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Yamaha YZF-R1M 2022 chega aos EUA e à Europa

Uma das mais cobiçadas motos da marca japonesa no Brasil, de onde saiu de linha em 2016, ganha a série especial "R1M"

por Roberto Dutra

As duas motos da Yamaha mais cobiçadas no mercado brasileiro são a Ténéré 700 e a YZF-R1. Mas, infelizmente, ambas não foram "selecionadas" para o nosso mercado. A Yamaha Ténéré 700 foi lançada lá fora em 2019 e sempre foi muito cogitada para cá, mas a trail não obteve homologação para nossas leis de emissões e, principalmente, de ruídos, conforme explicamos aqui no WM1. Já a superbike chegou a ser vendida no país entre 1998 e 2016, saiu do mercado e nunca mais voltou. Lá fora, porém, continuou viva e exuberante.

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Enquanto os brasileiros morrem de saudades, a linha 2022 da YZF-R1 acaba de ser anunciada para os mercados americano e europeu - e chega na forma da série especial limitada R1M. Feita para rodar nas ruas, mas principalmente em pistas e track days, essa versão é inspirada na moto usada pelo Team Yamaha no MotoGP e tem todas as tecnologias mais modernas que podemos ver em uma motocicleta atualmente.
Um exemplo é a mais recente versão da suspensão eletrônica dianteira de competição fornecida pela grife sueca Öhlins para uma moto de produção - chama-se Öhlins Electronic Racing Supension (ERS) . Segundo a Yamaha, o sistema permite fazer curvas, frear e acelerar da maneira mais eficiente possível, com respostas rápidas e firmes. A suspensão traseira monochoque também é Öhlins, com reservatórios de gás externos (piggy-back).

Além disso, é equipada com o mais avançado dispositivo de quickshifter - aquele que permite trocas de marchas sem uso do manete de embreagem -, controle eletrônico de freio com dois modos, que "lê" continuamente informações como ângulos de curvas e acelerações e ajusta a pressão para evitar travamentos ou frenagens inadequadas. Isso além dos tradicionais controles eletrônicos de largada, de freio-motor, de tração, anti-empinamento e do ABS.

Para gerenciar bem tudo isso, a unidade de medição inercial (IMU) tem seis eixos. Os ajustes, por sua vez, são feitos por botões no punho esquerdo, e tudo é monitorado pelo belíssimo painel de instrumentos com tela de TFT que mais parece um videogame. Já o motor de 998 cm³ é uma usina de força: rende 200 cv de potência a 13.500 rpm. Como tem apenas 202 quilos de peso, a relação peso/potência é de quase "um pra um" (1kg/cv). O torque é de 11,6 kgf.m a 11.500 rpm e o câmbio tem seis marchas com secundária por corrente.

Uma boa contribuição para esse baixo peso é a carenagem exclusiva dessa versão, toda feita em fibra de carbono. Além disso, a balança traseira é de alumínio, outro material leve. Por falar em carenagem, o design da moto é uma atração à parte. Inspirada na moto M1 do MotoGP, a frente bicuda tem aparência agressiva e robótica, com uma enorme entrada de ar central que separa dois filetes de luzes de LED.

Mais abaixo, maiores, porém ainda discretos, estão os verdadeiros faróis da moto. Em cima do tanque, outra bossa: uma placa de metal com a numeração individual da unidade reforça a exclusividade da moto (mas a Yamaha não divulgou quantas unidades vai produzir). Lá atrás, a rabeta é como manda o figurino: curta, arrebitada, também toda em fibra de carbono e com lanterna e piscas discretos, para gerar o menor arrasto possível.

Outras especificações importantes da moto são os pneus Bridgestone Battlax RS 11 nas medidas 120/70 R17 na frente e 200/55 R17 atrás (esse é um pneuzão!), o curso de 12 cm nas duas suspensões e o tanque para 17 litros de combustível - a Yamaha aponta um consumo médio de 13,8 km/l com a gasolina europeia, mas claro que isso depende da mão do piloto.
Vendida apenas na cor "icon performance", a YZF-R1M custa, nos Estados Unidos, US$ 30 mil - ou pouco mais de R$ 150 mil em conversão direta. Lá na Europa, o valor é de 27.965 euros - cerca de R$ 160 mil. Se fosse vendida por aqui, encostaria facilmente nos R$ 200 mil - e este preço proibitivo é, provavelmente, o motivo de sua ausência.

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