Enquanto se prepara para apresentar a custom Super Meteor 650 à imprensa especializada, o que acontecerá nesta semana, a Royal Enfield comemora os ótimos resultados da Hunter 350.
Em março último a naked já havia registrado o bom volume de vendas de 437 unidades, volume que foi recorde desde seu lançamento, em setembro do ano passado. Porém, o número de emplacamentos em abril foi ainda maior, com 645 unidades.
Com isso, a Hunter 350 se tornou a moto mais vendida da Royal Enfield no mercado brasileiro, inclusive superando com larga margem as "irmãs" Meteor 359 e Classic 350, com as quais compartilha o motor monocilíndrico de 20,2 cv de potência e 2,7 kgf.m de torque, além de outros componentes.
Nas tabelas da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a Hunter 350 curiosamente aparece no ranking de modelos custom/classic. Não é tão surpreendente - e equivocado - quanto a presença do scooter BMW C 400X no mesmo ranking, mas também não faz muito sentido.
Na prática, a Hunter 350 é uma naked de baixa cilindrada - ainda que tenha design levemente retrô. Sendo assim, briga com modelos como Honda CB 300F Twister, Yamaha Fazer 250 e, em breve, Triumph Speed 400.
As rivais de Honda e Yamaha vendem muito mais, claro. Afinal, a capacidade de produção destas duas marcas é muito superior. No primeiro quadrimestre deste ano, a CB 300F somou 17.276 unidades emplacadas, enquanto a Yamaha Fazer 250 anotou 15.862 - a Hunter 350 registrou 1.552 unidades.
Mas isso não ofusca a trajetória bem-sucedida da Hunter 350, cujos volumes ainda deverão crescer à medida em que a produção local da Royal Enfield em Manaus (AM) decolar.
A marca anglo-indiana também anunciou, em release enviado à imprensa, que a Hunter 350 está com desconto de R$ 2 mil em suas duas versões. Mas não é bem assim: os valores anunciados "com desconto" são de R$ 19.990 para a versão Dapper e de R$ 21.990 para a Rebel - ou seja, os mesmos praticados desde o lançamento da moto, no ano passado.
Na prática, o que existe não é exatamente um desconto. É que as motos passaram a ter o frete incluso no preço. Mas isso é uma boa notícia, pois efetivamente reduziu o custo para o comprador - que, antes, pagava o preço mais o frete: R$ 19.990 mais cerca de R$ 2 mil do transporte da moto. Agora, em teoria, são só os R$ 19.990.
Vale lembrar que a marca também adotou as revisões com preços fixos. Ótimo também, já que permite ao comprador saber quanto vai gastar nos serviços - e se planejar.