Triumph lança a Tiger 1200 2022. É uma revolução!
Muito mais leve e potente, a nova geração da big trail tem tecnologias que incluem até radar e surge em cinco versões
A Triumph acaba de lançar, na Inglaterra, a novíssima geração da Tiger 1200. Há meses a marca tem soltado informações a conta-gotas e criado muita expectativa mas, agora, é o lançamento oficial. E a moto realmente é uma evolução nas fileiras da marca inglesa, exatamente como prometido: surge mais potente, muito mais leve e cheia de tecnologias.
Segundo a Triumph, a nova Tiger foi desenvolvida para ser "a mais ágil, capaz e maneável" de seu segmento - e nunca é demais lembrar que ali jogam modelos de altíssimo nível como Honda CRF 1.100L, Africa Twin, Ducati Multistrada 1.260 e BMW R 1.250 GS, esta a big trail mais vendida do mundo.
A moto chega em nada menos que cinco versões: GT, GT Pro, GT Explorer, Rally Pro e Rally Explorer. De cara temos uma diferença das Explorer para as demais: o tanque com capacidade para 30 litros, enquanto que nas outras são 20 litros - é a primeira vez que a moto tem tanques de dois tamanhos diferentes.
As versões GT são mais voltadas para andar no asfalto. Por isso, têm rodas de liga leve com aros de 19 polegadas na frente e 18 polegadas atrás. Já as Rally são todo-terreno, e têm rodas raiadas com pneus de uso misto sem câmara com aros de 21 polegadas na frente e 18 polegadas atrás.
Tiger 1200 perdeu 25 quilos
Outra característica marcante das novas Tiger é o peso: são 25 quilos a menos que na geração anterior. É muita coisa! Essa redução foi obtida com o uso de um novo chassi (5,4 quilos a menos) e com trave traseira, balança e tanques de combustível feitos em alumínio. Além disso, o motor, que é todo novo, foi desenvolvido para ser o mais compacto e leve possível.
Por falar nele, é um novíssimo tricilíndrico de 1.160 cm³ que rende 150 cv de potência a 9.000 rpm e torque de 13,2 kgf.m a 7.000 rpm. Chamado de Triple Plane pela marca, tem como principal característica a combustão dos cilindros na ordem 1-2-3. Tem 9 cv e 0,8 kgf.m a mais que na geração anterior, e 14 cv a mais que a principal concorrente, a BMW R 1.250 GS (136 cv 7.750 rpm). No entanto, a alemã tem mais torque: 14,5 kgf.m a 6.250 rpm.
A transmissão tem seis marchas e a secundária é por eixo cardã. Melhor que isso só se a balança fosse monobraço - o que não é o caso. Mas a moto ainda tem freios fornecidos pela grife italiana Brembo (modelos Stylema), e suspensões dianteiras vindas da Showa japonesa, semi-ativas e com ajustes eletrônicos.
Nas versões GT o curso das suspensões é de 20 cm tanto nos garfos dianteiros quanto no monochoque traseiro. Nas Rally, são 22 cm nas duas suspensões. Os pneus Metzeler Tourance nas GT e Metzeler Karoo Street nas Rally. Embora não venha de fábrica, o Michelin Anakee Wild também foi homologado.
Recursos como quickshifter, cruise control e hill hold são itens de série em todas, menos na versão de entrada GT. O primeiro permite a troca das marchas sem uso da embreagem nem alívio do acelerador, o segundo possibilita uma velocidade pré-selecionada sem uso do acelerador e o último impede o escorregamento da moto para trás nos aclives ao acionar o freio traseiro
A parte eletrônica, aliás, é bem completa e tem tudo aquilo que se pode esperar de uma moto desse nível. Com Unidade de Medição Inercial (IMU) de seis eixos, o ABS e o controle de tração atuam também nas curvas.
E há um novo dispositivo, chamado de Blind Spot Radar. Desenvolvido com a Continental, traz duas seguranças: usa um radar traseiro que permite ao piloto saber quando um carro que vem atrás está em seu ponto cego e o Lane Change Assist, que emite um alerta se o piloto indica que vai mudar de faixa e um veículo está em aproximação.
Até seis modos de pilotagem
De acordo com a versão, há seis modos de pilotagem - que ajustam respostas à abertura do acelerador, ABS, controle de tração e ajustes das suspensões. Nas versões Rally Pro e Rally Explorer, os modos disponíveis são road, rain, sport, rider-configurable, off-road e off-Road Pro. Nas versões GT Pro and GT Explorer, são road, rain, sport, rider-configurable e off-Road. E na GT, apenas rain, road e sport.
O modo off-road pro, exclusivo das versões Rally Pro e Rally Explorer, é o mais radical para o off-road, com ABS e controle de tração desligados e um mapa de respostas bem fora de estrada. É coisa para quem tem braço! Já o modo rain (chuva) tem intervenções máximas dos controles eletrônicos e limita a potência a 100 cv.
Tudo é selecionado e ajustado por botões no punho esquerdo e visto no novo painel, uma tela de TFT de 7 polegadas com conexão Bluetooth pelo sistema de conectividade My Triumph. Ele permite controlar chamadas telefônicas, navegação por GPS e até controlar sua câmera GoPro. Ali também se acompanha o novo monitoramento de pressão dos pneus, que está em todas as versões assim como os punhos e os banco aquecidos, a chave presencial e a iluminação full-LED com luzes de rodagem diurnas (DRLs). Mas as luzes adaptativas em curvas são exclusivas das versões Rally.
Na parte ergonômica, a moto ganhou banco mais fino na junção com o tanque e um mecanismo que permite dois ajustes com 2 cm de diferença - parece pouca coisa, mas para pilotos de baixa estatura faz muita diferença. As versões GT, GT Pro e GT Explorer têm bancos a 85 cm ou 87 cm do solo, enquanto nas versões Rally Pro e Rally Explorer as distâncias são 87,5cm e 89,5cm. Haja perna longa! Além disso, o novo guidom é 2 cm mais largo e, nas versões GT Explorer e Rally Explorer, 1,6 cm mais alto. Por fim, o para-brisa ganhou novo sistema de ajuste de altura - agora o mecanismo é mais simples e pode ser acionado com uma das mãos.
Protetores de mãos são item de série em todas as versões. Já o protetor de cárter em alumínio vem nas versões GT Pro e GT Explorer, enquanto as versões Rally Pro e Rally Explorer também têm protetor da parte frontal do escape. A GT Explorer e as duas Rally têm barras de proteção do motor, e a Rally Explorer ainda incorpora barras de proteção do tanque de combustível. Todos esses itens poderão ser adicionados como acessórios aos modelos em que não são padrão.
Na Inglaterra, as opções de cores são branca, preta ou cinza para as versões Rally Pro e Rally Explorer; e branca, preta ou azul para as versões GT Pro e GT Explorer. A básica GT só será vendida na cor branca. Com garantia de três anos sem limite de quilometragem e intervalos de manutenção a cada 16 mil quilômetros, os preços por lá são os seguintes (em libras e, ao lado, valor em reais em conversão direta sem taxas):
Tiger 1200 GT - 14.600 (R$ 109.000)
Tiger 1200 GT Pro - 16.700 (R$ 124.600)
Tiger 1200 GT Explorer - 18.100 (R$ 135.140)
Tiger 1200 Rally Pro - 17.700 (R$ 132.150)
Tiger 1200 Rally Explorer - 19.100 (R$ 142.600)
As novas Tiger 1200 chegarão às lojas da marca na Europa em meados de março do ano que vem. Aqui no Brasil, normalmente seria somente depois disso. Mas a Triumph disse recentemente que a moto chegaria logo no início do ano, conforme publicamos aqui - a conferir. Os preços para o mercado nacional, claro, ainda não foram divulgados.