O mercado de carros elétricos parece realmente ter entrado numa maré de crescimento no Brasil, e o avanço nas vendas de modelos como o hatch BYD Dolphin comprova isso. Segundo dados de setembro da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave), o modelo chinês anotou mais de mil unidades emplacadas no período, superando em muito a sua marca anterior.
Ao todo, foram 1.036 registros. Ou seja, quase o triplo do que o elétrico já havia anotado no mês passado, quando foram emplacadas 371 unidades. Um crescimento impressionante e que mostra o momento atual do segmento eletrificado.
Para fins de comparação, o resultado é mais do que anotaram todos os seus concorrentes até R$ 150 mil juntos em todo o ano (considerando o acumulado até agosto): JAC E-JS1, com 290 unidades; Renault Kwid E-Tech, com 167; e Chery I Car, com 79.
Vale lembrar que todos esses carros são subcompactos e até a chegada do rival da BYD custavam perto dos R$ 150 mil, mas tiveram que reduzir seus preços . O iCar, por exemplo, teve redução de R$ 149.990 para R$ 119.990 - a maior nesse grupo.
O Kwid também desceu seus preços para conseguir, sem sucesso, aumentar suas vendas. O modelo custava os mesmos R$ 149 mil cobrados pelos demais e depois doa chegada do Dolphin sofreu uma redução de R$ 10 mil - passou a custar R$ 139 mil nas concessionárias. No acumulado, o modelo da BYD tem 1.503 unidades registradas.
Mas não é só frente aos modelos elétricos que o "golfinho" chinês se deu bem: também deixou conhecidos carros a combustão para trás no mês de setembro. Entre eles, o Honda City, nas carrocerias hatch e sedã (683/682 unidades), o já perto da despedida Renault Sandero (551) e seu irmão sedã, o Logan (240), e ainda o Nissan Versa (662).
Nesse aspecto, a expectativa para esses modelos não é das melhores, uma vez que outro modelo elétrico chegará ainda este mês para dividir espaço com o BYD. Estamos falando do GMW Ora 3, que terá três versões e preço inicial de R$ 149 mil.
Mas será que o mercado de elétricos vai manter essa pegada nos próximos meses? Isso não dá para cravar, mas é fato que eles vão dar cada vez mais trabalho aos modelos a combustão.
1 - BYD Dolphin - 1.036
O elétrico da BYD custa R$ 149.800, tem bateria de 44,9 kWh, potência de 95 cv, torque de 18 kgf.m e alcance de 291 quilômetros (Inmetro).
2 - BYD Yuan PLus - 145
Para fechar a dobradinha da BYD, o Yuan Plus custa R$ 269.990 e entrega bateria de 60,5 kWh, potência 204 cv, torque de 31 kgf.m e alcance de até 294 quilômetros (Inmetro).
3 - Volvo XC40 - 75
O Volvo XC40 Recharge tem bateria de 69 kWh, potência de 231 cv, torque de 33,6 kgf.m e alcance estimado de no mínimo 231 quilômetros (Inmetro).
4 - BYD Seal - 68
Recém-lançado, o BYD Seal custa R$ 269 mil e entrega bateria de 82,56 kWh, 531 cv e 68,3 kgf.m de torque, além da autonomia estimada em 372 quilômetros (Inmetro).
5 - JAC e-JS1 - 57
O subcompacto da JAC é vendido por R$ 135.900 e tem bateria de 30,1 kWh, potência de 62 cv, torque de 15,3 kgf.m e alcance de 161 quilômetros (Inmetro).
6 - Nissan Leaf - 49
O japonês Nissan Leaf tem preço a partir de R$ 298.490, bateria de 40 kWh, potência de 149 cv, torque de 32,6 kgfm e alcance de 192 quilômetros (Inmetro).
7 - Audi Etron GT - 10
Aqui temos o exemplar mais caro da lista. O Audi RS e-tron GT custa R$ 1,10 milhão e entrega bateria de 93,4 kWh, potência de 646 cv, torque de 83 kgf.m e alcance de 313 quilômetros (Inmetro)
O Kwid E-Tech foi um dos modelos que precisou abaixar seus preços após a chegada do Dolphin