Grandes fabricantes de moto do Japão criam empresa

Motocicletas elétricas de Honda, Yamaha, Kawasaki e Suzuki terão baterias padrão e estruturas de suporte compartilhadas

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Roberto Dutra
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Se as principais montadoras de automóveis do mundo caminham a passos largos rumo à eletrificação, com as marcas de motocicletas não é muito diferente. É fato que as grandes fabricantes de motos têm sido um pouco mais lentas, mas vez por outra o processo avança várias casinhas de uma só vez. Agora é um desses momentos: as "quatro grandes" do Japão - Honda, Yamaha, Kawasaki e Suzuki - se associaram em uma nova empresa, batizada de Gachaco, que também tem a participação da petrolífera japonesa Eneos.

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Protótipo de estação de troca de bateria do consórcio Gachaco
Crédito: Reprodução da internet
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Grandes fabricantes de motos querem baterias padrão

Com a Gachaco, as quatro marcas pretendem padronizar o tamanho e a capacidade das baterias para motos elétricas, de forma que possam ser usadas em diversos modelos de cada uma delas. Assim, o usuário não ficaria dependente de baterias específicas para as motos e scooters de cada marca.

O projeto conjunto começou a ser formulado em 2019 e em setembro de 2020 tiveram início os testes. Em novembro do ano passado, a Honda apresentou o Mobile Power Pack-e, sua primeira unidade de armazenamento e carregamento de baterias - já de acordo com os requisitos acordados com as outras marcas.

Gachaco (4)
O protótipo do scooter Honda PCX equipado com motorização elétrica e baterias padronizadas
Crédito: Reprodução da internet
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Além das baterias padronizadas, o projeto também pretende desenvolver uma infraestrutura apropriada de suporte ao uso de motos elétricas, com pontos de recarga e até troca de baterias.

É nesse último serviço que entra a Eneos, com um atendimento chamado de "Battery-as-a-Service" (bateria como um serviço, em tradução livre), ou BaaS. Uma das hipóteses é criar um serviço de assinatura com pagamento de mensalidade, no qual o usuário poderia trocar as baterias por outras já recarregadas, sempre que precisasse, em estações específicas. E mais: a Gachaco também deverá ficar responsável por dar destino ambientalmente correto às baterias que completarem sua vida útil.

No momento, a estimativa é de que a Gachaco comece a oferecer o serviço de compartilhamento de baterias no Japão, já no segundo semestre deste ano. Num primeiro momento, o atendimento será implementado em Tóquio e mais algumas cidades grandes, sempre em locais de grande movimento.

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