: custom com motor versátil

O ajuste dos espelhos retrovisores não é dos melhores, mas isso não chega a ser um problema - o formato e o tamanho dos espelhos são bons. Com isso, fornecem uma boa retrovisão sem que sejam necessárias muitas mexidas.

A Kawasaki Vulcan S entrega um bom desempenho. É um pouco mais mansa do que a Versys 650: são 61 cv de potência a 7.500 rpm e torque máximo de 6,4 kgfm a 6.600 rpm, que na pilotagem se convertem em saídas rápidas e retomadas vigorosas.

O motor bicilíndrico da Kawasaki Vulcan S entrega 61 cv de potência e 6,4 kgf.m de torque
Crédito: Divulgação
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Na prática, o motor tem força suficiente para evitar muitas reduções de marcha e a entrega de potência é linear e não assusta. O motor é versátil, bastante elástico e, a 100 km/h em última marcha no câmbio de seis velocidades, o conta-giros de leitura analógica marca 4.500 giros.

O painel de instrumentos da Vulcan S é simples, mas funcional e de fácil leitura
Crédito: Alexandre Ciszewski/Webmotors
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O painel ainda tem uma pequena tela digital com velocímetro, hodômetro e computador de bordo. É simples, mas funcional e de fácil leitura. A Kawasaki poderia atualizar o painel de instrumentos da Vulcan S - quem sabe equipá-la com o mesmo da Versys 650, que é bem mais moderno e tecnológico.

O conjunto de suspensões é composto por garfo telescópico dianteiro com curso de 13 cm e balança traseira é apoiada em um monochoque lateral com curso de 8 cm e ajuste na pré-carga da mola. Aqui, uma ressalva: para fazer o ajuste no amortecedor traseiro, é preciso ter uma ferramenta específica. Então não é algo tão simples como apenas girar uma alavanca, como acontece em alguns modelos.

O ajuste da pré-carga da mola poderia ser mais simples na Kawasaki Vulcan S
Crédito: Alexandre Ciszewski/Webmotors
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Esse conjunto dá conta do recado e permite curvas feitas com segurança e uma boa dose de amortecimento em imperfeições do piso, caso esteja no ajuste correto para o peso do piloto, ou piloto e garupa. A moto tem ainda freios ABS com disco em ambas as rodas: 300 mm com pinça de pistão duplo na roda dianteira e de 250 mm com pinça de pistão único na traseira. O sistema mostrou funcionamento de acordo com a proposta da moto durante a avaliação. Ou seja, eficiente, mas sem impressionar.

Na cidade, a moto é bastante ágil e tem respostas rápidas. Transitar entre os carros nos centros urbanos não é nenhum problema. Durante a avaliação, os consumos medidos foram de 21,7 km/l na cidade e de 28 km/l na estrada. Como o tanque de combustível da moto pega 14 litros, em teoria é possível rodar 303,8 quilômetros na cidade ou 392 quilômetros na estrada.

A moto tem freios a disco com sistema ABS nas duas rodas. As frenagens são eficientes
Crédito: Alexandre Ciszewski/Webmotors
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O projeto da Vulcan 650 S já não é dos mais atuais. A moto foi lançada no Brasil em 2015, já como modelo 2016. Naquele tempo -que saudade! -, a moto custava em torno de R$ 26 mil. Hoje, começa quase no dobro: R$ 50.530. Mas ainda assim vende razoavelmente, até porque é a única custom média à venda no país, e tem uma legião de fãs.

Apesar do tempo de estrada, ainda é uma moto que resolve bem tanto na cidade quanto na estrada. É versátil, confiável, anda bem, freia com eficiência e curva até com certa audácia.  Mas já era hora de a Kawasaki atualizar pelo menos o painel de instrumentos e incluir o controle de tração na moto, para deixá-la mais segura, justificar melhor o preço alto e também deixar a moto mais competitiva.

 

Veja a galeria de fotos:

Ficha Técnica

Kawasaki Vulcan S

Preço: a partir de R$ 50.530

Motor: dois cilindros em linha com 649 cm³, 61 cv de potência a 7.500 rpm e 6,4 kgf.m de torque a 6.600 rpm

Transmissão: câmbio de seis marchas com secundária por corrente

Freios: a disco nas duas rodas, com ABS

Suspensões: dianteira com garfos telescópicos e 13 cm de curso; traseira com monochoque lateral e 8 cm de curso com ajuste na pré-carga da mola

Pneus: dianteiro 120/70 R18 e traseiro 160/60 R17

Dimensões e peso: 2,31 m de comprimento, 88 cm de largura, 1,1 m de altura, 1,57 m de entre-eixos, banco a 70,5 cm do solo e 229 quilos de peso em ordem de marcha

Tanque de combustível: 14 litros

Consumo: 28 km/l na estrada e 21,7 km/l na cidade (medição Webmotors)

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