Scooter mais barato da Honda muda totalmente

Tudo novo no Elite 125: design, chassi, medidas e preço. Veja os detalhes do modelo, que já somou mais de 110 mil vendas

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Roberto Dutra
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Pode parecer que o Honda Elite 125 não atrai tanto a atenção do público quanto o irmão maior PCX 160. Mas só parece: o modelo é um sucesso desde que foi lançado, em 2019, e já vendeu mais de 110 mil unidades no mercado brasileiro.

Aliás, os números de venda do modelo cresceram progressivamente desde seu primeiro "ano cheio" nas lojas - exceto claro, no fatídico ano de 2020, com a pandemia: foram 17,7 mil em 2019, 13,6 em 2020, 21,7 mil em 2021, 23,3 mil em 2022 e 29,5 mil em 2023. Para este ano, podemos esperar algo na casa das 35 mil unidades.

E não só porque o mercado de duas rodas está tremendamente aquecido, mas também porque o Elite 125 mudou totalmente - e brasileiro adora uma novidade!

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O Honda Elite 125 chega à linha 2025 completamente mudado - do chassi ao motor
Crédito: Divulgação
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O que mudou no Honda Elite 125?

Mudou tudo, do design ao chassi, passando por medidas, motor, painel e banco. O visual ficou bem diferente: saiu o conjunto ótico com dois faróis afilados e veio um farolzão central de LED ladeado por duas luzes de posição, também de LED.

Piscas e lanterna continuam com lâmpadas halógenas. Lá atrás, por sinal, saiu o visual triangular e entrou um conjunto um tanto exótico, porém certamente mais visível. Ainda na parte traseira outra novidade curiosa: o bocal do tanque, que era sob o banco, agora é lá na rabeta, embaixo de uma portinhola.

O visual do modelo ficou bem diferente, agora "jeito asiático" mais forte
Crédito: Divulgação
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Estranho à primeira vista, é levemente inclinado para facilitar o encaixe do bico da bomba. A capacidade do tanque é de 5,3 litros, com 1,3 litro de reserva. Já o espaço sob o banco  acomoda 15,2 litros, o que equivale a um capacete aberto e mais alguma coisinha.

Essa nova posição do bocal do tanque poderá atrapalhar a instalação de baús traseiros genéricos. A Honda, porém, diz que logo terá à venda, em suas concessionárias, baús e suas respectivas bases com design adaptado ao novo bocal.

Agora o bocal do tanque é instalado lá na rabeta do scooter. Fica levemente inclinado para trás
Crédito: Divulgação
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E como também falamos em banco, mais novidades ali: a peça tem novo desenho, capa com textura para dar mais aderência e, à frente, uma segunda alça para sacolinhas de até 1,5 quilo - a outra fica no escudo, como de hábito. Quer mais? O guidão agora fica mais distante das pernas do condutor, permitindo uma posição de pilotagem mais ereta.

O garupa, por sua vez, agora senta em um banco mais alto e largo, tem alças de apoio separadas e pedaleiras retráteis. Antes, havia uma única alça traseira envolvente e nenhuma pedaleira: o garupa apoiava os pés em plataformas na própria carroceria do scooter.

O garupa agora tem pedaleiras retráteis de alumínio para apoiar os pés
Crédito: Divulgação
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Era um painel, agora são dois

O painel de instrumentos, que era digital mas com um único mostrador redondo, agora é composto por dois mostradores, ambos ainda de LCD. Um, principal, fica mais acima, com velocímetro e conta-giros em barra. O outro, mais abaixo, exibe informações do computador de bordo e nível de combustível, entre outras.

Antes juntos em um painel redondo, os instrumentos agora são divididos em dois painéis retangulares
Crédito: Divulgação
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Mudanças na motorização

O motor do Elite permanece na faixa dos 125 cm³, mas é outro. É a mesma estratégia aplicada na motoneta Pop 110i, que manteve a capacidade cúbica com outro motor - e o mesmo deverá acontecer com a Biz 110, que deverá receber esse novo motor da Pop 110i.

No scooter Elite 125, o motor agora tem 123,9 cm³ e entrega potência de 8,2 cv a 6.250 rpm com torque de 1,06 kgf.m a 5.000 rpm. Tem duas válvulas, balancins roletados e taxa de compressão de 10:1. Antes eram 124,9 cm³, 9,3 cv a 7.500 rpm e 1,05 kgf.m a 6.000 rpm, com 9:8 de taxa de compressão.

O Elite 125 2025 tem menos potência, mas não houve perda de desempenho
Crédito: Divulgação
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Houve perda de potência, mas note que agora ela chega mais cedo. Ao mesmo tempo, o pico do torque vem um pouco mais tarde. Além disso, o motor é mais taxado e tem a tecnologia Enhanced Smart Power (Esp) - potência inteligente aperfeiçoada, em tradução livre.

Na prática, em em resumo, é a aplicação de materiais leves e de baixo atrito para reduzir tamanho, peso e inércia das peças internas móveis e, assim, obter o melhor aproveitamento da força gerada pelo motor. Ao mesmo tempo, há redução de ruídos e emissões.

O espaço sob o banco aumentou e agora acomoda 15,3 litros
Crédito: Divulgação
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O resultado disso tudo é que não há perda de desempenho perceptível, mesmo com um motor menor e/ou menos potente. A Honda diz que, nos testes independentes feitos pelo Instituto Mauá, o Elite 125 atingiu 89 km/h de velocidade máxima, com zero a 60 km/h em 9,8 segundos e retomada de 40 km/h para 60 km/h em 5,9 segundos.

Além disso, anotou 49,9 km/l de consumo médio. Desta forma, tem uma autonomia teórica de 250 quilômetros. Para completar, houve redução significativa nas emissões de gás carbônico, hidrocarbonetos e outros poluentes.

O Elite 125 ganhou novos pneus Pirelli Angel Scooter e escape com saída dupla e protetor cromado
Crédito: Divulgação
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Para isso, o Elite 125 tem catalisador e filtro de carvão ativado, que inclusive devolve para a câmara de combustão as emissões evaporativas do tanque - aliás, o escape, agora com duas "pontas" e protetor cromado, também é novo. A redução nas emissões também é obtida pelo Idling Stop, sistema popularmente conhecido como start/stop - que desliga o motor nas paradas em sinais e religa ao simples toque no acelerador.

O que leva a outra novidade tecnológica do Elite 125 nesta linha 2025: o scooter não tem mais motor de arranque como conhecemos, mas um acumulador/gerador de energia junto ao virabrequim. Assim, nas partidas, é esse novo componentes que dá o giro inicial no motor.

O lampejador do farol agora é no mesmo botão que aciona os faróis alto e baixo
Crédito: Divulgação
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A adoção dessa tecnologia permitiu reduzir o peso do scooter em quatro quilos - agora pesa 100 quilos seco. A redução também veio com a aplicação de um novo chassi, mais leve e com formato diferente, que também implicou na mudança de varias medidas: o Elite 125 ficou 0,9 cm mais comprido (1,83 m) e 1,8 cm mais largo (70,7 cm), e também ganhou 4 cm no vão livre (17,3 cm ) enquanto o banco ficou 0,7 cm mais baixo (76,5).

O freio dianteiro manteve os 190 mm de diâmetro, mas passou a ser no formato wave
Crédito: Divulgação
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Suspensão traseira e freios

O novo chassi também permitiu a instalação do monoamortecedor traseiro em posição mais vertical (7 cm de curso), e a peça agora tem três ajustes de pré-carga. Outras novidades no modelo são os pneus Pirelli Angel Scooter nas medidas 90/90 R12 na frente e 90/100 R12 atrás no lugar dos Levorin antes usados, o lampejador do farol agora acionado no mesmo botão do farol alto, e o disco de freio dianteiro em formato wave (mesma medida de antes, 190 mm).

O freio traseiro, por sua vez, é o mesmo de antes - a tambor. e ainda não desta vez que o Elite 125 ganhou ABS: continua apenas com sistema combinado CBS.

O amortecedor traseiro agora fica em posição mais vertical e tem três ajustes na pré-carga
Crédito: Divulgação
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Quanto custa o novo Honda Elite 125?

O preço do Elite 125 subiu de R$ 12.580 para R$ 12.966 (mais frete). Uma diferença de R$ 416, que é significativa nesse segmento mesmo que a compra seja feita por consórcio - modalidade que dilui o acréscimo em muitas parcelas.

Por enquanto, o concorrente Yamaha Neo 125 ainda é mais barato - custa R$ 12.790 (mais frete). O Yamaha Fluo 125, por sua vez, tem ABS na roda dianteira, mais potência e mais espaço sob o banco, porém é bem mais caro - R$ 15.290.

Vimos apenas uma apresentação técnica e estática do Honda Elite 125 2025. O ride será em junho
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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As cores disponíveis para este ano são a vermelha de sempre, a prata, a branca e a azul - esta a novidade de fato. As revisões do modelo agora são feitas a cada 6 mil quilômetros ou seis meses, contra 4 mil quilômetros ou seis meses de antes (a primeira é com mil quilômetros). A partir da segunda revisão, e por sete revisões, o óleo é grátis.

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