A nova geração da Suzuki GSX-S 1000 foi lançada oficialmente no Brasil. Agora, a moto tem componentes muito mais tecnológicos do que antes. Vale lembrar que a primeira GSX-S 1000 foi lançada em 2015. As vendas desta nova geração começam na primeira semana de abril, com preço sugerido de R$ 79.600.
O design foi totalmente renovado e - finalmente - foge do lugar comum. Com jeito futurista, quase robótico, tem linhas mais retas do que antes e o destaque é o novo conjunto ótico em três "andares", com o farol principal no meio e uma lanterninha em cima. Aliás, toda a iluminação é com LEDs.
A GSX agora tem mais eletrônica. Passa a ter embreagem deslizante e assistida, acelerador eletrônico, controle de tração com cinco ajustes, três modos de pilotagem, quickshifter bidirecional (dispositivo que permite a troca das marchas sem uso de embreagem nem alívio do acelerador), assistência em baixa rotações e sistema de partida "fácil" - não é preciso ficar apertando o botão do start: basta um toque que o arranque gira até o motor pegar.
A moto também ganhou subquadro traseiro mais fino, guidom redesenhado e novo painel todo em LCD - bem superior ao anterior, que também tinha tela de LCD, mas com luzes-espia do lado de fora. Porém, continua atrasado em relação aos painéis de TFT já bem comuns atualmente.
Achou pouco? O coração da Suzuki GSX-S 1000 2023 é o mesmo de antes, o motor de quatro cilindros em linha de 999 cm³. Mas sofreu alterações internas e externas (principalmente no sistema de exaustão), e seus números mudaram um pouco: a potência subiu de 150 cv a 10.000 rpm para 152 cv a 11.000 rpm e o torque caiu de 11 kgf.m a 9.500 rpm para 10,8 kgf.m a 9.250 rpm - nesse caso algo desprezível, já que agora o pico também chega um pouco antes.
Mais do que melhorar desempenho, as alterações tiveram como objetivo a adequação às normas de emissões Euro 5. Mas a moto continua nervosa: com as novas especificações, a Suzuki diz que a moto vai de zero a 100km/h em 6,6 segundos. O consumo médio prometido é de 19,7 km/l, o que dá à GSX uma autonomia superior a 310 quilômetros. O câmbio tem seis marchas e secundária por corrente.
A suspensão dianteira é totalmente ajustável e tem garfos invertidos e 12 cm de curso. Já a traseira é monochoque com link, ajuste na pré-carga, balança de alumínio e 13 cm de curso. Ambas são da Kayaba. As rodas são de liga leve com aros de 17 polegadas, e calçam pneus Dunlop Roadsport 2 nas medidas 120/90 na frente e 190/50 atrás.
Os freios continuam sendo Brembo e têm disco duplo na frente e simples atrás, com ABS. O tanque de combustível tem capacidade para 19 litros, dois litros a mais do que antes. Com 2,11 m de comprimento, 1,46 m de entre-eixos, 81 cm de largura e 1,08 m de altura, a nova GSX-S 1000 pesa 214 kg em ordem de marcha.