As motos big trails são exóticas, eventualmente até bonitas, grandes, potentes, caras e muito - mas muito mesmo - cobiçadas. Cheias de tecnologia, têm recursos como suspensões com ajustes eletrônicos, ABS, controle de tração e painéis de instrumentos completíssimos.
Originalmente criadas para viagens de longas distâncias por praticamente todo tipo de terreno, nos últimos anos têm ficado cada vez mais "on" - ou seja, mais adequadas a rodar no asfalto do que na terra. Mas nunca perderam a versatilidade, que é sua grande característica e principal atrativo.
Confira nossa lista com as principais big trails vendidas no país, escolha a sua e boa viagem até Macchu Picchu, Alasca, Jalapão ou ao Deserto do Atacama!
É R 1.250 GS é tão cobiçada que, inusitadamente, é a 11ª moto mais vendida do país e a primeira entre todos os modelos de alta cilindrada. A versão atual mantém o famoso motor boxer, com 1.254 cm³ de capacidade cúbica e comando de válvulas variável, que lhe dá um ótimo desempenho em todas as faixas de rotação.
Seus 136 cv de potência a 7.750 rpm e torque de 14,5 kgf.m a 6.250 rpm são mais que suficientes para qualquer aventura - fato reforçado pelas suspensões com ajustes eletrônicos e pela transmissão secundária com eixo cardã apoiada em balança monobraço. É vendida nas versões standard e Adventure, esta com tanque maior e outros quitutes especiais.
Com design especialmente bem-resolvido, a Tiger 1.200 é vendia em duas versões, Alpine e Desert, que diferem principalmente nas rodas - de liga leve ou raiadas. Mas ambas têm um motor tricilíndrico de forte desempenho, que com seus 1.215 cm³ rende 141 cv de potência a 9.350 rpm e torque de 12,4 kgf.m a 7.600 rpm.
A moto ainda tem secundária por cardã e, de acordo com a versão, até seis modos de pilotagem, suspensões da grife americana WP (dianteira invertida), freios Brembo, escape Arrow, tomada 12V e cavalete central.
Bem mais "on" do que "off-road", a Versys 1.000 está mais para sport-touring - mas as suspensões de bom curso permitem encaixá-la nessa lista. A moto mostra sua força já no motor herdado da superbike Ninja 1.000: o quatro-em-linha que produz 120 cv de potência a 9.000 rpm e torque de 10,4 kgf.m a 7.500 rpm.
Painel completo e iluminação full-LED são apenas alguns dos atrativos da moto desde a versão standard. A configuração Grand Tourer, mais completa, tem especiarias como suspensão eletrônica, quickshifter, conectividade com smartphone, conjunto de malas laterais e top case, protetores de mãos, punhos aquecidos, faróis auxiliares, sliders e protetores de joelhos e tanque. É um modelo particularmente confortável.
A italiana que topa tudo é a mais braba de todas. O motor Testastretta é apenas bicilíndrico, mas produz nada menos que 158 cv de potência a 9.500 rpm e 12,8 kgf.m de torque a 7.500 rpm. É moto para pilotos que curtem adrenalina e têm alguma experiência - pois além de tudo é alta, embora nem tão pesada (212 quilos a seco).
Assim como as rivais, tem muita eletrônica embarcada: assistente de partidas em ladeiras, quatro modos de pilotagem, controle de tração, ABS com ação em curvas e anti-empinamento são alguns recursos. Por fim, o design é dos mais exóticos e ousados - coisa de italiano!
A V-Strom anda meio em baixa no segmento, mas logo deve ganhar uma nova geração e voltar a fazer sucesso como suas antecessoras. Se comparada a algumas concorrentes, é relativamente simples - tem menos eletrônica e recursos. Por outro lado, sua versatilidade é grande e sua eficiência no fora-de-estrada, indiscutível. E tem lá seus quitutes, como embreagem assistida, ABS, controle de tração e chassi de alumínio. É vendida em duas versões, nas quais variam acabamentos e alguns equipamentos (como os baús laterais e o top case traseiro, por exemplo, que são de série na Adventure). Mas ambas usam o mesmo motor com dois cilindros em V e 1.037cm³, que rende 101 cv de potência a 8.000 rpm e torque de 10,5 kgf.m a 4.000 rpm.
A Africa Twin vinha em uma posição discreta nessa briga das big trails, mas a linha 2021 chegou este mês cheia de novidades para fazer com que a moto da Honda subisse degraus e ficasse mais apta a encarar as concorrentes.
A moto ganhou design, chassi e motor aprimorados, além de dois novos modos de pilotagem - ambos customizáveis - junto aos quatro que já existiam. A disposição aumentou: antes, essa big trail tinha 88,9 cv de potência a 7.500 rpm e torque de 9,5 kgf.m a 6.000 rpm. Agora, são 99,3 cv e 10,5 kgf.m.
A moto também ficou mais leve e passou a ter o exclusivo câmbio automatizado de dupla embreagem DCT, que é um arraso. Aliás, não perca: amanhã publicaremos uma reportagem completa sobre a Africa Twin 2021, com test-ride das versões standard e DCT.
Então, escolha sua moto e seu destino e pegue a estrada!