O canal de notícias da Webmotors

5 montadoras que fracassaram na Fórmula 1

Veja algumas fabricantes que tentaram a sorte na categoria, mas abandonaram o circo

por Marcus Celestino

Após a próxima temporada, a Honda dará, mais uma vez, adeus à Fórmula 1. Esta, no entanto, não será a primeira e nem a última vez que um fabricante abandonará o circo. Nesses 70 anos de história, muitos tentaram a sorte na categoria. Poucos triunfaram.
Muitas fábricas saíram da categoria combalidas, derrotadas. Listamos aqui cinco montadoras que fracassaram na Fórmula 1. Você vai ver, pelos exemplos, que grife e dinheiro não são o suficiente para construtores que anseiam por permanecer na categoria por muitos anos.
Confira as ofertas de veículos 0 km, seminovos e usados da Webmotors!

1- Toyota

A Toyota investiu pesado a fim de conseguir resultados expressivos na Fórmula 1. Reza a lenda que a montadora despejou quase 2 bilhões de dólares na categoria, mas a grana parece não ter ajudado muito.
Em 139 corridas, a equipe terminou no pódio em 13. Além disso, seus pilotos conquistaram três pole positions. Muito pouco para o investimento e para as expectativas que rondavam o maior fabricante de automóveis do mundo.
Especialistas atribuem o fracasso da Toyota a um estilo de gestão que não condizia com o universo da Fórmula 1. Decisões corporativas frequentemente impediam o desenvolvimento do time, e seus pilotos sempre levavam a culpa por problemas que nada tinham a ver com eles. Deu no que deu. Em 2009, após oito infrutíferos anos, a matriz resolveu acabar com a brincadeira e a Toyota deixou a categoria.

2- Yamaha

A Yamaha até que tentou fincar raízes na Fórmula 1. A montadora chegou à categoria em 1989 como fornecedora de motores, mas deixou o circo em 1997 após temporadas muito aquém do esperado.
Muitos atribuem o fracasso da Yamaha na Fórmula 1 não apenas aos propulsores capengas, mas também às parcerias equivocadas que a montadora firmou na categoria. Ela forneceu motores para Brabham, Tyrrell, Jordan, Zakspeed e Arrows. Com a última, obteve sua melhor classificação - um segundo lugar na Hungria, graças a uma condução precisa de Damon Hill. Em 116 corridas na F1, a Yamaha conquistou dois míseros pódios. Muito pouco.

3- Peugeot

A tradicional montadora francesa havia conquistado resultados expressivos nas 24 Horas de Le Mans em 1991 e 1992. Isso fez com que a empresa quisesse alçar voos mais altos e mirasse a Fórmula 1. Em 1994, a Peugeot ingressou na categoria como fornecedora de motores da McLaren.
O grande problema é que o propulsor não era lá essas coisas. Faltava potência e confiabilidade. Isso fez com que a relação entre Peugeot e o dono da McLaren à época, Ron Dennis, rapidamente se deteriorasse. A parceria, assim, durou apenas uma temporada.
A marca do leão seguiu na Fórmula 1 por mais alguns anos. Por três temporadas, obteve bons resultados como fornecedora de motores da Jordan. No entanto, em 1998, por questões políticas, a Peugeot se viu obrigada a firmar parceria exclusiva com a francesa Prost. O casamento não deu certo e, em 2000, a montadora abandonou o barco.
Os propulsores da Peugeot ainda ganhariam sobrevida na Fórmula 1, renomeados para Asiatech. Por duas temporadas, os motores da marca empurrariam as medíocres Arrows e Minardi. Sem sucesso.

4- Lamborghini

Pouca gente sabe que a Lamborghini teve passagem pela Fórmula 1 como fornecedora de motores. Também pudera. De 1989 a 1993, a montadora, que hoje pertence ao grupo Volkswagen, conseguiu um único pódio. Pela Larousse, Aguri Suzuki terminou o GP do Japão de 1990 na terceira posição. Nelson Piquet venceu a prova, seguido de Roberto Moreno.
Veja equipes e pilotos da temporada 2021 da Fórmula 1
A marca italiana, porém, quase ficou por mais tempo na Fórmula 1. Em 1993, a McLaren procurava por uma nova fornecedora de motores. A Chrysler, à época dona da Lamborghini, estendeu a mão ao time de Ron Dennis. Ayrton Senna chegou a testar, inclusive, um McLaren-Lamborghini em Estoril. E ele gostou do desempenho do carro.
A ida do tricampeão mundial para a Williams em 1994, porém, melou o acordo. Ron Dennis optou por fechar parceria com a Peugeot, que forneceu suas unidades para a McLaren naquela temporada.

5- Ford/ Jaguar

A tradicional montadora norte-americana financiou por anos os motores Cosworth na Fórmula 1. Os propulsores tiveram muito êxito na categoria - conquistaram expressivas 176 vitórias. A história da Ford em "carreira solo" na F1, contudo, é outra.
Em 1999, o fabricante assumiu as operações da Stewart e, pela primeira vez, teria equipe própria na categoria. A Ford optou por dar ao time o nome de Jaguar. Naquela época, vale lembrar, a empresa norte-americana era dona da marca britânica.
A escuderia não teve vida fácil na Fórmula 1. Inúmeras mudanças no alto escalão fizeram com que a Jaguar jamais tivesse a chance de criar uma identidade. Em 2004, foi considerada uma mudança de nome da equipe, que passaria a se chamar Ford. No entanto, a montadora resolveu deixar o circo e vendeu seu time para a Red Bull.

Comentários

Carregar mais