Muitas marcas automotivas fizeram sucesso no Brasil, mesmo quando chegaram somente após a reabertura de mercado de carro, nos anos 1990. No entanto, nem todas as empresas tiveram a mesma sorte. Algumas delas simplesmente não caíram no gosto brasileiro e deixaram o país.
WM1 separou cinco casos de marcas de automóveis que abandonaram o Brasil. Elas duraram pouco tempo por aqui e nunca alcançaram o sucesso esperado.
Com a abertura às importações de carros, em 1990, a russa Lada foi uma das primeiras a se interessar pelo Brasil. Chegaram o sedã Laika, o hatch Samara e o icônico jipe Niva 4x4. No entanto, após cinco anos, a empresa deixou o Brasil. Uma das razões foi a não adaptação à gasolina brasileira, com muito álcool para o padrão europeu.
A Chinesa Geely chegou em 2014 e tentou emplacar o “fofinho” GC2 e sua aparência de panda, além do sedã EC7. A empresa é poderosa fora do Brasil e dona de marcas como Volvo e Lotus, além de ser maior acionista da Daimler, que controla a Mercedes-Benz.
No entanto, apenas dois anos depois de chegar aqui, foi embora. Vendeu apenas 1.282 unidades. A operação era controlada pelo Grupo Gandini, o mesmo que representa a Kia no país. Segundo a empresa, o programa Inovar-Auto (lançado em 2012) foi o grande responsável pelo fracasso da Geely.
Tradicional fabricante japonesa, a Mazda chegou em 1990 e ficou 10 anos por aqui. Na época, trouxe MX-3, MX-5 e 626, tudo através da gigante do varejo Mesbla. Só que em 1999 a varejista fechou as portas e a Mazda foi embora no ano seguinte. A empresa sequer cogita retomar ao Brasil por enquanto.
Maior fabricantes de automóveis na Índia, a Mahindra desembarcou com muito alarde. A empresa chegou a montar uma fábrica no esquema CKD (importava as peças e montava o carro em Manaus). A aposta era nos modelos Pik-Up e M.O.V., mas o volume foi muito baixo e em 2015 a empresa desistiu do mercado nacional.
A tradicional marca inglesa chegou ao Brasil em 2011, pouco depois de ter sido comprada pela Saic Motors, da China. A importadora Forest Trade foi responsável pela representação da empresa por aqui. No entanto, dois anos depois, com poucos pontos de vendas e raras ações publicitárias, o fabricante deixou o Brasil em 2013.