A Suzuki V-Strom 1050 2023, já confirmada para o Brasil, acabou de ser apresentada com atualizações. O modelo chegará aos mercados internacionais, como América do Norte e Europa, no início de 2023, e por aqui as vendas devem começar no segundo semestre do ano que vem. Os preços, claro, ainda não foram revelados.
A moto perdeu a versão XT (que ainda é vendida no Brasil) e ganhou a variante V-Strom 1050 DE, mais preparada para enfrentar o off-road. Equipada com novas rodas raiadas de 21 polegadas na dianteira e de 17 polegadas na traseira - calçadas com pneus Dunlop Trailmax Mixtour - essa versão pretende ser a mais radical das V-Strom 1050 e, de fato, é mais apta ao off-road.
Lá fora a moto tem ainda a versão padrão V-Strom 1050, que é equipada com rodas de liga leve - 19 polegadas na frente e 17 atrás, com pneus Bridgestone A41s. Esta é mais voltada para uso misto. A XT, que foi descontinuada mas continuará sendo vendida por aqui por mais um tempo, tem rodas raiadas, mas com aros 19 e 17. Ou seja, fica no meio do caminho. Hoje, custa R$ 85.900.
O motor não mudou e é o mesmo nas duas versões: o nem tão novo V2 de 1.037 cm³ com refrigeração líquida, 105,5 cv de potência, 10,2 kgf.m de torque. O design, que foi reformulado há pouco tempo, também não muda, com o farol quase quadrado e o "bico" frontal inspirado no da Suzuki DR 800 do final dos anos 1980.
No entanto, as duas versões ganharam várias novidades: quickshifter para cima e para baixo - dispositivo que permite trocas de marchas sem uso de embreagem e sem aliviar o acelerador. Na transmissão, a primeira e a sexta marchas ficaram mais longas e a versão DE recebe uma corrente mais forte.
Outra novidades está nas suspensões da versão DE, com garfos invertidos KYB, curso mais longo (17 cm) e totalmente ajustável. Na traseira, o monochoque tem curso de 16,8 cm. Outro boa especificação da moto para a prática do off-road é a distância mínima do solo, de 19 cm - 2,5 cm a mais que a V-Strom standard e 3 cm a mais que a XT que temos aqui no Brasil.
Mas o banco passa a estar a 88 cm do solo - a versão padrão é um pouco mais baixa, com 85,5 cm - o que dificultará a vida de pilotos de baixa estatura.
Mas isso não é tudo: a distância entre-eixos aumentou em 4 cm em relação ao modelo básico. Isso se deve a um novo braço oscilante de alumínio, que mantém o mesmo nível de rigidez vertical e lateral, mas com 10% a mais de rigidez torcional.
A moto também ganhou pedais mais adequados ao uso off-road, guidão 4 cm mais largo - para proporcionar uma melhor postura de pilotagem no fora-de-estrada, descanso central e protetores de mão.
E até o chassi recebeu melhorias. Com isso, o peso da moto caiu um pouco: enquanto a XT vendida no Brasil pesa 247 quilos, a standard 2023 tem 242 quilos. Mas a nova versão DE pesa um pouco mais: 252 quilos
À frente do piloto, mais uma novidade - essa muito esperada: sai o antigo painel com tela de LCD, que era até bonito mas estava meio defasado, e finalmente chega uma tela de TFT de 5 polegadas. Esse novo painel é bem parecido com o usado pela sport-touring GSX-S1000GT da marca. Quer mais? a moto também ganhou tomadinhas USB e 12V para carregar dispositivos.
As duas versões também passam a ter unidade de medição inercial (IMU) de seis eixos. Com essa nova central, o freio ABS passa a ser mais sensível e a atuar também em curvas, observando dois estágios de inclinação. Além disso, o ABS da roda traseira pode ser desligado no off-road. A moto ainda ganhou mais eletrônica: controle de frenagem em subidas, controles de velocidade e de tração - este, em três estágios - e três modos de entrega de potência.
Na versão DE, há um quarto modo de condução, o "G" (do inglês "gravel", cascalho), para uso específico no off-road. Esse modo deixa o controle de tração mais permissivo, permitindo mais escorregamento da roda traseira.