Royal Enfield terá 2ª linha de montagem no Brasil

A médio e longo prazo, novo CKD montará os modelos que ainda serão lançados no país, como Himalayan 450 e Shotgun 650

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Roberto Dutra
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Eis aqui mais uma notícia que deixará com raiva a turma da internet que, todos os dias, grita que "a Royal Enfield vai embora do Brasil": a marca acaba de anunciar uma segunda linha de montagem no país.

Mais que tudo, o anúncio reforça a disposição da marca anglo-indiana de investir no mercado brasileiro, onde, apesar de percalços naturais, tem se consolidado e crescido significativamente. Para se ter uma ideia, as vendas, no acumulado do ano de janeiro a outubro, foram mais de 40% superiores às do mesmo período no ano passado.

Essa nova linha de montagem também será no esquema Completely Knocked Down (CKD) - quando as peças chegam prontas de fora e a moto é apenas montada no país. Também ficará em Manaus (AM), onde a empresa já tem uma primeira linha de montagem funcionando a todo vapor.

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Um dos modelos produzidos em Manaus (AM), a Hunter 350 é a moto mais vendida da marca no Brasil
Crédito: Guilherme Veloso/Royal Enfield
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Essa segunda linha deverá entrar em operação em janeiro de 2025, em parceria com o Grupo Multi - que será responsável pelas operações. Portanto, nada a ver com a Dafra, parceira na linha atual.

Segundo a Royal Enfield, o Grupo Multi foi escolhido devido à infraestrutura e ao amplo conhecimento em produção.

A empreitada faz parte de uma nova fase da Royal Enfield no Brasil, com foco em cultura, equipes, rede de concessionárias, produto e marca.

O objetivo é melhorar a experiência do cliente para reposicionar e consolidar ainda mais a posição de liderança no segmento de motos de média cilindrada.

Além da inauguração da segunda linha de montagem, a Royal Enfield segue ampliando sua rede de concessionárias, que deve fechar este ano com 36 lojas. As próximas são em Belém (PA), Cuiabá (MT), Maringá (PR), Santana (BA), Zona Norte de São Paulo (S), Itajaí (SC), Chapecó (SC) e Uberlândia (MG).

A Royal Enfield também continua aumentando sua rede de concessionários: oito novas em breve
Crédito: Divulgação
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Além de oferecer mais suporte mecânico e de pós-venda para os clientes, aumentar a rede também é um movimento estratégico para incrementar as vendas - inclusive dos próximos lançamentos, que estão previstos para até o final de seu ano fiscal, em março de 2025.

Até, lá, a Royal Enfield deverá lançar no mercado brasileiro os modelos Himalayan 450 e Shotgun 650. Na sequência, já no ano fiscal 2025-2026, chegarão os modelos Guerrilla 450, Classic 650 e Bear 650.

A Classic 650 é uma das motos da Royal Enfield que chegarão ao Brasil nos próximos dois anos
Crédito: Divulgação
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Como no Brasil só conseguem ter preço competitivo as marcas que produzem no país - ainda que seja em CKD -, a marca precisa realmente aumentar sua capacidade produtiva.

Atualmente a Royal Enfield monta em Mansus (AM) os modelos Himalayan 411, Scram 411, Meteor 350, Classic 350, Hunter 350, Interceptor 650, Continental GT 650 e Super Meteor 650.

Vale lembrar, inclusive, que as entregas da Super Meteot 650 - modelo mais recente da marca por aqui - atrasaram por conta de problemas logísticos.

Quanto à escolha dos modelos para cada linha de montagem, naturalmente podem ocorrer mudanças. Embora a Royal Enfield não fale sobre isso, seria natural concentrar os modelos que usam motor de 650 cm³ em uma linha e todos os outros em outra. Saberemos mais adiante.

A naked Guerrilla 450 tem moto completamente novo e também será produzida e vendia no Brasil
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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"O novo CKD reforça nossa atuação e nosso compromisso de trazer todos os modelos que façam sentido para nosso mercado e, também, uma entrega com mais agilidade para nossos clientes", explica Gabriel Patini, diretor executivo Latam da Royal Enfield.

"Por isso, as parcerias dos CKDs com a Dafra e Grupo Multi lado a lado são fundamentais para que a Royal Enfield proporcione esse passo adiante nessa entrega. Queremos nossa capacidade instalada em atividade plena o mais breve possível”, finaliza.

Com a inauguração da nova linha de montagem, as operações da Royal Enfield serão compostas por dois CKDs em Manaus (AM), um armazém de peças em Louveira (SP) e o escritório em São Paulo (SP).

A Classic 350 também é produzida em Manaus (AM) e compartilha componentes com Meteor e Hunter
Crédito: Roberto Dutra
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"A união com a Royal Enfield marca um capítulo empolgante para o Grupo Multi, fortalecendo nossa posição no mercado automotivo e expandindo nossa atuação por meio de um parceiro estratégico de grande relevância. Com essa aliança, esperamos contribuir para fortalecer, ainda mais, a posição da Royal Enfield como líder em média cilindrada no país", afirma Caio Dias, Diretor Executivo do Grupo Multi.

Para quem não conhece o Grupo Multi, vale dizer que é uma empresa com 36 anos no mercado, predominantemente atuando no setor de eletrônicos e de suprimentos de informática nacional. Antigamente chamada de Multilaser (lembrou?), a empresa possui um complexo industrial na cidade de Extrema (MG), uma fábrica em Manaus (AM) e um laboratório de engenharia na China.

O Grupo Multi tem, em seu portfólio, mais de 5.500 produtos, de computadores a smartphones, passando por churrasqueiras elétricas, skates, brinquedos, drones e produtos para saúde, beleza e gourmet. Tudo vendido por dez marcas através de mais de 40 mil pontos de venda em todo o país.

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