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Triumph Thruxton sai de cena com edição especial

Lançada inicialmente em 1964, a clássica cafe racer da marca britânica ganha a série numerada Thruxton Final Edition

por Roberto Dutra

A Triumph Thruxton foi lançada em 1964 e permaneceu em linha até os dias de hoje. Ao longo do tempo, claro, foi aprimorada - e teve inclusive o design modificado. Mas jamais perdeu o visual básico tradicional, de legítima cafe racer com jeitão retrô atemporal.
Agora, porém, a Triumph avisa que a moto vai sair de linha. Se algo virá em seu lugar, só o tempo dirá. Mas, enquanto isso, quem ainda tem vontade de ter essa lindíssima máquina poderá comprar, lá na Inglaterra, a Thruxton Final Edition.

É, como diz o nome, uma série especial, batizada de "edição final", que será produzida junto com as últimas unidades na linha de montagem de Hinckley, no Reino Unido. E já como linha 2024.
A Final Edition será baseada na Thruxton RS, uma das versões atualmente em linha. Chamada de "altamente colecionável" pela Triumph, tem pintura especial na tradicionalíssima cor Competition Green (verde) com uma linha dourada no tanque pintada à mão e assinada pelo autor.

Outras exclusividades visuais da Final Editon são as tampas laterais e os para-lamas pintados na cor preta, o mesmo padrão verde/dourado na capinha do banco do garupa - que transforma a moto em monoposto - e logotipos dourados especiais no tanque.
Cada unidade - a Triumph não divulgou quantas serão - será numerada e entregue ao comprador com um certificado de autenticidade e um distintivo especial. E cada certificado será assinado pelo time de design da Triumph Thruxton 1200 e pelo CEO da marca, Nick Bloor.
Oferta Relacionada: Marca:TRIUMPH Modelo:THRUXTON-R
Assim como a versão RS, a Final Edition tem motor bicilíndrico de 1.200 cm³, que rende 105 cv de potência a 7.500 rpm e 11,2 kgf.m de torque a 4.250 rpm. E, ainda, suspensões dianteiras Showa invertidas e ajustáveis e traseira bichoque da Öhlins com piggibak (reservatórios externos de gás).
As rodas são de liga leve com 17 polegadas e 32 raios, os pneus são Metzeler Racetec RR eos freios, Brembo M50 radiais e monobloco, com ABS. A moto também tem três modos de condução - road, rain e sport - que mudam os mapas da injeção, a entrega da força pelo motor e a inteferência do controle de tração.

Lá na frente, o painel tem dois relógios analógicos separados pr uma telinha digital, que informa inclusive o setup do modo de condução, nível de combustível e hodômetros total e parciais. O lindo conjunto ótico dianteiro, com farolzão redondo, embute luzes de rodagem diurnas (DRLs).
Lá na Inglaterra, a Triumph Thruxton 1.200 Final Edition será oferecida por 15.095 libras - o equivalente a uns R$ 93 mil - e as primeiras entregas estão previstas para o início de 2024.

Como é pilotar a Triumph Thruxton

Tive a oportunidade de pilotar a Thruxton uma única vez na vida. Mas foi uma experiência intensa: busquei a moto em São Paulo, trouxe para o Rio de Janeiro, fiquei com ela aqui uma semana, e depois a levei de volta para São Paulo.
Isso aconteceu em 2014. Então a moto era diferente das últimas que foram vendidas no Brasil, na linha 2015/2016. Tinha o mesmo motor bicilíndrico de 865 cm³, 70 cv e 7 kg.m de torque da Bonneville da época - na verdade, as duas chegaram ao mercado brasileiro em meados de 2013.
Visualmente também era diferente: um pouco menos rebuscada e musculosa do que as atuais. Mas já era linda e charmosa. Chamava a atenção por onde passava e conquistou uma legião de fãs no país, então carentes de cafe racers legítimas.

Sua pilotagem era divertida, mas não muito fácil: a Thruxton era pesada e carecia um pouco de fôlego em giros muito baixos, o que "aumentava" seu peso. Mas bastava abrir o acelerador um pouco mais e a moto disparava, mostrando que sua pegada mesmo era uma condução mais nervosa.
Era uma moto legal para rodar na cidade e fazer pequenos passeios, mas não para viajar: a posição de pilotagem deixava o corpo em posição um tanto incômoda, com o tronco ligeiramente inclinado à frente e as pernas dobradas quase como em uma esportiva. Além disso, a capinha que impunha banco monoposto não dava espaço para carregar sequer uma mochilinha.
Apesar disso, sempre foi uma bela moto para se ter na garagem. E até hoje essas Thruxton dos primeiros anos podem ser encontradas em bom estado e com baixa quilometragem - na faixa dos R$ 35 mil, um ótimo preço para o conjunto da obra. Essas ofertas você pode conferir aqui.
Já as Thruxton R, que vieram depois (2016/2017) e têm motor mais forte, de 1.200 cm³, podem ser achadas nas mesmas condições, mas com preços na faixa dos R$42 mil a R$ 60 mil. Vale a conferida aqui.

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