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Yamaha Fazer 250 mantém pioneirismo na linha 2022

Modelo mais vendido da marca é o primeiro do segmento a ganhar projetor de LED. A mecânica continua a mesma

por Roberto Dutra

Muita gente não sabe, mas a Fazer 250 é a moto mais vendida pela Yamaha no Brasil. Fica à frente, inclusive, dos modelos menores e mais baratos da marca - Fazer 150, Factor 125 e 150 e Neo 125, por exemplo -, e com isso ocupa o posto de sexta moto mais emplacada do país. Não é por acaso, então, que a fabricante lhe dê enorme importância.

A moto foi lançada no mercado brasileiro há 16 anos (2005) e já somou cerca de 390 mil unidades vendidas. E sempre teve um histórico de pioneirismo: foi a primeira da categoria a ganhar itens e recursos importantes, como injeção eletrônica, tecnologia flex de combustível, farol com LEDs, freio a disco na roda traseira e ABS de série nas duas rodas - aliás, é a moto com ABS mais vendida do Brasil atualmente.
A Fazer 250 chega à linha 2022 e mais uma vez ganhou recursos na frente das concorrentes. A principal novidade está justamente no conjunto ótico, que agora tem projetor de LED e luzes de rodagem diurna (DRLs) também com LEDs.
Aqui vale destacar que a "Lei do Farol Baixo" (nº 13.290/2016), que exige que todos os veículos transitem em rodovias estaduais e federais com o farol baixo ligado inclusive durante o dia, considera que o DRL substitui o farol baixo. A lanterna também é com LEDs, mas os piscas têm luzes convencionais.
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Com essa nova "cara", a moto remete aos modelos maiores da marca que foram remodelados na Europa (MT-07 e MT-09), e que ganharam um aspecto meio robótico. Junto com o novo farol, a Fazer 250 também teve o lampejador do farol reposicionado e ganhou carenagem frontal redesenhada. Para completar, vieram também as habituais mudanças em grafismos e cores.

O painel, porém, é o mesmo de antes: totalmente digital, com tela de LCD e iluminação por LEDs. Nem tão atraente em seu aspecto visual, já um pouco defasado, pelo menos é bem completo: tem conta-giros, velocímetro, hodômetros total e dois parciais, indicadores de consumo instantâneo e médio, de distância percorrida na reserva (o chamado "fuel trip") e relógio, além de luzes-espia de piscas, farol alto, neutro e alertas de problemas no motor e na leitura do sistema bicombustível.
A mecânica, da mesma forma, não mudou. Mas nem precisava: tudo ainda está em dia, inclusive o motor, tanto na adequação às normas de emissões atuais quanto no desempenho que proporciona. O monocilíndrico flex, injetado e refrigerado a ar e radiador de óleo tem 249,5 cm³ de capacidade cúbica, duas válvulas, comando simples no cabeçote, pistão em alumínio e cilindro revestido de cerâmica.

Vale destacar que o sistema de injeção segue o padrão de modelos de alta cilindrada, com injetor de 10 furos. Isso proporciona sopros de combustível mais eficientes na câmara de combustão e uma queima bem completa. A potência varia de 21,3 a 21,5 cv a 8.000 rpm (gasolina e etanol) e o torque, a 2,1 kgf.m a 6.500 rpm, com os dois combustíveis.
Outras especificações relevantes da Fazer 250 são os freios a disco nas duas rodas com ABS e as rodas de liga leve com pneus Pirelli Sport Demon 100/80 R17 na frente e 140/70 R17 atrás.
As suspensões, por sua vez, são convencionais - garfos telescópicos na frente e monochoque atrás, esta com sete ajustes -, mas têm 13 cm de curso na frente e 12 cm de curso atrás: bons números para uma moto street. Por fim, o câmbio tem cinco marchas e a secundária é feita por corrente.

A linha 2022 será vendida nas cores azul metálica (Racing Blue), vermelha metálica (Magma Red) e preta fosca (Matt Black). Chegará às lojas na segunda quinzena de agosto com preço sugerido de R$ 18.990, mais frete.
A Fazer 250 tem garantia de quatro anos - a maior do segmento - e programa de revisão com preço fixo, com valores padronizados em todo o país. Com ele, o proprietário sabe quanto gastará da 1ª à 7ª revisão (e a mão-de-obra é gratuita nas duas primeiras revisões).
Outro barato da Fazer 250 nos atuais tempos modernos é a opção de o proprietário baixar pelo site yamaha-motor.com.br um manual interativo digital, que tem informações sobre a moto e vídeos explicativos a respeito de vários tópicos do modelo. Aliás, até a moto pode ser comprada pela internet, na chamada Blu Store dentro do site da marca - que é o primeiro e-commerce de motos de uma fábrica no Brasil.

Vamos acelerar?

Como, em teoria, não existe "test-drive de farol", nosso passeio serve mais para lembrar as características dinâmicas da Fazer 250. Que são, em sua maioria, eficientes e elogiáveis. De fato não é por acaso que a moto é sucesso praticamente desde que foi lançada no país, em 2005. Naturalmente foram feitas melhorias ao longo do tempo - e o resultado é que, hoje, a Fazer 250 corresponde plenamente às expectativas - e vai até um pouco além.

A posição de pilotagem, por exemplo, é bem satisfatória. O corpo vai bem ereto, e não há cansaço decorrente de peso sobre os braços. As pernas viajam apenas discretamente dobradas. O banco é mais anatômico do que macio, mas não cansou mesmo depois de 200 quilômetros rodados entre trechos urbanos e estradas.
Os espelhos... bem, a limitação de sempre: hastes curtas comprometem parte da retrovisão e exigem certo rebolado na pilotagem para se obter o melhor resultado.
Dinamicamente a Yamaha Fazer 250 tem dupla personalidade - o que, aqui, é uma virtude:  exibe a agilidade necessária para serpentear por entre os carros na cidade, como se fosse uma moto menor, e na estrada não faz feio, o que faz lembrar motos maiores.
Claro que não é para viagens longas, mas dá para manter uma média de 100 a 110km/h sem esmerilhar a máquina e com sobra de força para ultrapassagens. E, afinal, os apaixonados motociclistas brasileiros fazem viagens em motos de qualquer tamanho!

Fazer curvas com a Yamaha Fazer 250 é um prazer especial: o modelo deita suavemente e sempre mantém a trajetória correta, sem dar sustos ou exigir especial habilidade do piloto. Auxiliadas pelo onipresente ABS, as frenagens são corretas, mas não chegam a impressionar. No mesmo nível está o câmbio: as trocas de marchas são até fáceis, mas os engates não são exatamente justinhos.
O mais interessante aqui é sentir as respostas do motor, sempre imediatas e precisas. Mesmo quando severamente solicitado, o monocilíndrico exibe grande suavidade, sem vibrar ou gritar de forma incômoda. E sempre transmite uma interessante sensação de robustez e confiabilidade.

Inusitadamente pudemos fazer um "test-drive" de farol no fim de nosso test-ride: já escurecia e ficou perceptível como o novo projetor de luz proporciona um alcance maior de facho, que ilumina muitíssimo bem o caminho à frente. Bonita, econômica, eficiente e divertida, a Fazer 250 certamente continuará sua carreira de sucesso.

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