BMW confirma lançamento do novo i3 para junho

Durante a apresentação da linha 2018 do Mini Hatch nesta quarta-feira (23) na capital paulista, Helder Boavida, o presidente da BMW do Brasil, confirmou para junho o lançamento do novo i3 no Brasil. Vendido no país entre setembro de 2014 e meados de 2017, o hatch elétrico chega em versão única, com extensor de autonomia, agora com bateria de 33 kWh e autonomia de até 230 km sem o uso do extensor - um motor de 800 cc a gasolina que ajuda mantém as baterias carregadas.

O modelo anterior trazia baterias de 22 kWh, com autonomia de até 160 km. Além disso, o i3 ganhou pequenos retoques visuais na dianteira e na traseira, além de contar com novos revestimentos internos. As versões i3 sem extensor e i3 S, com motor mais potentes, inicialmente não vêm para cá. As novidades foram anunciadas pela marca em agosto do ano passado.

Henrique Miranda, gerente da divisão de veículos elétricos da BMW, destaca que a opção por trazer apenas o i3 Rex (de range extender ou extensor de autonomia) se deve à carga tributária: por ser considerado um híbrido, recolhe menos IPI (4% no modelo anterior), enquanto a versão apenas elétrica tem 25% do imposto incidindo sobre o preço. Por enquanto, nada de preços, mas Miranda sinaliza que deverá ser mais alto que os R$ 160 mil cobrados quando o hatch saiu de linha no ano passado. No lançamento, em 2014, o preço original era de R$ 226 mil.

Helder Boavida destacou que o atraso no anúncio do Rota 2030, o novo regime automotivo que vai substituir o Inovar-Auto, coloca em compasso de espera os planos de a marca trazer outros modelos elétricos ou híbridos ao país. "Temos alguns modelos no radar, como o novo Série 5 híbrido, que acaba de ser lançado na Europa, e a nova geração do Mini elétrico. Mas tudo depende de uma definição do governo", declarou. Dentre outras coisas, espera-se que o Rota 2030 reduza o IPI dos elétricos dos atuais 25% para 7%.

O presidente da BMW também comentou a questão da alta do dólar, destacando que "para já" não deverá fazer os preços subirem. "Vai afetar a rentabilidade, vamos sofrer mais um pouco, mas o câmbio não mudou nossos planos. Fazemos uma avaliação periódica dos preços", explicou o executivo.

Em relação à Mini, Boavida destaca que nos primeiros meses deste ano a marca teve alta de 30% nas vendas na comparação com igual período no ano passado, após cerca de três anos de baixas, com cerca de 400 unidades vendidas em 2018 - das quais metade, aproximadamente, corresponde ao Mini Hatch e outros 50% se referem ao novo Countryman. Uma pequena parcela das vendas é da perua Clubman.