O novo Jeep Commander foi lançado no final de agosto com o título de carro mais moderno da marca fabricado no Brasil. O SUV de sete lugares, de fato, traz um bom nível de conectividade e tecnologias de auxílio ao motorista, como integração com a assistente virtual Alexa e controle de cruzeiro adaptativo com frenagem autônoma.
Mas você sabia que há 15 anos a Jeep já havia lançado um Commander no mercado brasileiro? Isso foi durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 2006, quando a marca apresentou o seu primeiro SUV com três fileiras de assentos.
O antigo Commander era construído pela Magna Steyr, na Áustria, a partir da plataforma do Grand Cherokee de terceira geração, com o qual também compartilhava componentes da suspensão, motorizações e o sistema de tração 4x4 Quadra-Drive II.
Grandalhão, o SUV media 5,12 metros de comprimento e pesava 2.355 quilos. No entanto, o seu entre-eixos de 2,78 metros era 1 cm mais curto que o do novo Commander, que tem “apenas” 4,77 m de comprimento e não passa dos 1.908 kg na versão mais completa.
Já o seu motor HEMI de V8 5.7 litros a gasolina entregava instigantes 326 cv de potência e 51 kgf.m de torque, gerenciados por uma caixa automática de cinco marchas. Segundo os dados de fábrica, o antigo Commander acelerava de 0 a 100 km/h em ágeis 7,4 segundos e atingia 208 km/h de velocidade máxima. Nada mau para um SUV do seu tamanho.
O novo Commander, por sua vez, faz jus à era do downsizing (diminuição de motores) com o seu 1.3 turbo flex de quatro cilindros de até 185 cv e 27,5 kgf.m, combinado ao câmbio automático de seis marchas, para alcançar os 100 km/h em 9,5 segundos e atingir os 202 km/h de velocidade final.
Raro no Brasil, o “velho” Commander teve poucas unidades comercializadas por aqui. Primeiramente, por causa ao seu preço, que na época superava o equivalente a R$ 700 mil em valores corrigidos.
Ainda assim, encontramos um exemplar à venda na Webmotors. O Commander 2006 possui blindagem Nível III-A, presente em praticamente todas as unidades vendidas no país. O proprietário, de São Paulo (SP), informa que o veículo está em excelente estado de conservação e possui 113 mil quilômetros rodados, o que não é muito para um veículo de 15 anos de uso.
Entre os equipamentos de série, o SUV conta com ajustes elétricos dos bancos e dos pedais, além de sistema de som premium Boston e dois tetos solares fixos sobre a segunda fileira de bancos. E aí, vale a pena?