Caoa Chery Arrizo 6 Pro Hybrid custa e bebe pouco

Quer um bom sedã, com bom espaço e alto nível de tecnologia, que seja uma alternativa ainda mais "barata" que as versões híbridas de Toyota Corolla e BYD King? Esse é o Caoa Chery Arrizo 6 Pro Hybrid.

Olha só como o preço é atraente: enquanto o King parte de R$ 175.800 (o King é atualmente o mais barato entre Arrizo 6 e Corolla), o Caoa Chery Arrizo 6 sai por R$ 139.990 - uma diferença de R$ 35.810.

Calma, a gente precisa pontuar uma coisa: Corolla e King são híbridos "reais" (o BYD ainda é do tipo plug-in), aqueles em que o motor elétrico pode tracionar o carro. Já o sedã da Caoa Chery é um híbrido-leve. Mesmo assim, vale lembrar quais benefícios - como isenção de rodízio e desconto em impostos - são válidos para o Arrizo 6 da mesma maneira.

Como é o Arrizo 6?

Apesar do baixíssimo número de vendas (só 25 unidades nos primeiros sete meses do ano), o Caoa Chery Arrizo 6 Pro Hybrid tem muitas qualidades.

O design é bacana, há um bom nível de equipamentos, performance mais interessante até que a do Toyota Corolla e consumo de combustível razoável:

Visual elegante

Visualmente, o Arrizo 6 Pro Hybrid é um carro bonito, com carroceria feita para agradar aos clientes mais conservadores e cujas linhas passam impressão de que é mais baixo do que realmente é.

Tem praticamente a mesma cara do sedã a combustão que era feito em Jacareí (SP) e foi lançado em 2021. Mas o híbrido é trazido da China, desde que a Caoa Chery decidiu interromper a produção de veículos na fábrica do interior paulista.

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Na dianteira, segue a identidade visual dos modelos mais recentes da marca sino-brasileira. Já na traseira, as lanternas de LED formam um conjunto bem horizontalizado, que dão personalidade ao modelo.

Em tamanho, são 4,64 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,49 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. Dimensões bem parecidas com as do próprio Corolla.

Por dentro

Na cabine, um dos pontos que mais impressiona é o ótimo acabamento. Não falta material macio ao toque em boa parte das superfícies, além de itens em preto brilhante e que simulam aço escovado.

A escolha de materiais e revestimentos, combinado ao desenho de linhas sóbrias e de bom gosto, fica dentro daquilo que se espera de um sedã médio: carros que normalmente são comprados e guiados por um público mais exigente em qualidade.

Na parte de trás, além das portas com bom ângulo de abertura, o assento é confortável e recebe com tranquilidade dois adultos, que ainda se beneficiam das saídas de ventilação.

O porta-malas tem 405 litros de capacidade. Bom, mas poderia ser melhor. O problema é a corcunda no fundo do compartimento - que está ali porque esconde a bateria do conjunto híbrido.

Já no banco do motorista o assento é confortável e o acesso aos comandos é fácil. A coluna de direção, por sua vez, é regulável em altura e profundidade. Mundo perfeito? Nem tanto, já que algumas falhas de ergonomia marcam presença para ofuscar a festa.

O carregador de celular por indução, por exemplo, fica muito deslocado para a direita, enquanto os botões físicos da multimídia são muito recuados, próximos do apoio de braço central. Por sorte, dá pra comandar o sistema pelo volante ou pela tela sensível ao toque, de 10,25 polegadas e compatível com Android Auto e o Apple CarPlay.

Híbrido-leve

O Arrizo 6 Pro Hybrid é um híbrido-leve de 48 Volts. Trocando em miúdos, quer dizer que tem um motor elétrico de pequenas dimensões, que substitui o alternador e é capaz de fornecer potência e força adicionais ao propulsor 1.5 turboflex, que ainda é o único responsável por mover o veículo.

Esse conjunto desenvolve 160 cv de potência e 25,5 kgf.m de torque. Já o câmbio é automático CVT com simulação de nove marchas. Esse conjunto permite ao sedã acelerar de zero a 100 km/h em 9 segundos - boa marca para um carro sem pretensões esportivas.

Como todo híbrido leve, porém, vale dizer: quem quiser levar o Arrizo 6 Pro Hybrid para casa não pode esperar o consumo de um modelo autocarregável (como o próprio Toyota Corolla) ou muito menos a eficiência de um plug-in.

Há uma melhora em relação ao carro a combustão, sem dúvida. Mas não suficiente para mudar a sua rotina de visitas ao posto de combustíveis. Mesmo assim, vale dar uma chance de conhecê-lo.