Além do Volkswagen Tayron, outro modelo que fará a sua estreia para o público durante o Salão de Paris (França), que acontecerá entre os dias 14 e 20 de outubro, é o Dacia Bigster.
Versão de produção do conceito de mesmo nome mostrado pela marca romena em 2021, o Dacia Bigster chegou um pouco menos ambicioso do que se esperava.
Com 4,57 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,71 m de altura, é um típico SUV médio. Aliás, o primeiro da marca de automóveis de baixo custo do Grupo Renault.
Por outro lado, acabou virando mesmo é uma variação 23 cm mais longa do Duster de terceira geração - modelo revelado no ano passado na Europa, e que também é baseado na plataforma modular CMF-B.
[caption id="attachment_809643" align="alignnone" width="1024"] O Dacia Bigster é o primeiro SUV médio da marca romena[/caption]
Acompanhando o padrão dos Dacia mais recentes, o Bigster é um carro de visual e pacote sofisticados, que nada lembram os racionais Sandero e Logan de primeira geração.
O Bigster será comercializado com rodas de 17, 18 ou até 19 polegadas e com a opção de pintura em dois tons. Além disso, terá equipamentos como para-brisa acústico, painel digital configurável, banco do motorista com ajustes elétricos, tampa do porta-malas com acionamento elétrico, ar-condicionado automático, multimídia com tela de 10,1 polegadas e pacote ADAS.
Diferentemente do que se pensava, o Bigster será comercializado apenas na configuração de cinco lugares. Por outro lado, o porta-malas é enorme: 667 litros no padrão VDA, que simula uma condição de uso próxima do mundo real.
O Dacia Bigster terá uma gama de motores 100% eletrificada, com um híbrido autocarregável e três híbridos-leves.
Chamado de Hybrid 155, o híbrido autocarregável une um motor 1.8 de quatro cilindros com 107 cv de potência a dois propulsores elétricos (um deles motriz, com 50 cv de potência). A potência combinada do conjunto chega a 155 cv.
Mesmo com uma bateria pequena, de apenas 1,4 kWh, a Dacia ressalta que a combinação dos freios regenerativos com um sistema de geração de eletricidade eficiente permite ao Bigster híbrido sempre arrancar no modo elétrico e rodar até 80% do tempo no uso urbano sem ativar o motor a combustão.
Com tração dianteira, o mais curioso desse Bigster autocarregável é o sistema de transmissão, com uma caixa automática de quatro marchas para o motor a combustão e dois outros câmbios para os propulsores elétricos.
Já as opções com a tecnologia híbrida-leve de 48 Volts são as 1.2 turbo a gasolina (TCe 140) ou a gás liquefeito de petróleo (GLP ECO-G 140), que desenvolvem 140 cv de potência e têm tração dianteira e câmbio manual de seis marchas.
A linha inclui ainda o TCe 130 4x4, que também é equipado com um motor 1.2 turbo, porém com 130 cv de potência e combinado com o câmbio manual de seis marchas e a tração 4x4. Esta última tem até um seletor de modos de condução.
Na Europa, o Bigster rácomeça a ser vendido apenas no primeiro semestre de 2025. Já por aqui a história é diferente.
A filial local da Renault - que ficou conhecida pelos seus produtos de origem Dacia - deixou de basear a sua linha de produtos na marca romena de baixo custo.
Por outro lado, é de se esperar que esse Bigster tenha servido de inspiração para o desenvolvimento do inédito SUV médio que a Renault vai lançar no Brasil no próximo ano.
Algo semelhante ao que foi feito com o Kardian, que apesar da proposta e dos elementos estéticos vindos do europeu Dacia Sandero Stepway, é um outro carro.