Yamaha lança, na Europa, a aguardada esportiva R7

Substituta da R6 chega com o motor bicilíndrico da MT-07, o que a torna candidata a vir para o Brasil em algum momento

  1. Home
  2. Motos
  3. Yamaha lança, na Europa, a aguardada esportiva R7
Roberto Dutra
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon

Depois de algumas semanas de suspense, a Yamaha lançou, na Europa, a esportiva YZF-R7. O modelo chega para ocupar o lugar da extinta YZF-R6 e compor a linha de carenadas da marca, que já tem a YZF-R1 no topo e a YZF-R3 no meio - lá fora, ainda existe a R125 no pé da pirâmide. E a moto chega com uma surpresa: usa a base da naked MT-07 e, por consequência, o motor bicilíndrico, enquanto as esportivas médias do segmento habitualmente usam blocos de quatro cilindros.

Yamaha R7 2022 9 18052021 32214 1280 960
A YZF-R7 chega para ocupar o lugar da extinta YZF-R6 e aposta no motor bicilíndrico para ter preço competitivo
Crédito: Divulgação
toggle button

A ideia foi reduzir custos para poder oferecer uma esportiva média com preço competitivo, ainda mais diante das principais concorrentes. A lógica é simples: motos bicilíndricas usam menos peças e têm produção mais barata do que as com quatro cilindros.

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

E parece que deu certo: na Europa a moto será vendida pelo equivalente a uns R$ 60 mil, aproximadamente. É um valor inferior, por exemplo, aos da Aprilia RS 660, de cerca de R$ 75 mil, e Kawasaki ZX-6R, de R$ 72 mil. E fica no mesmo patamar da Honda CBR 650R, de R$ 60 mil, e apenas pouco acima da também bicilíndrica Kawasaki Ninja 650, de R$ 53 mil.

Na frente, estilo robótico com farol principal no meio da carenagem e luzes de rodagem diurna afiladas nas laterais
Crédito: Divulgação
toggle button

O uso do motor da MT-07 também torna a moto mais acessível a pilotos menos experientes, já que é mais dócil inclusive para ambiente urbano. Contudo, também é capaz de oferecer boas doses de adrenalina na pilotagem esportiva, inclusive em pistas fechadas e track days. Com 689 cm³ de capacidade cúbica, o motor rende 73,4 cv de potência máxima a 8.750 rpm e torque de 6,8 kgf.m a 6.500 rpm.

A nova R7 promete facilidade de pilotagem urbana, mas sem deixar de lado a adrenalina em pistas e track days
Crédito: Divulgação
toggle button

Chassis e motor podem ser iguais, mas a Yamaha R7 tem desempenho superior ao da naked graças à aerodinâmica, a uma nova central eletrônica (mapeada para a performance esportiva) e a outros componentes diferentes, como entradas de ar, dutos de admissão, escape, câmbio com relações mais curtas (quickshifter opcional) e embreagem deslizante e assistida.

O motor é o mesmo da MT-07, mas com outro mapeamento e vários componentes periféricos diferentes
Crédito: Divulgação
toggle button

Outra diferença é o entre-eixos de 1,39 m, ou 5 mm mais curto que o da MT-07, o que facilita as mudanças de trajetória.  Assim, mesmo com 4 quilos a mais (188 quilos em ordem de marcha), a Yamaha R7 atinge velocidade máxima 20 km/h superior. à da MT-07.

A nova esportiva tem, ainda, suspensão dianteira invertida ajustável e traseira monochoque com link (ambas com 13 cm de curso), pinças de freio dianteiras radiais Brembo e pneus 120/70 R17 na frente e 180/55 R17 atrás. Outras medidas da moto são 2,07 m de comprimento, 70,5 cm de largura, 1,16 m de altura máxima, altura do banco de 83,5 cm e vão livre de 12,5 cm. O tanque leva 13 litros de combustível.

A moto será vendida na cor azul, tradicional da Yamaha, e também nessa sinistra tonalidade preta
Crédito: Divulgação
toggle button

O design é muito agressivo e foge do lugar comum. Une a tendência visual robótica que temos visto nos mais recentes lançamentos da marca (como nas próprias MT-07 e MT-09 vendidas lá fora) a uma carenagem bem aerodinâmica. O farol principal fica no meio e, nas laterais, há luzes adicionais de rodagem diurna (DRLs). Lá atrás, a inusitada lanterna é vertical. E toda a iluminação da moto é com LEDs.

A inusitada lanterna fica bem na ponta da rabeta e é vertical. Toda a iluminação da moto é com  LEDs
Crédito: Divulgação
toggle button

O painel de instrumentos é uma tela de LCD com bonito design. As luzes-espia ficam na parte superior, enfileiradas lado a lado. Logo abaixo, o indicador de marchas está no canto superior à esquerda, o conta-giros aparece na forma de uma barra horizontal e o velocímetro vem como elemento principal. Na extrema direita está o marcador de combustível e na parte inferior, dados do computador de bordo - hodômetros total e parciais etc.

O painel é prático: luzes-espia no alto, velocímetro e conta-giros no meio e hodômetros embaixo
Crédito: Divulgação
toggle button

Segundo a Yamaha, o banco do piloto recebeu especial atenção para proporcionar boa acomodação na pilotagem esportiva e algum conforto para trajetos mais tranquilos. Assim, é estreito na altura do encaixe das coxas do piloto e mais largo na parte traseira, para permitir certa liberdade de movimentos.

Inicialmente, a moto será vendida nas cores azul ou preta e as primeiras entregas na Europa estão previstas para outubro. Ainda não há previsão para o Brasil mas, se levarmos em conta o compartilhamento de vários componentes com a "nossa" MT-07 - e a ausência da marca no segmento aqui no Brasil - , arriscamos dizer que essa nova YZF-R7 estará presente no Salão Duas Rodas de São Paulo, a ser realizado em novembro de 2022.

A YZF-R7 de 1999: 500 unidades feitas para permitir a homologação da moto para competir em algumas provas
Crédito: Reprodução
toggle button

Uma pitada de história da Yamaha R7

Vale lembrar que já existiu uma R7. Foi em 1999, quando a Yamaha produziu uma série especial de 500 unidades apenas para poder homologar uma versão de pista que pudesse competir no World Superbike e na prova Oito Horas de Suzuka. Conduzida por pilotos lendários como Noriyuki Haga e Wataru Yoshikawa, aquelas Yamaha R7 estão, até hoje, entre as mais exóticas e cobiçadas esportivas já feitas.

Confira vídeo de apresentação da nova YZF-R7:

Comentários
Wid badge