Dúvidas como “por que a gasolina está tão cara?” ou “qual o motivo do aumento da gasolina?” são comuns, pois o preço do combustível é algo que tem preocupado boa parte dos brasileiros. Acontece que muitos utilizam seus veículos como meio de trabalho, dessa forma, com a alta dos combustíveis está cada vez mais difícil encontrar meios para trabalhar e sobreviver.
Isso porque, além dos combustíveis serem utilizados no transporte, também são usados na produção de energia elétrica. A alta do combustível causa reflexos nos preços de várias mercadorias, esse aumento afeta a inflação, deixa os produtos mais caros.
Em alguns estados, o preço da gasolina chegou a R$ 9, isso ocorre porque existe uma variação de preço nas bombas de combustíveis em cada região do país. De acordo com o levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a diferença do preço médio da gasolina pode chegar a ser mais de 1,40 entre um estado e outro.
Recentemente a Petrobras anunciou que haveria aumento de combustível, na distribuição da gasolina e diesel. O reajuste foi de 7% para gasolina e 9% no diesel.
Apenas neste ano, a gasolina teve reajustes que somados passam de 70%.
Existem alguns fatores principais que influenciam no aumento da gasolina, como:
Continue com a gente que explicamos para você como cada um desses fatores interferem no preço do combustível das bombas em postos.
O ano de 2020 tem uma grande influência para o aumento do preço do petróleo que ocorre agora, e por consequência, no alto reajuste do combustível. Com a pandemia mundial do novo coronavírus, houve uma queda no preço do petróleo, além de diminuição na demanda. Esse ano ocorreu um forte crescimento na demanda por petróleo e isso levou ao aumento dos preços.
Por outro lado, existem outros fatores que também influenciaram nesse aumento, a combinação de cortes de produção pela OPEP (Organização dos países exportadores de petróleo) e por outros produtores de petróleo.
Como o dólar funciona é uma referência para a economia de diversos países, a sua alta ou baixa influencia a economia mundial. E o desempenho econômico de alguns países, como, por exemplo, a China, afeta a cotação do dólar.
Há alguns fatores que contribuem para a cotação da moeda americana, sendo eles: contratos de importação e exportação entre os países; novidades na economia; e na política norte americana.
Mas você pode se perguntar: qual a relação do dólar com o preço do petróleo no mundo?
Acontece que o petróleo é negociado na bolsa de valores, essa negociação ocorre por contratos no mercado futuro, os contratos de compra e venda de petróleo na bolsa são os contratos mais negociados no mundo. Os contratos possuem um vencimento em todos os meses do ano e apresentam grande volatilidade, desta forma, existem muitas oportunidades exploradas pelos traders.
Os contratos de petróleo são compostos por 100 barris de petróleo, e o preço do barril é negociado em dólares americanos. Portanto, o valor de um contrato futuro depende do preço do barril e do preço do dólar, o que leva, por exemplo, à alta da gasolina.
Existem dois tipos de cotação para o barril de petróleo. O WTI, com cotação na bolsa de Nova York, e que é a principal referência para o mercado norte-americano.
E o Brent, que é listado na bolsa de Londres, sendo a principal referência para o mercado europeu e asiático. O WTI é extraído no Golfo do México e o Brent no mar do norte como no Oriente Médio.
Sabemos que o petróleo é um ativo financeiro, desta forma, é submetido a oscilações de preço. Portanto, existem algumas ligações com os investimentos de âmbito internacional, o que leva a uma flutuação de preços, seja de forma direta ou indireta.
Como citado acima, fatores como a produção, que são determinadas pela OPEP, com certeza é um indicador bastante acompanhado pela maioria dos grandes investidores, isso é o que determina se o preço do barril irá subir ou descer.
Outro fator, é a demanda para essa produção. Caso tenha um grande país consumidor com alta demanda energética, a cotação do barril pode disparar.
O ICMS é apontado por muitos como o motivo de a gasolina ter aumentado. Por isso, precisamos saber o que é o ICMS, e a partir disso discutir o projeto de lei para esse imposto.
Segundo o Ministério da Fazenda, o ICMS é o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. O ICMS foi regulamentado em 1996. É um imposto estadual.
Atualmente a cobrança de ICMS é com base em uma porcentagem sobre o preço final do produto, e a alíquota aplicada varia de estado para estado. Para a gasolina, por exemplo, essa variação é de 25% a 34%, enquanto para o Diese fica entre 12% e 25%. Além disso, a cobrança é feita no início da cadeia de produção (nas refinarias), mas engloba toda a cadeia (distribuidoras e postos de combustíveis).
O projeto que está em tramitação no Congresso prevê que o ICMS deixe de ser cobrado sobre o preço do combustível. Será definido um valor fixo, em reais, pelo litro. Assim, mesmo que haja variação no preço do combustível por conta de custo de produção ou variação cambial, o valor do imposto permanece o mesmo, já que será dobrado por litro. E, diferente do que ocorre hoje, a arrecadação será feita somente no fim da cadeia produtiva.
Há estimativas que apontam que, se o projeto for aprovado, pode haver redução de até 8% do preço final, mas esse percentual pode variar de acordo com o combustível - gasolina, etanol ou diesel.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, metade do preço da gasolina é de impostos. O que acontece é que o aumento de combustível varia de acordo com a composição dos preços.
Em relação ao diesel, o custo de produção contribui com 52,1% da composição do preço. Essa soma sofre influência de fatores externos, como por exemplo a cotação internacional do petróleo e do câmbio. O ICMS vem logo atrás com 16%, em seguida temos o custo do biodiesel com 14% e por último temos 6,9% que vem de impostos federais Cide, PIS, Pasep e Cofins.
Biocombustíveis são derivados de biomassa renovável e podem substituir, parcialmente ou totalmente, os combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou outro tipo de geração de energia. São fontes alternativas que apresentam baixo índice de emissão de poluentes.
Os biocombustíveis mais utilizados no Brasil são o etanol, obtido a partir da cana-de-açúcar, e o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gordura animal.
Acontece a falta das chuvas tem prejudicado a produção de cana-de-açúcar. Com isso tem faltado matéria prima para produção do etanol.
Além da cana-de-açúcar, a soja, que é usada na produção do biodiesel, sofreu um aumento devido a demanda. Com isso, os biocombustíveis que são utilizados na composição da gasolina e do diesel também tiveram alta em seu valor, o que contribui para o aumento do preço final dos combustíveis.
A alta do combustível é algo que afeta diversos setores, não apenas o rodoviário. Acontece que, com o aumento do preço do combustível, temos um impacto direto na inflação e, consequentemente, na vida da população. Isso ocorre porque o preço dos fretes rodoviários, dos alimentos, gás, roupas e calçados também são afetados por esse aumento. O que isso significa? Todos os setores fazem parte de uma cadeia produtiva que depende dos derivados de petróleo. Portanto, o aumento de todos os produtos está ligado ao reajuste do petróleo.
Com o crescente aumento da gasolina, todos querem saber como economizar combustível, aqui vão algumas dicas para você.