Kawasaki ZX-10R: mudanças radicais na linha 2021

Modelo sofreu forte reformulação no design, mudanças mecânicas e aprimoramentos eletrônicos. Ficou impressionante!

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Roberto Dutra
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A Kawasaki revela a sua linha 2021 a conta-gotas e, depois da "hypernaked" Z H2 SE, agora é a vez da conhecida Ninja ZX-10R e de sua versão mais nervosa ZX-10 RR - derivada da moto usada no Campeonato Mundial de Superbike (WSB), onde a Kawasaki foi campeã sete vezes desde 2013. A moto surge com design reformulado, aprimoramentos mecânicos e eletrônica de bordo ampliada.

2. Kawasaki Ninja Zx 10r
A Ninja ZX-10R ganhou melhorias no design, na mecânica e na eletrônica a bordo
Crédito: divulgação
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O visual ficou bem diferente. Na contramão da tradição que sempre privilegiou o conjunto ótico frontal no design, agora a moto tem dois faróis pequeninos e discretos, separados por uma vistosa entrada de ar centralizada na carenagem.

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Logo abaixo deles, "pontas" esculpidas fazem a função de "winglets", para que em altas velocidades o vento faça a chamada "downforce", que empurra a frente da moto para o chão. Os espelhos incorporaram os piscas, as carenagens laterais estão mais lisas e a rabeta, como sempre, é esguia e arrebitada.

Os faróis ficaram menores e abaixo deles a carenagem ganhou "pontas" esculpidas com função aerodinâmica
Crédito: divulgação
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A posição de pilotagem mudou um pouco. É que o banco, as pedaleiras do piloto e a posição do guidom foram alteradas. Além disso, a bolha (para-brisa) ficou um tantinho mais alta.

A moto passa a ter um radiador de óleo que trabalha independentemente do radiador de água
Crédito: divulgação
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Na parte mecânica a principal novidade é a adoção de um radiador de óleo instalado logo acima do de água. Herança do sistema usado no Mundial de Superbike, a peça ajuda a manter o motor na temperatura ideal e trabalha com circuito independente. O motor - que não mudou, mas foi aprimorado - ainda ganhou válvulas e sistema de escape novos. Além disso, o sensor de posição do acelerador foi realocado, o que eliminou o cabo do acelerador.

A ZX-10R mantém o motor quatro-em-linha de 998cm³ e 203 cv de potência, mas que consegue alcançar 213 cv a 13.200 rpm quando o RAM Air está atuando - momento em que o ar que entra pela tomada frontal e segue pelo duto de admissão na caixa de ar ganha pressão devido à velocidade, o que fortalece a mistura ar/combustível. O torque é de 11,7 kgf.m a 11.400 rpm.

A ZX-10RR tem pistões e bielas de titânio, rodas Marchesini e pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP
Crédito: divulgação
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Na versão ZX-10RR, que tem pistões e bielas de titânio desenvolvidos pela empresa austríaca Pankl, a potência vai de 204 cv a 214 cv nas 14.000 rpm. Já o torque pouco muda: 11,4 kgf.m a 11.700rpm. Outras diferenças na RR são as rodas Marchesini, os pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP, as molas das válvulas de admissão e escape e peças como árvore e manivelas de alta performance.

O chassi ficou mais leve, mas a moto ganhou um quilo por conta dos novos dispositivos - agora, são 207 quilos
Crédito: Divulgação
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E há mais mudanças na parte mecânica da ZX-10R. O chassi ficou mais leve, as suspensões têm novas calibragens e ganharam amortecedores Öhlins eletrônicos adaptativos, os freios Brembo foram revisados e a transmissão ganhou novas relações de marchas (primeira, segunda e terceira ficaram mais curtas). Claro que há quickshifter para cima e para baixo - aquele dispositivo que permite trocar as marchas sem usar a embreagem ou aliviar o acelerador. O peso da moto, contudo, aumentou um quilo - foi para 207 quilos - por conta dos novos dispositivos.

O painel é uma telinha TFT com 4,3 polegadas e conectividade com smartphone por Bluetooth
Crédito: Divulgação
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E a Ninja ZX-10R tem mais novidades. A iluminação passa a ser toda com LEDs e o painel agora é uma telinha de TFT de 4,3 polegadas, que permite conexão com smartphone via Bluetooth para usar o aplicativo Rideology. Este acessa várias funções do painel e é possível, por exemplo, ver detalhes do trecho percorrido e as condições de rodagem como velocidade média, além de fazer, pelo celular, os setups que seriam feitos no painel.

As ajudas eletrônicas também foram ampliadas. A moto agora tem controles de velocidade (o popular "piloto automático"), de gerenciamento em curvas (anti-derrapagem), de tração com mais dois níveis de interferência (agora são cinco), de largada e de freios (além do ABS).

A moto também ganhou novos modos de pilotagem - além dos "fixos" sport, road e rain, passa a ter mais quatro modos "Rider", que permitem ao piloto ajustar vários parâmetros a seu gosto. Esta nova Ninja ZX-10R deve chegar ao Brasil entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro de 2022. Até lá, fica a geração atual, que custa R$ 80 mil.

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