O caro leitor viu aqui no WM1, essa semana, o lançamento da surpreendente nova Yamaha FZ15. Mostramos a chegada da moto, uma avaliação dinâmica e sua ficha técnica. Mas, claro, a decisão de levar uma para casa sempre ficará a cargo de cada um - dependendo de orçamento, preferências estéticas e uso que dará à moto.
Mas vale a pena comprar essa moto? Para ajudar nesta decisão, mas sem tendência positiva ou negativa, listamos aqui cinco motivos para você ter levar esse modelo na sua garagem, e outros cinco para não ter:
Damos esse nome à relação entre o que uma moto entrega e quanto custa, em um contexto de posicionamento em seu segmento. A FZ15 tem custo-benefício interessante: custa Ra partir de R$ 16.990, fora frete (R$ 17.555 além do frete para o Estado de São Paulo). Pouca coisa acima dos R$ 15.190 da Fazer 150, que virou versão de entrada, e dos R$ 15.060 da versão topo de linha da Honda CG 160, a Titan. A diferença é amplamente compensada pelo design bem mais moderno e pelos recursos a mais em relação a estas, como suspensão traseira monochoque regulável, ABS no freio dianteiro e pneus mais largos e de melhor especificação (radiais Pirelli Diablo Rosso II 100/80 R17 na dianteira e 140/60 R17 na traseira - contra 80/100 R18 na frente e 100/80 R18 atrás na Honda CG, por exemplo).
A beleza está nos olho de quem vê e é claro que muita gente vai achar a FZ15 bonita e outros tantos verão uma moto feia. Mas é inegável que o modelo foge da mesmice dos modelos de baixa cilindrada com seu tanque musculoso, farol dianteiro em "V" e com projetor e aspecto de moto maior. Além disso, tem baratos muito particulares, como a posição da chave de ignição na parte dianteira do tanque e o bonito painel com fundo "blackout". É uma moto de baixa cilindrada que não passa despercebida e garante aquela onda diante dos amigos.
A nova Yamaha FZ15 tem exatamente o mesmo motor da Fazer 150 e da Factor 150, outros dois modelos da Yamaha. O monocilíndrico refrigerado a ar com 149 cm³, potência de até 12,4 cv a 7.500 rpm e torque de até 1,3 kgf.m a 5.500 rpm é menos potente que o da Honda CG, mas é reconhecidamente confiável e, por já estar em linha há tempos, sua manutenção é barata e não faltarão peças de reposição. Vale lembrar que, por sua capacidade cúbica, insere a FZ15 na lista de motos que poderão ter o IPVA reduzido ou zerado conforme decisão do Congresso (que é opcional, e não impositiva, cabendo aos estados decidir sobre isso)
Nossa avaliação dinâmica mostrou que a FZ15 se comportou bem tanto na cidade quanto na estrada - embora não seja exatamente um modelo para viagens longas. Em seu habitat, o mundo urbano, ofereceu conforto satisfatório.
A Yamaha FZ15 é a única street em sua faixa de cilindrada que vem de fábrica com ABS no freio dianteiro. Todas as outras têm, no máximo, freios combinados CBS. É um grande diferencial para a segurança do piloto e, como já citamos, isso também justifica - com sobra - o preço um pouco mais alto.
Apesar de ser uma moto street de baixa cilindrada, a FZ15 não é a melhor opção como moto de trabalho. Além de ser um pequeno pecado instalar baú e afins em uma moto com visual tão bacana, suas peças certamente serão um pouco mais caras que as de uma HOnda CG ou de uma Yamaha Fazer 50, por exemplo. E você não vai querer quebrar um pisca, um manete ou um espelho dessa moto na ralação diária, certo?
Se a ideia do caro leitor é comprar uma moto para trabalhar, como mencionamos acima, a FZ15 não é melhor opção também por ter preço superior ao de uma Honda CG ou das Yamaha Fazer 150 e Factor 150 - que, aliás, têm o mesmo motor. Moto para trabalhar é investimento. Então, deve-se optar pelo menor preço possível. Já quem busca uma moto para ir ao trabalho e voltar para casa diariamente tem na FZ15 uma boa opção.
Infelizmente convivemos com roubos de motos em todos os cantos do país, principalmente nos grandes centros urbanos como Rio de Janeiro e São Paulo. E não tenha dúvidas de que você chamará atenção até de quem não deve em cima de uma FZ15. Então, antes de comprar essa moto, pense nos trajetos que fará e se passará cotidianamente por lugares de risco. Se ainda assim optar pela FZ15 tome cuidado, faça seguro e seja feliz.
Embora nosso repórter Alexandre Ciszewski tenha ido coma FZ15 até Santos, no litoral paulista, e relatado um bom comportamento por todo o trajeto, não é uma moto indicada pra viagens longas. O próprio Ciszewski ressaltou que o conforto sentido em âmbito urbano não se repetiu por todo o trajeto em rodovia. Afinal, como em toda moto street a posição de pilotagem na FZ15 é meio "encolhida" e com pernas bem dobradas - o que obviamente cansa em percursos longos.
A FZ15 tem visual bem agressivo e moderno, que sugere um desempenho vistoso. Mas sua performance é apenas correta e convincente, sem proporcionar doses de adrenalina ou grandes emoções. Então que faz questão de ter a moto mais forte do segmento deve mesmo pensar na Honda CG, que tem um pouco mais de potência, ou mesmo em modelos maiores, com motores de 250 cm³ - é aí que a coisa começa a ficar realmente divertida. Já quem pilota sem muita preocupação com desempenho pode investir na FZ15 sem risco de decepção.