No entanto, vale informar que o primeiro lote de 120 unidades já deverá chegar em janeiro do ano que vem. Segundo a diretora de vendas e marketing da Kawasaki, Sonia Harue Ando, a seca que levou à baixa no nível de alguns rios tem prejudicado o escoamento da produção - e não só no Amazonas (AM), mas também na Venezuela e no Panamá.
O preço, agora, é R$ 57.490, e não mais R$ 55.990 - valor que foi anunciado no Festival Interlagos. Vale ressaltar, porém, que esse preço já inclui o frete.
Baixa cilindrada, mas bem equipada
A Kawasaki Ninja ZX-4R é muito bem equipada. Na parte mecânica, tem ABS, controle de tração e embreagem assistida e deslizante. E no que se refere a tecnologias e mimos, vem de fábrica com iluminação full-LED, tomada USB e conectividade via Bluetooth no painel - que é uma belíssima tela de TFT de 4,3 polegadas, semelhante às usadas nas Ninjas de maior cilindrada.Ali, pelo já conhecido aplicativo Rideology, da Kawasaki, é possível parear o smartphone ao painel e ter em mãos inúmeras informações da moto, o que incrementa a interação entre piloto e máquina. Além disso, é ali que você seleciona um dos dois modos de exibição - Normal e Circuit. O painel também exibe muitas informações: velocímetro digital, conta-giros em barras, marcha engata, nível de combustível, hodômetros total e parcial, consumos médio e instantâneo, autonomia, velocidade média, tempo de percurso, temperatura do líquido de arrefecimento, relógio e tensão da bateria, entre outros.
Experiência divertida
Demos três voltas completas no Autódromo de Interlagos, o suficiente para conhecer um pouco a nova Kawasaki Ninja ZX-4R - e ficar com gosto de quero mais. Mal saí dos boxes e já nas primeiras curvas a moto me surpreendeu com sua extrema leveza e maneabilidade.Você entra nas curvas da forma que quiser, e a moto obedece. Errou a trajetória? Acelere, freie, reduza e rebole, que você vai conseguir consertar. Essa Ninja ZX-4R é extremamente obediente e dócil.
E quando falamos em docilidade, não nos referimos a lerdeza. Pelo contrário: a moto acelera forte e pede trocas de marchas rapidamente. Em baixas rotações demora um pouco para "encher" o motor - afinal de contas, são quatro cilindrinhos. Mas depois que isso acontece a moto dispara. É só mantê-la em rotações elevadas que a diversão é garantida.
E mais: na Ninja ZX-4R, você não leva sustos e jamais tem a impressão de que, se não se segurar ali em cima, poderá cair da moto. Além da maneabilidade e da agilidade, esse é um dos grandes baratos de pilotar uma esportiva de cilindrada e potência menores que as topo de linha, cujos motores despejam de 150 cv para cima. Aqui são 77 cv na condução normal, que chegam a 80 cv com o RAM Air "ativado".
"RAM Air", para quem não lembra é, simplesmente o aumento no fluxo de admissão para a caixa de ar à medida em que a velocidade da moto sobe. Quanto maior é a velocidade, maior é o volume de ar que chega ao motor, mais intensa fica a mistura ar/combustível - e a potência aumenta.
Pois aqui são até 80 cv de potência, que proporcionam diversão na medida certa para quem quer ter uma esportiva realmente bonita e charmosa, tirar aquela onda com a turma e sentir boas doses de adrenalina sem, no entanto, pagar uma grande fortuna por isso - e não só na compra, mas também na manutenção e no seguro. E também para quem acha que as Ninja 300 e 400, ambas bicilíndricas, são "pouco".
Quanto a números de desempenho, a Kawasaki não divulga. Mas sites internacionais apontam uma velocidade máxima de 241 km/h. Me parece um exagero, mas no meu rápido test-ride, eu cheguei a 180 km/h, e ainda tinha acelerador.
A Ninja ZX-4R garante desfiles bacanas - inclusive porque é bonita e parece uma moto maior - e está sempre na mão. Freia com tremenda eficiência, tem câmbio justinho, responde bem sem ser tresloucada, faz curvas com absoluta eficiência e chega ao refinamento de ser razoavelmente confortável, já que a posição de pilotagem não é demasiadamente "racing".
Quer mais? A Ninja ZX-4R ainda é capaz de emitir um ronco lindo - mas aí vale ressaltar que a moto que pilotamos estava com ponteira Akrapovic, e não a original. Tudo bem: a maioria dos donos de superbikes troca a ponteira, não é?
Ao longo de nosso rápido test-ride, a Ninja ZX-4R me transmitiu muita segurança e proporcionou boa dose de diversão. Para quem nem curte muito motos esportivas, como eu, é algo a ser levado em conta.
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