A Triumph revelou, pela primeira vez, detalhes do projeto da moto elétrica que desenvolve em parceria com três renomadas empresas da Inglaterra: a divisão de engenharia avançada da Williams (aquela mesma, da Fórmula Um), a divisão de mobilidade elétrica da Integral Powertrain e a WMG da Universidade de Warwick. O modelo é conhecido como TE-1 Prototype, ou Protótipo TE-1.
O projeto prevê o desenvolvimento da moto elétrica em quatro fases, e é financiado
pelo órgão para veículos de emissão zero e inovações britânico. O trabalho do órgão é facilitar o desenvolvimento de motos elétricas, as parcerias com fabricantes da indústria e com as cadeias de abastecimento do Reino Unido - e até a criação de empregos.
Atualmente o projeto acabou de terminar a fase 2. E, para termos ideia de como é complexo, essa etapa começou em maio de 2019. E, segundo os investidores, as metas foram batidas com sobras.
Visualmente, a moto tem clara inspiração na linha 2021 da naked Speed Triple 1.200 RS. Farol, suspensões e balança monobraço, são idênticas. Mas não se trata apenas de uma Speed Triple com bateria e motor elétrico. É uma moto desenvolvida do zero.
A divisão de engenharia avançada da Williams, por exemplo, criou uma central eletrônica completamente nova, que é integrada ao pack de baterias. Além disso, a moto tem um novo software para gerenciar as baterias e um "layout" de módulo de bateria otimizado.
Segundo a engenharia de Williams, testes concluíram que o desempenho do modelo supera tudo o que já foi feito em motos elétricas, em termos de força e densidade de energia.
Quem usará essa energia será o sistema de transmissão elétrico desenvolvido pela divisão de mobilidade elétrica da Integral Powertrain. Durante a fase 1 do projeto, a empresa trabalhou na integração do motor elétrico e do inversor em um único conjunto - normalmente são separados.
Agora, no término da fase 2, os testes com um protótipo completamente funcional revelaram um trem de força com apenas 10 quilos de peso que é capaz de render o equivalente 174 cv de potência.
Entre os trabalhos da Williams na Universidade de Warwick, estava o desenvolvimento de modelos funcionais para simular todos os sistemas da moto elétrica. E além de validar os resultados dos testes e as especificações da moto em relação aos componentes selecionados, a divisão da equipe inglesa também forneceu orientação à Triumph sobre legislação, infraestrutura de carregamento e estratégias de reciclagem.
No fim das contas, esse projeto dará à luz uma moto elétrica que será vendida com a marca Triumph. Por isso, a marca de motos desenvolveu para o modelo um software de controle de condução completamente novo. Além disso, integrou estratégias de segurança funcional de ponta ao software e também desenvolveu um painel de instrumentos inédito.
Por fim, a Triumph também é a responsável pelo chassi da moto elétrica, que ainda passará por aprimoramentos na fase 3 e usado como "mula" na fase 4.