Já falamos muitas vezes aqui que o segmento dos scooters é o que mais cresce no mercado brasileiro há anos. Então, é natural que as fabricantes voltem suas atenções para esse nicho - afinal, investem onde há retorno. Por essa lógica, a Yamaha lança nesta segunda-feira (14/03) no país um novo scooter, o Fluo 125 ABS, que vai povoar ainda mais o segmento.
O Fluo fica posicionado entre o Neo 125 e o NMax 160. O preço sugerido é de R$ 13.390, abaixo dos R$ 16.990 pedidos pelo NMax e acima dos R$ 11.290 do Neo. Como também custa mais que o Honda Elite 125 (de R$ 10.850), a responsabilidade por brigar com este modelo da marca rival continuará sendo só do Neo.
O Fluo quer roubar compradores, mesmo, não de outro scooter, mas de uma motoneta (CUB) - a Honda Biz 125, que custa R$ 12.360. É uma missão inglória: a Biz 125, junto com a irmã menor Biz 110 (R$ 9.870), é um dos modelos mais vendidos do país e, embora não seja um scooter, tem uma das principais vantagens desse tipo de veículo - o espaço sob o banco para guardar o capacete ou outros objetos - com a vantagem das rodas com aros de 17 polegadas na frente e 14 polegadas atrás.
O Yamaha Fluo 125 ABS, como a maioria dos scooters, tem rodas de 12 polegadas, portanto, são bem mais vulneráveis às imperfeições do piso.
Para tentar compensar isso, o Fluo ataca com dois argumentos: primeiro, é um veículo com visual mais sofisticado, "cool", que não parece moto "de trabalho" como a Biz. De fato, é um scooter para uso diário de quem vai e volta para o curso ou para o trabalho, por exemplo, e não para fazer entregas. O farol dianteiro é bacana, as linhas são atraentes e não há nenhum exagero ou esquisitice, exceto talvez pelo "pé-de-pato" grande demais, que faz a função de para-lama, na roda traseira - mas pelo menos é funcional, pois protege bem.
Junto com o design mais interessante que o de uma CUB, o Fluo oferece modernidades, funcionalidades e alguma tecnologia.
Tem ABS na roda dianteira, chave presencial, painel todo digital com função Eco (que indica a pilotagem econômica), sistema start/stop desligável, tomada 12 volts junto à coluna de direção, espaço sob o banco para 25 litros (cabe um capacete fechado), gancho para pendura sacolas junto à coluna de direção, cavalete central e bocal do tanque (que leva 4,2 litros) com fácil acesso, à frente do banco. Ou seja, nada revolucionário, mas é um bom "pacote".
O motor é um monocilíndrico refrigerado a ar com 125 cm³, potência de 9,5 cv a 8.000 rpm e torque de 1 kgf.m a 5.000 rpm. Pareceu familiar? É que é o mesmo do Neo 125, só que em versão muito aprimorada e com mais recursos - como o start/stop, o que por tabela também traz outros componentes modificados, como bateria, motor de arranque e estator.
A transmissão naturalmente é do tipo CVT e as outras especificações do Fluo são relativamente convencionais: rodas de liga leve, pneus nas medidas 100/90 R12 na frente e 110/90 R12 atrás, suspensões com garfos telescópicos e 9 cm de curso na dianteira e traseira monochoque lateral com 8,8 cm - aqui, a balança é ligada ao chassi por um link, o que minimiza os impactos sentidos pelo piloto.
Com peso seco de 98 quilos e líquido de 102 quilos, o Fluo também tem freio traseiro a tambor, banco a 78 cm do chão (altura padrão para este tipo de veículo) e vão livre de razoáveis 13,5 cm.
Em comparação com a Honda Biz, o Yamaha Fluo tem potência e torque equivalentes e a desvantagem no tamanho das rodas, mas traz mais tecnologias, a vantagem enorme do ABS na roda dianteira e uma garantia mais extensa - e inédita: quatro anos, contra três anos da rival. É o maior prazo do mercado e inclui revisões a preço fixo, sendo as duas primeiras com mão de obra gratuita. As vendas do novo Yamaha Fluo 125 ABS começam no início de abril e o scooter será comercializado nas cores branca, azul ou preta.