A Suzuki lançou nesta quarta-feira (06/10) a nova V-Strom 1050 XT no Brasil. A moto chega com design bem modificado e diversas melhorias mecânicas. O motor V2 também foi aprimorado, mas na prática é o mesmo de antes. Por isso, não consideramos essa V-Strom 2022 uma nova geração.
A moto foi lançada na Europa no ano passado. E a chegada da Suzuki V-Strom 1050 XT ao Brasil estava prevista inicialmente para agosto, conforme publicamos aqui, mas atrasou devido à pandemia de covid-19, que fechou fábricas e paralisou operações de diversas marcas em todo o mundo.
O modelo sofreu muitas mudanças - diz a Suzuki que cerca de 450 componentes são absolutamente novos.
O design, por exemplo, abandonou a exótica aparência de antes, com aspecto "bicudo" e farol em formato de losango - para buscar inspiração no passado: agora, a V-Strom tem linhas mais retas, frente mais quadrada e farol retangular (mas quase quadrado), que remetem às antigas DR 650 e DR 800 dos anos 90 - mas assumidamente inspirado principalmente na DR 750 de 1988 - que nunca foi vendida no Brasil. O farol tem lâmpada halógena tradicional, mas a lanterna e os piscas são com LEDs.
O motor é o mesmo V2 de antes, porém adequado à legislação de emissões Euro 5. Com 1.037 cm³, agora rende 107 cv de potência a 8.500 rpm e 10,5 kgf.m de torque a 6.000 rpm. Antes, com a mesma capacidade cúbica mas sem as alterações, rendia 101 cv em rotação um pouco mais baixa, a 8.000 rpm, e os mesmos 10,5 kgf.m, mas a 4.000 rpm. O câmbio tem seis marchas, a embreagem é assistida e a transmissão secundária é por corrente. Na Europa, a Suzuki informa que a V-Strom 1050 XT faz um consumo médio de 20 km/l.
Outras especificações importantes da moto são a suspensão dianteira Kayaba ajustável e a traseira monochoque com ajuste na pré-carga, as rodas raiadas DID de alumínio e os pneus Bridgestone Battlax Adventure A41 110/80 R19 na frente e 150/70 R17 atrás. Com 2,26 m e comprimento, 1,55 m de entre-eixos e vão livre de 16 cm, a V-Strom pesa 247 quilos. O banco está a 85 cm do solo. A moto ainda tem uma tomada USB dentro da carenagem e outra, tipo soquete 12V, sob o banco do garupa, além de para-brisa com altura regulável manualmente.
A eletrônica embarcada também ficou mais completa. A V-Strom passa a ter três modos de pilotagem, acelerador eletrônico, controle de tração com três ajustes (cidade, estrada e piso molhado), ABS com duas regulagens (intervenção mínima ou plena), auxilio a partida em rampas e controle automático de velocidade de cruzeiro - o popular "piloto automático". Os parâmetros são ajustados pelo novíssimo painel de instrumentos com tela de LCD colorida, bem mais bonito, completo e moderno que o anterior.
A linha 2022 da V-Strom vendida no Brasil será mais enxuta do que lá fora. Na Europa existem as versões standard, XT e Tour Edition, esta mais completinha - tem, por exemplo, baús laterais e traseiro. Aqui, só a XT será vendida. As cores disponíveis serão preta, amarela e laranja. A V-Strom 1050 XT chega às lojas na segunda quinzena desse mês com preço sugerido de R$ 84.900.
É um valor relativamente competitivo diante das fortes concorrentes: é mais cara que a Kawasaki Versys 1000, de R$ 68.490, e que a Honda CRF 1000L Africa Twin, de R$ 76.804, porém mais barata que a BMW R 1250 GS, de R$ 103.500; e que a Ducati Multistrada 1200, de R$ 120.000. E a nova geração da Triumph Tiger 1200 que vem por aí certamente terá preço na casa dos R$ 100 mil.
Confira abaixo imagens da nova V-Strom 1050 XT em ação: