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Marcas de carro que passaram rapidinho pelo Brasil

Nesta seleção mostramos cinco fabricantes automotivas que chegaram ao país com planos ambiciosos, mas logo foram embora

por André Deliberato

O cenário econômico brasileiro era lindo no começo desta década passada, principalmente entre 2012 e 2015. Prova disso é que muitas marcas de carro que nunca haviam vendido seus automóveis por aqui - a maioria delas chinesa, diga-se - começaram a estudar essa possibilidade.
Abaixo, montamos uma lista com cinco dessas marcas que chegaram a desembarcar em solo nacional, mas que logo foram embora. Lembra de alguma outra? Deixe no campo de comentários!
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Marcas de carro que vieram e vazaram

1. Geely

A chinesa é uma das marcas controladas pelo poderoso Grupo Geely, que hoje é dono da Volvo, da Lotus e também um dos maiores acionistas da Daimler - por meio de seu CEO, o chinês Li Shufu. Mesmo assim, não deu certo no Brasil. A empresa começou a vender carros por aqui em 2014, pelo Grupo Gandini - o mesmo que representa a Kia -, mas suas importações se encerraram em março de 2018.

2. Mahindra

A Mahindra é a maior fabricante de carros da Índia. Veio ao Brasil pelas mãos da importadora Bramont, em 2007, e chegou até a montar automóveis no polo industrial automotivo de Manaus (AM) - os produtos escolhidos foram uma picape que se chamava "Pik Up" e um SUV denominado "M.O.V.".
Só que o volume de vendas foi muito baixo e as contas não fecharam - por isso, a empresa indiana decidiu voltar para casa no começo de 2015, mesmo com uma concessionária em Brasília que cuida dos tratores da marca. Curiosamente, lá fora a fabricante parece estar bem financeiramente, já que naquele mesmo ano passou a ser dona do famoso estúdio italiano de design Pininfarina.

3. Chana/Changan

A Changan foi uma das primeiras marcas chinesas a vir para o Brasil, em 2006, quando ainda se chamava Chana. Foi trazida pelo grupo importador Districar, que acreditava no sucesso da operação. O resultado, porém, não foi como o esperado. Acreditava-se que o nome polêmico poderia ser uma das causas - por isso, em 2011, a fabricante decidiu trocar de nome por aqui, de Chana para Changan.
Não era isso. Tanto que no final de 2016 a empresa decidiu pedir às contas e ir embora do país. Curiosamente, no ano passado a marca chegou a cogitar um retorno com a promessa de vender SUVs e carros elétricos, mas a tentativa não rendeu resultados. Por ora, a marca segue fora das operações nacionais.

4. Morris Garage

De origem inglesa, a tradicionalíssima MG (sigla para Morris Garage) foi comprada pelo grupo chinês Saic Motors em 2005, e em 2011 passou a ser trazida para o Brasil pela importadora Forest Trade. Mas a empreitada fracassou: com poucos pontos de vendas e raras ações publicitárias, muita gente sequer soube de suas operações no país.
Após emplacar quase nada, a MG deixou o mercado apenas dois anos depois, em 2013, e se tornou outra das marcas de carro a deixar o Brasil rapidamente. Na Ásia e em alguns países europeus, porém, a empresa ainda sobrevive.

5. Cross Lander

A Cross Lander do Brasil foi criada em 2002, como resultado da associação entre um grupo brasileiro e empresários norte-americanos do setor de distribuição de veículos. O principal objetivo da empresa era a montagem de jipes chamados "ARO", de origem romena, em instalações a serem inauguradas em Manaus (AM).
O primeiro modelo lançado foi o CL-244, utilitário 4x4 derivado do ARO 24, porém sem o facelift que o carro havia recebido na Romênia. Foram 72 unidades naquele ano e 200 no ano seguinte, antes da linha de produção ser paralisada por uma série de fatores - como dificuldades em atender à legislação ambiental brasileira. As tentativas duraram até 2006.


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