Yamaha Ténéré 700: qual será o preço do "trator"?

Com base na concorrência, analisamos qual deveria ser o valor aproximado da moto hoje - com e sem paixão incluída!

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Roberto Dutra
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E finalmente, a Yamaha Ténéré 700 foi confirmada para o mercado brasileiro. O anuncio foi feito pela marca japonesa durante bombástica apresentação no Festival Interlagos, maior eventos de motos do país, que foi realizado no Autódromo de Interlagos entre quinta e domingo da semana passada.

Muitas novidades foram anunciadas durante o evento, mas certamente a a "T7" - apelido dado pelos fãs - roubou a cena. É que foram quatro anos de espera. A T7 foi lançada lá fora em 2019, chegou ao mundo no início de 2020 e foi muito cogitada para o Brasil, mas jamais foi confirmada para cá.

Yamaha Ténéré 700
A Yamaha Ténéré 700 foi lançada lá fora no final de 2019 e chegou ás lojas em 2020
Crédito: Divulgação
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O problema era a homologação da moto. Entre outros aspectos, as motos precisam passar por testes de homologação de emissões e ruídos. E a T7 tinha problemas para "passar" no de ruídos. É que, no Brasil, o teste é diferente do que é feito no resto do mundo. Uma típica jabuticaba brasileira, onde muita coisa é inexplicavelmente complicada.

Como é o teste de ruídos para homologação de motos?

Explicamos bem esse problema aqui mas, basicamente, é o seguinte: a norma brasileira, chamada de ECE-R41-03, afere o limite de decibéis em cinco passagens com a motocicleta a 50 km/h em terceira marcha. Ocorre que os modelos maiores raramente estão em terceira marcha a 50 km/h nas vias públicas, e por isso esse procedimento é apenas parcialmente eficiente.

Por isso, as autoridades europeias estabeleceram um novo ensaio, que não limita velocidade ou marcha de aceleração, mas apenas o limite de decibéis. Assim, os modelos desenvolvidos especificamente ou primeiramente para o mercado europeu não são necessariamente mais ruidosos, mas apenas ajustados às condições das vias públicas de lá. No Brasil, permanece o ensaio com cinco passagens a 50 km/h em terceira marcha para a medição de ruídos.

O painel de instrumentos da Ténéré 700 é um pequeno tablet vertical com tela de TFT
Crédito: Divulgação
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Bem, a Yamaha não explicou que jeito que deu, mas deu. E a moto agora será vendida por aqui. Como nada nessa vida é perfeito, ainda vai demorar um pouco: as pré-vendas só serão abertas no primeiro trimestre de 2025.

Qual será o preço da Yamaha Tenéré 700?

Da mesma forma,  preço é uma incógnita. Mas será preciso que fique ali na faixa dos R$ 65 mil a R$ 70 mil, no máximo, para que seja competitiva - em valores de hoje. Sim, sabermos que paixões não têm preço e que, por isso, muitas vezes motos (e até carros) chegam ao Brasil com preços incoerentes com o produto, mas acabam vendendo.

Mas, tirando a paixão, é bom lembrar que a T7 - cujo motor entrega 73,4 cv e 6,9 kgf.m - ficará no mesmo segmento que a recém-lançada Suzuki V-Strom 800 DE. Com 84 cv de potência e 7,9 kgf.m de torque, a conterrânea custa R$ 67.500.

Logo acima já aparece a Triumph Tiger 900, que começa em R$ 69.590 na versão básica GT e encosta nos R$ 80 mil na versão mais off-road, a Rallye Pro. Mas a inglesa tem 108 cv e 9,5 kgf.m de torque, além de muitos recursos funcionais e eletrônicos.

Se bater no R$ 80 mil, a T7 ficará na mesma faixa de modelos de segmento superior. Subindo alguns degraus, a Honda CRF 1100L Africa Twin, com 99,3 cv e 10,5 kgf.m, parte de R$ R$ 81.100, enquanto a Triumph Tiger 1200, um canhão com 150 cv e 14 kgf.m, tem preço inicial de R$88.990.

Conclusão: a Yamaha Ténéré 700 terá que custar menos de R$ 70 mil para realmente ser competitiva para quem compra moto com paixão, mas também com razão e fazendo contas.  É hora de começar a encher o cofrinho.

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