O Sandero, na verdade, está prestes a pendurar suas chuteiras no mercado brasileiro. O Stepway 1.0 será a única versão em linha, e substituirá a S Edition, que ocupava este posto: todas as outras versões serão descontinuadas progressivamente.
Vale ressalvar, porém, que o Sandero deve continuar valorizado no mercado de usados: afinal, tem desempenho honesto, bom espaço interno, fama de robustez e manutenção fácil e barata.
Como está a linha atual do Renault Sandero
A S Edition ainda pode ser comprada por iniciais R$ 83.190. É vendido nas cores prata, cinza, vermelha, branca e preta. Apenas a vermelha está nesse preço - as outras acrescentam de R$ 700 a R$ 1.500.O carro ainda tem luzes de rodagem diurnas em LED (DRLs), lanternas também com LEDs e rodas de ferro com aros de 15 polegadas cobertas por calotas. Ou seja, nada revolucionário, mas o suficiente para um mínimo de conforto e segurança.
Um mimo interessante é a central multimídia com CarPlay e Android Auto, comando satélite no volante e sensor de estacionamento traseiro. Não há opcionais no configurador do carro.
O motor é o manjado e eficiente tricilíndrico flex 1.0 12v, que rende até 82 cv e 10,5 kgf.m de torque a 3.500 rpm, com câmbio manual de cinco marchas.
Stepway ainda em três versões
Já o Stepway ainda aparece no site da Renault em três configurações - a recém-lançada Zen 1.0 com câmbio manual, de R$ 77.990; a Zen 1.6 também manual, de R$ 98.090; e a topo de linha Iconic 1.6 com câmbio CVT, que começa em R$ 109.490.A básica tem o mesmo motor da S Edition, enquanto nas outras duas vai o 1.6 16v de até 118 cv e 16 kgf.m de torque, a 4.000 rpm.
O recém-lançado Stepway 1.0 tem praticamente os mesmos equipamentos e configurações do S Edition. A exceção é a "pinta" aventureira, reforçada pelo para-choque dianteiro mais robusto, alargadores de para-lamas, barras no teto e faróis de neblina. Como custa mais barato, é uma compra melhor que o S Edition.
Mudança de estratégia
Até 2020, esperava-se que o Sandero - assim como o sedã Logan - fossem ganhar uma nova geração, com plataforma compartilhada com algum modelo da Nissan.Mas tudo mudou em 2021, quando a francesa anunciou a nova estratégia "Renaulution" durante a fase de "reposicionamento" de marca na América Latina - apostando em modelos mais sofisticados, caros e lucrativos (e muitas vezes também eletrificados).
Um dos projetos é um SUV compacto, que terá porte de um Fiat Pulse e estreará um novo motor 1.0 turbo. Mas ainda não há data nem estimada para esse lançamento, embora já tenhamos falado dele por aqui.
15 anos de estrada
O Sandero foi apresentado ao mundo no Salão de Frankfurt (Alemanha) de 2007 pelo então chefão da marca, o polêmico Carlos Ghosn. Na prática era um modelo da Dacia, marca romena que pertence à Renault e que é dedicada a modelos de baixo custo.Usava a plataforma B0 da terceira geração do Clio e foi lançado no Brasil no final daquele mesmo ano. Barato, simples e eficiente, logo fez sucesso.
Não por acaso, acabou compondo o trio de modelos da Renault mais vendidos no país ao lado de outros dois projetos da Dacia: Logan e Duster.
A chegada da segunda geração demorou um pouco mais: estreou lá fora em 2012 e, aqui, só em 2014. Já versão aventureira Stepway existe desde 2008.
Ao longo de seu tempo, teve várias séries limitadas - Nokia, Vibe, GT Line, Rip Curl, Tech Run, Tweed - e até uma versão realmente, a RS.
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