A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revelou, nesta quinta-feira (12/11), que projeta crescimento da produção de automóveis no Brasil para o ano que vem. A estimativa é de que o mercado chegue perto de 3 milhões de emplacamentos, segundo Márcio de Lima Leite, o presidente da entidade.
Só que, para alcançar esses números, o Brasil precisaria de uma taxa Selic de 9,25%, o que atualmente seria praticamente inviável. Todas as projeções da Anfavea foram feitas com o dólar a R$ 5,70, o que não está em acordo com o momento econômico do país - com o dólar na casa dos R$ 6.
Mesmo assim, vale destacar que o ano de 2024 termina de modo positivo, com bom desempenho. Nosso mercado, de acordo com a Anfavea, é o de maior crescimento entre as principais economias globais - graças a um forte aumento nas vendas neste segundo semestre.
De acordo com a entidade, em 2024 o número de emplacamentos no país cresceu 32%, a produção aumentou 26,2% e as exportações subiram 44,2%.
O maior motivador foi o crescimento do mercado no segundo semestre, que registrou média de 13,3 mil unidades vendidas por dia em novembro - média que não era atingida há mais de dez anos.
A estimativa para o final do ano, considerando ainda os próximos dias, é de que o Brasil encerre 2024 com 2,65 milhões de veículos emplacados - alta de 15% em relação a 2023. Os números são muito bons, mas ainda menores que os de 2019, o último ano "cheio" antes do início da pandemia da Covid-19.
A Anfavea acredita que o Brasil possa vender 2,8 milhões de unidade em 2025, um aumento de 5,6% ante o ano de 2024. Em produção, a expectativa é de que no ano que vem o Brasil cresça 6,8% e atinja 2,75 milhões de unidades.
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