Todo 1 de maio é dia de saudade. Impossível não associar a data a Ayrton Senna. O tricampeão mundial de Fórmula 1 e um dos maiores ídolos esportivos brasileiros nos deixou há 26 anos na curva Tamburello, durante aquele fatídico GP de San Marino de 1994, no Circuito de Imola.
Hoje, Senna estaria com 60 anos de idade. Nascido em 21 de março de 1960, o esportista começou sua trajetória na Fórmula 1 em 1984, pela Toleman, depois de levar o título da Fórmula 3 inglesa no ano anterior.
Na primeira temporada, ele justificou sua fama de andar muito bem na chuva. Especialmente no GP de Mônaco daquele ano, com um desempenho surpreendente debaixo de um temporal.
Terminou em segundo lugar no difícil Circuito de Monte Carlo, depois de largar na décima-terceira posição do grid. E isso porque a prova foi interrompida antes da metade devido às condições meteorológicas - Alain Prost (McLaren), que solicitou a interrupção, foi o vencedor.
Foi o seu primeiro pódio na categoria – outros dois seriam obtidos naquele ano nos GPs da Inglaterra e Portugal.
Primeira vitória e primeiro título
Em 1985, ele se mudou para a Lotus, onde obteve sua primeira pole-position, de um total de 65, no GP de Portugal. Essa prova também marcou a primeira vitória do Brasileiro na F1, novamente embaixo de chuva.
Senna ficou na Lotus até 1987, para se mudar, no ano seguinte, para a McLaren, onde levou o primeiro campeonato no mesmo ano – em 1988, ele e Alain Prost só não venceram uma das provas da temporada, marcando o predomínio da escuderia britânica.
No ano de seu primeiro título na F1, Senna ficou no lugar mais alto do pódio em metade das 16 provas da temporada. E fez a pole-position em 13 corridas. Isso mesmo: apenas em três provas daquele campeonato, o piloto não largou em primeiro no grid.
Na McLaren, que naqueles anos vivenciou seu ápice técnico, o brasileiro protagonizou embates históricos com o francês – inicialmente como companheiro de equipe e depois como piloto da Ferrari (em 1990 e 1991) e da Williams, em 1993.
Treta forte
A rivalidade entre os dois teve seu momento mais emblemático em 1989. Ainda companheiros de escuderia, Prost e Senna se bicaram na quadragésima sétima volta do GP do Japão. O francês abandonou a prova e o brasileiro retornou à pista de Suzuka para vencer a corrida.
Porém, Senna acabou desclassificado por ordem direta de Jean-Marie Balestre, presidente da FISA na época. Alain Prost se tornou campeão da F1 daquele ano. No resumo da temporada, Senna obteve 13 poles e seis vitórias na temporada.
Depois, Senna conquistaria dois títulos seguidos a bordo da McLaren. E deu o "troco" em Prost justamente no mesmo GP do Japão de 1990. Logo após a largada, Senna fechou a passagem da Ferrari de Prost na primeira curva. Os dois abandonaram e o francês viu suas chances de título terminarem ali. Senna foi o campeão.
O tricampeonato veio em 1991 com Senna sobrando na pista. Foram sete vitórias em 16 corridas e oito poles. Senna ficou 24 pontos à frente do vice-campeão, o inglês Nigel Mansell - a regra de pontuação era bem menor à época.
Nos anos seguintes, ainda pela McLaren, Senna ainda colecionou vitórias em meio à superioridade da Williams, equipe que o receberia em 1994. Mas foram apenas três corridas - e três poles seguidas - até o trágico acidente em Imola.
Durante sua carreira na Fórmula 1, Senna obteve 41 vitórias, 80 pódios, 65 pole-positions e 19 voltas mais rápidas. Devido a esses números - e especialmente ao arrojo na pista, sobretudo quando ela estava molhada -, o brasileiro é considerado um dos melhores pilotos de todos os tempos.
É ídolo declarado de colegas, como o hexacampeão mundial Lewis Hamilton - que recentemente
postou uma foto ao lado de Senna. Também foi apontado como o melhor piloto da história em diversas votações do gênero.
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