Polêmica no ar. Um estudo feito pela Bloomberg aponta que o carro elétrico terá custo de produção equivalente ao dos carros tradicionais daqui a seis anos, portanto em 2027. O ensaio foi feito pelo instituto Bloomberg NEF a pedido do site Transport & Environment, da Europa.
Os dados, no entanto, indicam essa tendência somente para o mercado europeu em um primeiro momento. O estudo também afirma que o carro elétrico passará a custar menos na medida que o volume de produção aumentar, junto com a diminuição do custo das baterias e também a melhora em sua eficiência.
Outro dado curioso apontado pelo estudo é que até 2030, em um cenário economicamente favorável, a Europa pode alcançar 50% da frota total de veículos com propulsão elétrica - e pode chegar a 85% em 2035. O que determinaria esses números seriam políticas mais rígidas em relação a emissão de gases na atmosfera impostas pelos governos do Velho Continente.
Recentemente, ainda de acordo com o estudo da Bloomberg, a frota global de carros elétricos já chegou à marca de 10 milhões de unidades - e a tendência é continuar a crescer em decorrência dessas novas políticas de emissões.
No Brasil, o cenário é diferente, justamente pelos preços, pela situação econômica do nosso país e pela escassez de infraestrutura para esse tipo de veículo. Mesmo assim, foram mais de 40 mil carros eletrificados registrados em 2020, segundo relatório divulgado pelo primeiro Anuário Brasileiro da Mobilidade Elétrica, feito pela Plataforma Nacional da Mobilidade Elétrica (PNME).
Para se ter noção desse crescimento, foram 11,2 mil unidades de carros eletrificados emplacados no Brasil em todo o ano de 2019 - e mais de 15 mil só no mês de outubro de 2020. Claro que é diferente quando consideramos os híbridos, como o caso do Toyota Corolla (o carro híbrido mais vendido do Brasil), mas mesmo assim os números mostram que há tendência (ainda leve) de crescimento.