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Por que a primeira moto deve ser pequena e leve?

Com raras exceções, pilotos iniciantes não estão preparados para reagir às exigências de modelos mais pesados e potentes

por Roberto Dutra

Chegou a tão sonhada hora de comprar sua primeira moto? Ótimo! Uma das perguntas mais frequentes nos grupos de motociclistas das redes sociais é se essa primeira moto "pode ser" média ou grande, e não necessariamente pequena. Pois bem: poder, pode. Muita gente compra, logo de cara, um modelo com motor de 500 cm³ ou mais e, no fim das contas, tudo segue bem. Mas não é aconselhável. E mostramos aqui os motivos.

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A lógica é relativamente simples: sua primeira moto deve ser adequada à sua inexperiência no mundo das duas rodas. Alguém que nunca pilotou motos e apenas fez os treinos para passar na prova do Detran não deveria partir para uma moto grande, pesada e potente - seria como um motorista inexperiente tirar a carteira Nacional de Habilitação (CNH) e sair com uma Ferrari.

A compra de uma moto, especialmente a primeira, é bem emocional e habitualmente movida por critérios como beleza e potência. Mas também deve ser regida pelo bom senso. A primeira moto é justamente aquela com a qual você vai efetivamente aprender a pilotar no mundo real, nas ruas, já que as aulas nas moto-escolas ensinam apenas a conduzir o veículo e a passar na prova.
Além disso, é com essa primeira moto que você vai levar suas primeiras fechadas e sustos e, talvez até, seu primeiro tombo - nesse caso, melhor você não estar em alta velocidade - e melhor, também, que sua moto seja barata de consertar, certo? O desempenho da moto escolhida deve, fundamentalmente, estar ao alcance das suas capacidades de reação. E quem está no começo no mundo das motos raramente já tem todas as "manhas".

Outros critérios importantes que devem ser levados em conta são o uso pretendido e o percurso que se vai fazer diariamente - inclusive os custos e a exposição a riscos nesses trajetos. Naturalmente quem vai usar a moto diariamente em vias expressas poderá começar com um modelo de 250 cm³, por exemplo, que já resolve com sobras a questão de mobilidade urbana e dá boa segurança nesses trechos.
Mas quem vai rodar só em ambiente urbano, em baixas velocidades, estará bem servido com uma moto de 125 cm³ - e não vai gastar uma pequena fortuna para comprá-la e nem sentir o peso do consumo de combustível no bolso.

Nossa recomendação, então, é que sua primeira moto seja um modelo de baixa cilindrada, leve e com desempenho limitado, e que também seja barata de comprar, de manter e de consertar. Com raras exceções, um modelo com muita potência torna-se perigoso em mãos inexperientes. Além da falta de habilidade para manusear a moto com mais peso, as retomadas de velocidade são muito rápidas e o motociclista iniciante não está habituado a fazer os constantes cálculos de espaço versus velocidade - algo que deve ser intuitivo, e esse condicionamento só vem com o tempo.

Importante destacar que existem muitos modelos disponíveis no mercado que se adequam a esse primeiro passo. E também os scooters, que são ainda mais fáceis de pilotar, resolvem tudo nos trajetos diários e livram o piloto da lentidão e dos incômodos dos transportes coletivos. É só pesquisar e escolher. Depois de algum tempo de experiência, quando o piloto se sentir bem seguro no trânsito, será a hora de subir um degrau no tamanho da moto e na potência do motor, e curtir emoções mais fortes.

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