Ao longo desta semana acompanhamos o lançamento da Royal Enfield Scram 411, como o caro leitor do WM1 pôde acompanhar aqui. E, na próxima semana, vamos contar como foi nossa experiência de pilotagem com esa versão mais jovial da Himalayan 411. Mas as novidades da marca anglo-indiana não vão parar por aí.
Fontes ligadas à Royal Enfield nos revelaram os próximos passos que serão dados no mercado brasileiro: a chegada da Hunter 350, que será a moto mais barata da marca no país, em qual estágio se encontra o processo de homologação da esperadíssima Super Meteor 350 e os planos para a fábrica brasileira. Vamos lá:
O modelo, que será o mais barato da marca no país, será apresentado muito provavelmente durante a próxima edição do Festival Interlagos, no final de junho. Sendo assim, as vendas da moto deverão ter início pouco depois, entre meados de julho e início de agosto.
A Hunter 350 é uma naked urbana com aspecto moderno, que compartilha motos, chassi e outros componentes com a Classic 350 e a Meteor 350. Assim como acontece na Índia, aqui as três formarão uma "escadinha de preços. Atualmente a Meteor 350 começa em R$ 21.790 e a Classic 350 parte de R$ 20.890
A Classic começa em R$ 20.890 e a Meteor, em R$ 21.790. Então podemos estimar que Hunter 350 custará entre R$ 18 mil e R$ 19 mil em suas versões mais baratas. O motor será o mesmo das irmãs - o monocilíndrico refrigerado a ar e óleo de 349 cm³, com 20,4 cv de potência a 6.100 rpm e 2,8 kgf.m de torque a 4.000 rpm.
A aguardada custom média da marca já cria grandes expectativas no mercado brasileiro, mas ainda vai demorar um pouco para chegar. Temos a informação de que quatro unidades já estão em solo brasileiro para testes de rodagem, o que indica que o processos de adequações jã começaram ou estão para começar.
Mas seu lançamento não será tão rápido por dois motivos: primeiro, é preciso testá-la e adequá-la as condições brasileiras de rodagem e de combustível, entre outros aspectos. Segundo, estrategicamente para qualquer marca não é bom "atropelar" lançamentos e o segundo semestre será destinado à divulgação da Hunter 350, que terá acabado de chegar, e da Scrambler, que também ainda estará em início de carreira.
Oferta Relacionada: Marca:ROYAL-ENFIELD Modelo:METEOR-350
O motor será o mesmo da Interceptor e da Continental GT: o bicilíndrico refrigerado a ar e óleo de 648 cm³, que rende 47 cv de potência a 7.250 rpm e torque de 5,4 kgf.m a 5.250 rpm. Neste momento é impossível estimar um preço para a moto, mas apostamos em algo entre R$ 35 mil e R$ 37 mil.
Já explicamos aqui como a Royal Enfield nacionalizou sua produção: a marca monta suas motos dentro da fábrica da Dafra, em processo semelhante ao que já fizeram muitas outras marcas - KTM, BMW e MV Agusta, entre outras.
A Royal Enfield tinha plano para, num prazo relativamente curto - algo em torno de dois anos -, ter sua própria fábrica no Polo Industrial de Manaus. Mas uma fonte nos informou que isso não vai acontecer antes de quatro anos, pelo menos.
A produção tem sido incrementada progressivamente. Já são montados em Manaus os modelos Interceptor 650 e Continental GT 650, que compartilham muitos componentes, e Himalayan 411 e a própria recém-lançada Scrambler 411, que também são quase gêmeas.
Mas, curiosamente, a montagem local de Meteor 350 e Classic 350, que da mesma forma são quase a mesma moto, ainda não esta plenamente escalonada. Isso deve acontecer nos próximos meses, inclusive para permitir que a Hunter entre no bolo e a produção ganhe essa escala, reduzindo custos.
De toda forma, uma coisa é certa: não existe a menor possibilidade de a Royal Enfield reduzir seus negócios no país ou mesmo "ir embora" - como muitos internautas adoram falar nas redes sociais, sem qualquer embasamento.
Presente no país desde 2017, a marca anglo-indiana só vê seus volumes de vendas subindo progressivamente ano após ano, bate seus próprios recordes e, em 2022, superou a marca das 10 mil motos vendidas no país.
Ao contrário da Dafra, que depois de um começo instigante, parou no meio do caminho; da Haojue, que tem mostrado uma trajetória de altos e baixos, e da recém-chegada Zontes, cujo destino ainda não é possível antever, mas que assim como a Haojue sempre vai esbarrar na estrutura relativamente limitada da J. Toledo da Amazônia / JTZ Comércio de Motos.
Por outro lado, fiquem de olho, também, na Bajaj...