Em time que está ganhando não se mexe, certo? Pois a Yamaha já começou a vender no Brasil a linha 2023 da muito bem-sucedida R3, a líder de vendas no segmento das esportivas, e a novidade mais uma vez fica por conta das novas cores e grafismos. A parte mecânica não mudou, e nem precisava: ainda é bem atual, e principalmente em dia com a legislação de emissões de poluentes - algo determinante na sobrevida das motos no país.
Na linha 2023, a R3 passa a ser vendida na cor Monster Energy MotoGP Edition (preta metálica com detalhes em azul e grafismos da marca de energéticos). A nova cor vem se juntar à tradicional Racing Blue (azul metálica), que está sempre presente.
Assim, sai de cena a verde metálica da linha 2022, que por sua vez tinha entrado no lugar da bonita vermelha fosca da linha 2021. Os grafismos ficaram mais discretos, e agora temos apenas a insígnia "R3" nas laterais da carenagem dianteira e "Yamaha" no spoiler inferior, embaixo do radiador. Ficou elegante!
O motor continua o nosso velho conhecido bicilíndrico de 321 cm³, que rende 42 cv de potência a 10.750 rpm e torque de 3 kgf.m a 9.000 rpm. O câmbio tem seis marchas com transmissão secundária por corrente, a suspensão dianteira é invertida Kayaba e a traseira é monochoque com sete ajustes na pré-carga da mola, enquanto as rodas são de liga leve com aros de 17 polegadas que calçam pneus Metzeller nas medidas 110/70 na frente e 140/70 atrás. Os freios são a disco na frente e atrás, ambos com ABS.
O farol dianteiro e a lanterna traseira são com LEDs, mas os piscas continuam com lâmpadas tradicionais. Já o painel é a mesma telinha de LCD de antes, com as informações necessárias e mais indicador de marcha e shift-light - aquela luzinha que indica o momento certo de trocar a marcha.
O bom tanque pega 14,2 litros de combustível. O preço aumentou: passou de R$ 29.590 (R3 ABS) e R$ 29.490 (R3 Monster ABS) para R$ 30.390 e R$ 30.890, respectivamente.
A Yamaha R3 é um modelo muito bem-sucedido no mercado brasileiro. É líder quase permanente do segmento das esportivas, e quase sempre deixa para trás a principal concorrente - a Kawasaki Ninja 400, que apenas eventualmente toma a primeira posição da R3.
O segmento de motos esportivas no Brasil é relativamente pequeno diante do mercado total: responde por apenas 0,3% das vendas. Mas para as marcas é importante investir nele, porque são motos de alto valor agregado e, por isso, rentáveis. As mais baratas são justamente a Yamaha R3 e a Kawasaki Ninja 400 (que custa de R$ 33.810 a R$ 34.810) Todas as outras são maiores e bem mais caras, mas rendem bons lucros a seus fabricantes.