O Audi A8, um clássico sedã de luxo alemão e que há décadas representa o máximo de sofisticação e elegância que a Audi pode oferecer, tem data oficialmente para se aposentar: 2024, quando será substituído oficialmente por um novo modelo totalmente elétrico baseado no conceito grandsphere, revelado há dois meses.
Antes disso, no entanto, a fabricante alemã decidiu dar um banho de loja e renovar o visual de seu sedã mais imponente, que trocou de geração pela última vez em 2017, quando recebeu sua quarta renovação mais profunda. Estas mudanças de agora são, portanto, aquele tradicional "tapa" de meia vida antes de uma atualização mais profunda - que no caso do A8, será sua aposentadoria.
Rival de BMW Série 7, Mercedes Classe S, Jaguar XJ e outros sedãs grandes do segmento premium, o A8 - que, por ser o verdadeiro onipotente da marca das quatro argolas, poderia até ser chamado de "O Senhor dos Anéis" - precisava de uma última "respirada" para encarar seus principais concorrentes, já que o BMW havia ganhado novidades em 2019 e o Classe S recebeu mudanças no ano passado.
Esteticamente, as mudanças são maiores na frente, mas o carro também recebeu novas opções de cores, alguns equipamentos tecnológicos inéditos e ainda o - já tradicional entre os carros da marca - pacote S Line, disponível pela primeira vez para o A8. Os tamanhos também são distintos: o A8 mede 5,19 m; o S8 tem 5,20 m e o A8L já sobe para 5,32 m.
Note pelas fotos que, na dianteira, a atualização visual é muito parecida com as que também foram adotadas por A4, A5 e A6. Mas é importante destacar que há acabamentos diferentes para as três versões já lançadas na Europa (A8 convencional; A8L, de entre-eixos alongado; e S8). Vale lembrar ainda que nunca existiu um "RS8" - até porque essa função sempre foi do superesportivo R8.
Entre as novidades de equipamentos, o A8 passa a oferecer também os LEDs matriciais que carros e versões mais baratos da empresa já possuem. Em termos de cores, há novas opções de tons metalizados e até foscos e desenhos de rodas inéditos, que variam entre 18 e 21 polegadas. Na traseira as mudanças visuais são mais sutis, mas as lanternas de OLED agora têm sensores de aproximação.
Como acontece em muitos carros de luxo, o pacote S Line pode deixar os A8 e A8L com estilo mais esportivo não só além do visual. Mas para diferenciar esses dois citados do S8 basta reparar nas saídas de escapamento, que na versão mais apimentada é quádrupla e tem um difusor diferente.
Os preços começam a partir de 99.500 euros (R$ 670 mil em conversão direta, sem impostos ou valores de importação) e terminam em 144.800 euros (R$ 950 mil). As vendas começam no mês que vem na Europa.
São três opções de motores, sendo duas a gasolina e uma a diesel, e todas movidas pela mesma caixa de câmbio automática de oito marchas combinada ao sistema de tração integral da grife quattro. A primeira opção é um V6 3.0 de 340 cv. A segunda é um V8 4.0 de 460 cv que pode subir para 571 cv na versão S8 - todas podem ter a ajuda de um sistema híbrido leve de 48V.
A terceira alternativa de motor é um turbodiesel, também V6 de seis cilindros, mas que rende menos potência que a versão idêntica com motor a gasolina: 286 cv. Em contrapartida, a Audi estuda lançar uma versão híbrida nos próximos meses.
No interior, a cabine que já possuía o máximo de luxo que a marca premium alemã pode oferecer recebeu agora quadro de instrumentos totalmente digital de 10,1 polegadas e central multimídia com tela tátil de 8,6" com a mais recente atualização do sistema de entretenimento da Audi, conhecido como MIB3. É meio contraditório dizer isso, mas o head-up display é opcional.
Para os passageiros do banco de trás há telas coloridas de 10,1" e luzes de leitura em LED, além de um nível de acabamento de voo de primeira classe. O sistema de som é da grife Bang & Olufsen, tem 1,920 watts e incríveis 23 alto-falantes.
O espaço, como devem imaginar, é ainda maior no A8L, que tem até ajuste elétricos para os dois apoios de cabeça. O A8 ainda consegue oferecer aos ocupantes traseiros um sistema de massagem com 18 almofadas pneumáticas, apoios para os pés e até esquema de aquecimento dos assentos.
No geral, são quatro zonas de atuação do ar-condicionado - o mesmo veículo pode ter até quatro opções de temperatura diferentes em um mesmo ambiente - e, segundo a Audi, até 40 sistemas de assistência ao motorista. O Audi Pre Sense que conhecemos nos carros oferecidos no Brasil é de série, mas a configuração desses equipamentos - que incluem programas de condução semi-autônomas - depende da configuração escolhida para o A8: Park, City ou Tour.