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Classic 350: já na Europa e mais perto do Brasil

Início das vendas por lá mostra que Royal Enfield reequilibrou a produção e que modelo logo chegará a outros mercados

por Roberto Dutra

A Royal Enfield começou a vender a Classic 350 na Europa e os primeiros países a recebê-la são Portugal e Espanha. A moto chega por lá nas versões Halcyon, que mescla a cor verde escura com detalhes dourados, Dark, toda pintada de presto fosco e com exclusivas rodas de liga leve, e Chrome, que combina elegantemente partes pintadas na cor vermelha com acabamentos cromados (claro, essa é a minha preferida!).
Os preços na terrinha ficam entre 4.989 euros e 5.189 euros, algo em torno dos R$ 29.300 e R$ 30.500, na conversão direta. Na Índia, a moto tem mais duas versões - Redditch e Signals.
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A nova Classic 350 foi lançada na Índia em setembro do ano passado como mostramos aqui no WM1, e o início das vendas na Europa pode parecer algo distante e talvez pouco importante para nós. Mas revela muita coisa. A principal é que a chegada da moto ao Velho Continente parece sinalizar que a Royal Enfield está em fase de reequilíbrio de produção - como muitas marcas, a indiana foi atingida em cheio pela pandemia de covid 19, que fez fábricas e fornecedores pararem ou, pelo menos, reduzirem suas produções.

Hoje pode parecer que isso tem muito tempo, mas a recuperação de qualquer paralisação do tipo - e aquela não foi curta - sempre demora meses. Para quem não lembra, a chegada da Meteor 350 ao Brasil atrasou fundamentalmente por causa disso, e até hoje há falta de motos nas concessionárias e longas filas de espera em muitas delas.

A chegada da Classic 350 ao mercado europeu pode ser um sinal, também, de que logo os estoques da Meteor 350 serão readequados e que não haverá mais falta de motos por aqui. Além disso, é o começo da jornada da própria Classic 350 rumo ao mercado brasileiro.
A moto é cotada para o Brasil desde sua geração anterior, mas o projeto Meteor 350 entrou em seu lugar. E o sucesso desta mostrou que há espaço para modelos custom de baixa/média cilindrada com preço razoável - e a Classic 350 seria uma ótima segunda alternativa, até porque a Meteor 350 segue sem concorrentes.

Vale destacar um fator que facilitaria essa logística: ambas compartilham chassi, motor e vários outros componentes. Com isso, o trabalho das concessionárias - que lutam para rentabilizar, já que a linha Royal Enfield no país é enxuta - seria facilitado. Praticamente não seria preciso investir em novo ferramental para assistência técnica e pós-venda, por exemplo. E mais: a Royal Enfield já disse que pretende ter uma linha de montagem em Manaus. Então fazer duas motos que usam muitas peças em comum seria muito prático.
Confira aqui: a primeira viagem-teste da Meteor 350!

As duas motos, porém, têm suas diferencinhas. A Meteor 350 é um modelo custom mais convencional e a Classic 350 tem uma pegada bem retrô, com um visual que, de certa forma, é até parecido com o da irmã maior Interceptor 650. Aliás, esse é outro aspecto que favorece a venda da Classic 350 no Brasil: a bicilíndrica média teve boa aceitação por aqui.

O tempo, os repiques da pandemia, as variações cambiais e outros fatores dirão o que vai acontecer. Mas apostamos na vinda da Classic 350 para o mercado brasileiro como uma segunda opção tanto nas lojas da Royal Enfield quanto no próprio mercado - pelo menos por enquanto.

Para quem não lembra, já falamos bastante das especificações da Classic 350 quando de seu lançamento. O motor é o já conhecido monocilíndrico refrigerado a ar e óleo com duas válvulas, comando de válvulas simples no cabeçote, 350 cm³, potência de 20 cv a 6.100 rpm e torque de 2,7 kgf.m a 4.000 rpm. O câmbio tem cinco marchas, com secundária por corrente.

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