Quem curte uma big trail não tão "big" assim pode se preparar para uma novidade quente que será lançada no próximo dia 9 de dezembro: a Ducati Desert X, que vai complementar a linha de modelos on/off-road da marca italiana, hoje composta pelos modelos Multistrada 950 e 1.260.
A Desert X, porém, é bem mais "off" do que as Multistrada. A moto vai entrar no segmento que hoje tem Triumph Tiger 900, BMW F 850 GS e até motos um pouco menores, mas que por isso mesmo são ainda mais aptas ao fora-de-estrada. É o caso da Yamaha Ténéré 700, entre outras.
A Desert X já até foi mostrada, mas como conceito, no Salão de Milão de 2020. A versão de produção, praticamente pronta e na fase de testes de rodagem, será praticamente igual. O protótipo tinha um chassi completamente novo, rodas raiadas com aros de 21 polegadas na frente e 17 polegadas atrás, pneus cravudos, painel com tela de TFT vertical estilo tablet, suspensão dianteira invertida e traseira monochoque lateral e para-brisa.
Segundo a Ducati, a Desert X é também uma homenagem à Cagiva Elefant, moto conterrânea que que venceu o rali Paris-Dacar nos anos 90 equipada com um motor Ducati de dois cilindros e 900 cm³. Há, de fato, certa identidade entre as duas, presente nos faróis duplos e redondos (agora com LEDs, claro), e na carenagem frontal com linhas esculpidas - sem contar as cores branca e vermelha da pintura e adesivos. Lá atrás, as linhas são mais retas e inusitadas, com para-lama praticamente reto, bagageiro e lanterna chapada em cima do para-lama.
O motor será o conhecido Testastretta de 937 cm³ com refrigeração líquida, já usado nas mais recentes encarnações dos modelos Monster, Supersport 950 e Hypermotard. Na Monster, o propulsor rende 112 cv de potência e 9,5 kgf.m de torque - na Desert X é provável que esses números mudem um pouco, de acordo com a proposta da moto. Na versão conceitual do EICMA de 2020, o motor era o mesmo da Scrambler 1.100, um bicilíndrico refrigerado a ar e radiador de óleo. Aguardamos ansiosamente!