Araxá 2024: admire 10 preciosidades do evento

Entre os destaques estão um modelo americano de 129 anos de idade e um carioca que só teve uma unidade produzida

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Nico Borges
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No final de semana passado, a cidade mineira de Araxá brilhou com o 25º Encontro Nacional de Automóveis Antigos, o Brazil Classics Kia Show. O evento é bienal e sempre conta com os carros mais raros e interessantes do país, pois para expor lá é preciso ser aprovado pela curadoria dos organizadores – clube Veteran Car de Minas Gerais.

Desta vez foram mostrados 302 veículos, número recorde para Araxá mas pequeno na comparação com outros encontros como o anual de Águas de Lindoia (SP). Só que aqui a palavra de ordem é qualidade e não quantidade. Por isso selecionamos um top 10 dos veículos mais representativos.

Dificilmente você encontrar um desses raros exemplares anunciados na Webmotors, mas é possível encontrar carros antigos em excelente quantidade nas mais de 400 mil ofertas de veículo do maior ecossistema automotivo do Brasil. Confira!

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Araxá 2024: 10 carros antigos preciosos

1. Kiblinger 1895

Kiblinger 1895 (4)
Kiblinger 1895 foi premiado durante o evento por ser o mais antigo
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Produzido em Auburn, no estado norte-americano de Indiana, o veículo ganhou o Troféu Pacífico Mascarenhas por ser o mais antigo de todo o evento. O carro é do acervo do museu Garagem do Automóvel, em Carmo da Mata (MG), a 150 km de Belo Horizonte, e algumas das curiosidades dele são a direção comandada por uma haste e a transmissão por corrente, padrão na época. O motor é francês, De Dion-Bouton, de dois cilindros.

2. Turcat-Méry 1906

Turcat Méry 1906 (1)
Turcat Méry 1906 só tem mais um exemplar conhecido no mundo
Crédito: Nico Borges
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Modelo francês do qual só há mais um exemplar conhecido no mundo, exatamente no seu país de origem. O motor é de quatro cilindros em linha. Criada em Marselha em 1899, a marca tinha o slogan “O carro do conhecedor” e produziu até 1928. Em 1911, um Turcat-Méry 45 hp conquistou a vitória na primeira edição do rali de Monte Carlo, que existe até hoje como parte do WRC, o campeonato mundial de rali. Esta unidade pertenceu a um dos pioneiros do antigomobilismo nacional, Roberto Lee, que o encontrou em 1967.

3. Benz 10/30 PS 1912

Benz 10 30 1912 (6)
Benz 10/30 1912se tornou o carro mais representativo de todo o evento
Crédito: Nico Borges
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Trata-se simplesmente do Best of Show, o carro mais representativo de todo o evento para os jurados. Com motor de quatro cilindros e 30 cv, o luxuoso modelo da marca alemã é anterior à fusão com a Daimler, que ocorreria só em 1926. A carroceria é do tipo limousine landaulet, herança das carruagens, com a parte superior traseira podendo ser aberta. O carro é parte do acervo do aguardadíssimo museu Carde (lê-se cardê), que tem abertura prevista para o final de novembro, em Campos do Jordão (SP), por iniciativa da Fundação Lia Maria Aguiar.

4. Lancia Lambda 1927

Lancia Lambda 1927 (1)
Lancia Lambda 1927 foi pioneiro na carroceria monobloco
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Um dos dois maiores destaques do evento que representaram os anos 1920. Foi pioneiro na carroceria monobloco, na suspensão dianteira independente e nos freios nas quatro rodas, entregando conforto e segurança em níveis desconhecidos na época. De alumínio, o motor é um eficiente e compacto V4 de 2,4 litros, com as bancadas de cilindros separadas por um ângulo de apenas 14°. Além de inovador,  vendeu muito bem, com mais de 13 mil unidades entre 1922 e 1931.

5. Cord 812 Supercharger 1937

Cord 812 Supercharger 1937 Divulgação
Cord 812 Supercharger 1937 <span styles="font-weight: 400;">foi o primeiro carro norte-americano com tração dianteira</span>
Crédito: Nico Borges
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Evolução do Cord 810, que foi o primeiro carro norte-americano com tração dianteira e suspensão independente na frente e o primeiro no mundo a ter faróis escamoteáveis. Marcante, o design incomum gerou o apelido de “nariz de caixão”. O motor V8 de 4,7 litros com compressor rendia 170 cv e era casado a um câmbio semiautomático de quatro marchas. A ousadia não se transformou em sucesso comercial, mas conquistou a estrela Carmen Miranda, que teve dois modelos, um igual a este e outro conversível.

6. MG TC 1946

Mg Tc 1946 <span styles="font-weight: 400;">é baseado no TB anterior à Segunda Guerra Mundial</span>
Crédito: Nico Borges
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Homenageada em Araxá por estar no ano de seu centenário, a marca MG (sigla de Morris Garage) é chinesa desde 2006, mas nasceu na Inglaterra e criou fama principalmente por criar esportivos pequenos e ágeis. E este carro, com motor de 1,2 litro, é o maior exemplo disso. Baseado no TB anterior à Segunda Guerra Mundial (por sua vez um degrau acima do TA de 1936), fez sucesso internacional e teve continuidade nas evoluções TD e TF, esta produzida até 1955. O estilo do TD inspirou a criação do fora-de-série brasileiro MP Lafer, muito desejado nas décadas de 1970 e 1980.

7. Packard Woerdenbag 1956

Packard Woerdenbag 1956 estava largado há anos em uma oficina em São Paulo
Crédito: Nico Borges
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Foi a primeira aparição pública, em décadas, do esportivo que só teve uma unidade e ficou largado por anos em uma oficina de São Paulo, até 2019. O motor é um Packard de oito cilindros em linha e a carroceria, de alumínio, foi feita artesanalmente pelos cariocas Thomas (principalmente) e João Luiz Woerdenbag – respectivamente, tio e pai do músico Lobão. O ponto de partida foi o chassi do carro vencedor da prova do Circuito da Gávea de 1940, construído por Johanes, pai de Thomas e João Luiz. O dono atual pretende restaurar o conversível, que recebeu no evento o Troféu Og Pozzoli para o melhor carro preservado.

8. Maserati Mistral 1967

Maserati Mistral 1967 teve apenas <span styles="font-weight: 400;">953 unidades fabricadas entre 1963 e 1970</span>
Crédito: Divulgação
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Este esportivo da casa do tridente de Netuno teve somente 953 unidades fabricadas entre 1963 e 1970. Foi o último carro da marca a ter o seis-em-linha derivado do 250F que venceu oito GPs de Fórmula 1 entre 1954 e 1960 e levou o argentino Juan Manuel Fangio ao título da temporada de 1957. O motor conta com câmaras de combustão hemisféricas e injeção indireta de combustível, novidade em carros italianos da época. As belas linhas foram traçadas pelo designer Pietro Frua.

9. Puma GT 1500 1968

Puma Gt 1500 1968: esse exemplar é o <span styles="font-weight: 400;">chassi nº 1 da linhagem com mecânica Volkswagen a ar</span>
Crédito: Nico Borges
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Outro esportivo nacional, mas que foi fabricado aos milhares. Este exemplar é simplesmente o chassi nº 1 da linhagem com mecânica Volkswagen a ar, que seguiria em produção até a década de 1980, inclusive sendo exportado. A pintura reproduz fielmente o visual do carro quando competiu nos 500 Km da Bahia, em Salvador, em 1968. A marca Puma foi uma das homenageadas em Araxá, por conta do aniversário de 60 anos. De 1964 a 1967, os modelos anteriores tinham motor dois-tempos DKW-Vemag, de três cilindros.

10. Alfa Romeo RZ 1993

Alfa Romeo Rz é uma raridade. Apenas <span styles="font-weight: 400;">284 exemplares produzidos de 1992 a 1994</span>
Crédito: Nico Borges
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Com apenas 284 exemplares produzidos de 1992 a 1994, o RZ (de Roadster Zagato) é a versão conversível do também visualmente controverso cupê SZ, feito entre 1989 e 1991 – o modelo vermelho ao lado; ambos são únicos no Brasil. O design cheio de linhas retas como na traseira que parece cortada à machadada salta aos olhos e pode causar estranheza. Já os ouvidos são muito bem tratados pelo ronco do motor V6 Busso de 3 litros e 210 cv, capaz de levar o carro até 230 km/h.

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