Honda Pop 110i faz 61 km/l

Honda Pop 110i agora tem freios combinados e continua super econômica

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Redação WM1
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Imagine um veículo que roda 61 quilômetros com apenas um litro de gasolina. Em São Paulo, isso significa rodar toda essa distância com apenas R$ 3,0, enquanto a passagem de ônibus está em vias de chegar a R$ 4,80. Dá pra pensar em desistir completamente do ônibus. E isso já está acontecendo.

Pop110i 2019
Honda Pop 110i
Crédito: Divulgação
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Ser a moto mais econômica do mercado não é o que fez a Honda Pop chegar a um milhão de unidades emplacadas de 2007 a 2019. Na realidade esse modelo veio para competir com os produtos chineses que estavam entrando no Brasil por meio de importadores diretos. E conseguiu sufocar esses “gringos”, porque foi toda pensada no mercado do Nordeste, responsável por quase 70% das vendas. Muito mais que a economia de gasolina, o que fez da Pop um fenômeno de vendas é o preço acessível: R$ 5.790, com a garantia de três anos e sete trocas de óleo gratuitas.

 Pop110i 2019 12
Pop110i 2019 12
Legenda: Pop110i 2019 12
Crédito: Divulgação
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Para 2019, a Pop ganhou uma roupa nova, banco texturizado e, mais importante, o freio combinado. É preciso conhecer um pouco do mercado brasileiro para entender o motivo de a Honda ainda manter freios a tambor. Existe uma lenda que se propagou que nem fogo em capim seco, segundo a qual moto com freio dianteiro a disco é perigosa porque “encapota”. Essa crença é tão forte que a Honda teve sérios problemas quando lançou a primeira CG 125 com freio a disco. Teve de voltar com o modelo com freio a tambor, rebatizado de Fan, porque, entre outras coisas, alguns usuários estavam retirando a manete do freio dianteiro com medo de “encapotar”.

Pop110i 2019 Chap
Honda Pop 110i
Crédito: Divulgação
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Mas a Pop começou a ganhar adeptos também no Sudeste, que já participa com 5% das vendas e apresenta uma tendência de crescimento gradual. Talvez isso faça a fábrica repensar esse conceito. Mas como é este freio combinado na prática?

O freio combinado a tambor da  é uma tecnologia “jabuticaba” porque só tem no Brasil! Normalmente os freios combinados são a disco porque o sistema hidráulico facilita bastante. No caso de freios a tambor, o acionamento é por cabo e a eficiência do sistema depende basicamente de o usuário manter as regulagens. Mas tivemos a chance de testar na pista adequada e pudemos comprovar que efetivamente melhora a frenagem. Mesmo acionando apenas o freio traseiro o espaço de frenagem diminui cerca de 20% em relação ao freio simples. Pode ser a diferença entre parar ou bater.

 Honda Pop 110i
Pop110i 2019 Det 3
Legenda: Honda Pop 110i
Crédito: Divulgação
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Funciona assim: quando o motociclista aciona apenas a manete do freio dianteiro a frenagem é 100% na roda dianteira. Se o motociclista acionar somente o pedal do freio traseiro, parte (cerca de 30%) do freio dianteiro entra em ação. Tudo isso para resolver parte de outra lenda urbana que atinge especialmente a região Nordeste, segundo a qual só se deve usar o freio traseiro para a moto não “encapotar”.

Só para esclarecer: a frenagem de moto (e bicicleta) deve ser com os dois freios ao mesmo tempo! Mas isso é um assunto para uma reportagem específica!

COMO É?

Difícil falar em prazer ao pilotar uma Pop, mas temos de admitir que é uma moto confortável e com suspensões bem “macias”. O banco é tão largo que chega ser comum ver Pop com mais de duas pessoas – o que é ilegal! Não há qualquer luxo e não conta com porta-objetos.

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Honda Pop 110i
Crédito: Divulgação
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Um grande diferencial para quem a pilota pela primeira vez é o câmbio de quatro marchas com posição clássica das motos dos anos 1960, com todas as marchas para baixo. A alavanca tem acionamento tanto pela ponta do pé quanto pelo calcanhar. Lembra muito as motos de antigamente.

Com pneus finos e rodas raiadas, ela é feita para enfrentar qualquer tipo de terreno, até lama, por isso os para-lamas são afastados dos pneus. Mesmo passando pela pista de “tortura” no campo de provas da Honda, ficou claro que é um “tratorzinho” de 7,9 CV.

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Honda Pop 110i
Crédito: Divulgação
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Talvez o maior apelo de marketing da Pop seja realmente a economia em todos os sentidos. Isso atrai especialmente os novos usuários que ainda estão engatinhando no mundo das motos. Por isso mesmo ela é muito leve (87 kg) e baixa (749 mm do banco ao solo). Além disso não tem o tanque de gasolina na frente (fica embaixo do banco), deixando um vão livre para que pessoas de baixa estatura consigam alcançar os pés no chão.

O grande desafio é atrair o público fora da região Norte/Nordeste. Nas grandes cidades, para uso urbano, é uma opção válida, sobretudo pela economia (chega a 49 km/litro no uso misto cidade-estrada), porém a baixa velocidade máxima (91 km/h) prejudica o uso em estradas com limite de velocidade alto. Até 80 km/h pode-se rodar com algum conforto, mas acima disso as vibrações aparecem em toda a moto. Como nas cidades os limites de velocidade tendem a reduzir gradativamente, a Pop pode ser uma solução até para evitar multas!

Honda Pop 110i
Crédito: Divulgação
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Se no Nordeste a Pop foi uma das responsáveis pela aposentadoria de muitos jegues, nas regiões Sul/Sudeste ela pode vir para substituir os automóveis nos grandes centros urbanos.

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