Triumph Tiger 900: a leveza em forma de moto

Um rolé rápido basta para ver como a trail inglesa evoluiu e, hoje, é uma das melhores opções do segmento - ou a melhor!

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Roberto Dutra
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A nova Triumph Tiger 900 foi apresentada ao mundo no Salão de Milão, em novembro do ano passado, e lançada aqui no Brasil no início de abril. Nosso parceiro e colaborador Marcelo Barros já nos contou sua experiência ao pilotar a moto, e agora tivemos um segundo contato com a moto.

Enquanto o Marcelo Barros pilotou a moto em estradas de asfalto e trechos de terra, eu pude experimentá-la no excelente Circuito Panamericano, autódromo da Pirelli em Elias Fausto (SP), cujo traçado é inspirado no de Estoril, em Portugal.

A Triumph Tiger 900 GT Aragón Edition: desempenho forte, muito conforto e bom custo/benefício
Crédito: Caio Mattos
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Foi meu primeiro contato com a nova Triumph Tiger 900, e até foi relativamente rápido - apenas algumas voltas. Mas a experiência foi tão fascinante que eu não poderia dexar de relatá-la. E ainda tive a sorte de pegar a belíssima versão GT Aragón Edition, série especial que homenageia a Tiger 900 que venceu a prova Baja Aragón, em 2022, com o piloto Iván Cervantes.

Em resumo, a nova Tiger 900 é um espetáculo de moto. Acelera forte mas sem dar sustos, freia com eficiência e faz curvas inacreditáveis. Ok, tudo isso é o que se espera de uma moto de alto nível como essa. Mas o que merece destaque absoluto, mesmo, é a facilidade de lidar com essa moto, do momento em que você monta nela até a pilotagem de fato.

A série especial Aragón Edition é vendida em duas versões, GT (vermelha) e Rally (verde)
Crédito: Divulgação
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Eu tenho 1,70 m de altura. Então motos muito altas não são exatamente fáceis para mim. Nesta Tiger 900 Aragón Edition, subi e plantei os dois pés no chão com facilidade.

Antes de botá-la em movimento, rapidamente vi que a ergonomia é muito bem-resolvida: o guidom tem altura e profundidade corretas, os comandos nos punhos são intuitivos e as pedaleiras proporcionam uma confortável posição para as pernas. Tudo está no lugar certo e a sensação foi de "vestir" a moto perfeitamente.

À minha frente, o bonito painel de instrumentos é grande (sete polegadas), completo, fácil de ler e... nem tanto de operar suas várias funções. Mas não exige curso de T.I., como os painéis de várias outras motos: em pouco tempo descobri as principais funções, como mudar os cinco modos de pilotagem. O principal é o que importa.

O bonito painel de instrumentos com tela de TFT de sete polegadas é fácil de ler e bem completo
Crédito: Divulgação
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Na pista, sobressai indiscutivelmente a incrível maneabilidade dessa Tiger 900. A sensação é de se estar em uma moto bem menor, tamanha a leveza que a moto transmite. E nem é tão leve: são mais de 220 quilos, já em ordem de marcha (com fluidos e combustível).

Mas aqui o conforto é uma prioridade. Zero dificuldades para montar na moto e também para pilotá-la: os comandos de embreagem e de freios são muito macios, o câmbio tem engates fáceis e ao menor toque no guidão a moto já muda de trajetória. Não é preciso fazer qualquer força.

O motor da Tiger 900 tem três cilindros em linha, 888 cm³, 12 válvulas e rende 106 cv com 9,8 kgf.m
Crédito: Divulgação
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Qual é o motor da Triumph Tiger 900?

O motor de três cilindros, 888 cm³, 12 válvulas e comando duplo emite aquele assovio característico e sobe de giros com muita rapidez. Mas não dá solavancos em baixas rotações e nem assusta com respostas estúpidas: o gerenciamento dos 95 cv de potência a 9.500 rpm e dos 8,8 kgf.m de torque a 6.850 rpm pelo câmbio de seis marchas acontece de forma suave, linear e progressiva.

Isso quer dizer que, a todo momento, a moto está nas mãos do piloto. Esse controle total torna a pilotagem da Tiger 900 muito intuitiva e segura. E, e ao mesmo tempo, divertida - permite que o piloto explore melhor, e ainda de forma bastante segura, seus limites e os da moto.

A Tiger 900 GT tem suspensões Marzochi - dianteira invertida e traseira monochoque
Crédito: Divulgação
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Na pista, as suspensões Marzochi - dianteira invertida com 18 cm de curso e traseira monochoque com 17 cm de curso - mostraram respostas excelentes, com ajuste na medida entre maciez e firmeza. Mas vale destacar que estavam nos padrões de fábrica: ambas podem ser reguladas na compressão e no retorno, e a traseira também na pré-carga.

As frenagens foram igualmente eficientes. Pudera, o conjunto tem disco duplo na frente e simples atrás, ambos Brembo (Stylema na frente), com ABS otimizado para curvas. Freio de grife, de moto esportiva.

Conclusão: vale a pena comprar a Triumph Tiger 900?

Atualmente a Triumph Tiger 900 é, sem dúvidas, uma das melhores opções no segmento das trail médias - se não a melhor. A moto evoluiu muito, e de forma saudável, nos últimos anos, e exibe um conjunto excelente.

A versão que pilotei, a GT Aragón Edition, tem rodas de liga leve, é mais indicada para uso no asfalto e custa R$ 75.690. Há, também, a Rally Aragón Edition, que tem rodas raiadas, mais aptidão para o off-road e custa R$ 77.690.

A linha Tiger 900 é complementada pelas versões GT, de R$ 69.590; GT Pro, de R$ 77.490; e Rally Pro, de R$ 79.990. Todas têm o mesmo motor, e variam apenas os recursos eletrônicos e os dispositivos a bordo, como modos de pilotagem e assistências à pilotagem. Pelo custo/benefício, eu iria em uma das Aragón Edition.

Short vídeo da Triumph Tiger 900 GT Aragón

https://www.youtube.com/shorts/O4oV8QavBwg

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